Sentado na cabine voadora, frio na barriga como se estivesse num assalto, quase ao ponto do desespero de tanta adrenalina, olhando pelo canto do olho estava a porta, onde estaria logo após, o companheiro da o sinal de ser sua vez, uma ultima prece e ele se dirige até o possível ultimo lugar onde tocara os pés vivo, era o que pensava. Pisou na pequena plataforma para pegar impulso e já com a mente apenas gritando voou em direção à terra, já não tinha mais massa corporal, estava flutuando rapidamente na vertical, sua visão enxergava apenas o verde das planícies, o vento acariciava-lhe o rosto com violência, mas por um tanto que pequeno momento estava livre, a tensão e alegria contraiam cada músculo de seu corpo, até o momento do solavanco pelo abrir de sua asa, agora estava à planar pelo verde das plantações abaixo de seus pés, com apenas alguns segundos antes de voltar à realidade, respirou fundo para sentir o ultimo sabor de um salto de dois mil metros, a ponta do tênis tocando a grama fina ele torna-se novamente em um mero mortal.