Autor: Emerson
Data: 01/04/06
Cultivar a vida recente de carência
Que o sol vem ofertar gratuitamente
Com largos braços de afabilidade
Que não tarda envolver com a penumbra
A brisa vem afastar os efeitos
Desimpregnar o aroma amargo
Do próprio teor deixado pelo mormaço
Sentido na cútis exposta aos efeitos
Estagnado é o tempo da vida
Na inconsciência que suplicia
Com imperativas inquirições da razão
Que exasperam a falência dos atos
As metamorfoses súbitas dos eventos
Desestabilizam a crença racional
Originando o descrédito de todo o esforço
Esforço sobre-humano sofrível
O crepúsculo da fé é patente
O pôr-do-sol vem desalentar
A tenebrosa sombra faz cegar
Cegar o escopo de persistir
A ânsia da sombra do sol
Parece uma miragem no ermo
Que faz do lugar almejado
Um oásis jamais alcançado
O amanhã clareia o sonho, alvorece
Faz desabrochar nova esperança, encoraja
Preterindo os fatos passados, malogro
Bonança anima a vida, revitaliza
Brota a esperança atleta, robustecida
Regada pelo gradual êxito do amanhã
O pinga-gotas da auto-estima esguicha
A vida adolesce, enflora, brota e não fenece