Autor: Emerson
Data: 07/04/06
Navego nos mares do amor
Em que a fúria das emoções
Sacodem e fazem-me quase um náufrago
Sinto-me cativo, pois, preso me arrasto
As ondas não me deixam caminhar
Sobre essas águas quentes e frias
Águas que me sufocam e não matam
Me cortam o ar e não matam minha sede
No alto eu vejo o semblante das nuvens
Que lembram nos sonhos a minha quietude
Buscando o alento a vã calmaria
Já que os meus dias me encharcam as veias
A bomba parece que vai explodir
Fazendo contudo o barco fundir
O sótão profundo não deixa eu fugir
Os gritos estão surdos não fazem ouvir
Lá fora a imagem me faz refletir
Que um dia a bonança me fará sorrir
Porem esse dia não quer logo vir
E o tempo escuro quer me perseguir
Será que a expressão não se abrandará?
Não vai permitir essa água acalmar
Fazendo volume somente no ar
No ar que suaviza e faz cariciar
Um dia eu sei que direi
Que eu caminho sobre esse mar
E digo pra ele se acalmar
Eu tenho o controle de fazer parar
Revolto o mar vai parar
Quando o vento parar de soprar
Quando a minha emoção se controlar
E assim poderei muito aproveitar
Talvez em outras águas
Eu encontrarei a tão sonhada calmaria
Assim poderei não só matar a sede
Como harmonizar o ar e o mar