Nos meus braços
Paulo Gondim
03/08/2006
Nos meus braços, tu encontravas a paz
E teu sorriso era largo, contagiante,
Seguro e irreverente
Como a madrugada
Que se abre para o sol, incandescente
Iluminando a alvorada
Nos meus braços, tu eras segura
E se fazias forte, destemida
Com palavras soltas
Na ponta da língua
Sem rodeios
Direta
Com respostas certas
Nos meus braços, eras muito forte
Nada temias, não se abalavas
Entregavas-te à própria sorte
E vencias.
Nos meus braços, o carinho era certo
A vida não te parecia dura, pesada
O pelejar diário era suave
E todo gesto era amável
Porque me amavas
Na medida exata de meu querer
Que transbordava min’alma
Que ia além do que eu posso ser
Assim eram tuas palavras
Que me enchiam o ego de prazer
E me soltavam as amarras
E contigo me levavas
Para o infinito
De teu bem-querer.