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Meus olhos se extasiam
Com as obras de arte do céu
Ao som do vento, as nuvens
Dançam seus alegres véus.
No vasto azul claro infinito.
Tal manto da serena Virgem,
Cada nuvem é o que bem quer.
Cada grupo de nuvens, em fila,
Forma rodas, rostos, máquinas antigas,
Dragões, águias, urso e pote de mel.
Mais um grupo avança, feito fitas.
Fecho os olhos. Adormeço em seguida.
E vagueio pelos muitos céus.
Surgem pesadas nuvens, busto cinza
Sobre ventre de mulher forte e grávida
Pronta para parir. Cresce, cresce e avisa:
Dá a Luz. Chove. Brota a vida.
Marilene Anacleto