Sou um poeta!
Um poeta que mente.
Um poeta que não vê,
Um poeta que não ouve.
Mas um poeta que sente.
Se me perguntarem o que sou,
Eu direi tão prontamente,
Como iria a minha alma inconsciente:
Sou um poeta diferente!
Um poeta que não vê.
Um poeta que não ouve.
Um poeta que mente.
Mas um poeta que sente!
Se me disserem como eu já pensei,
Que não sou poeta,
E que inventei…
Eu assim lhes direi:
-Não preciso de olhos para ver!
-Não preciso de ouvidos para ouvir!
-Não preciso de boca para falar,
E posso até mentir…
Mas sou um poeta!
Pois dentro de mim,
Esta um coração!
Um coração que palpita e sente,
Que chora e mente,
Que deseja e ama,
Que morre…
Mas clama!