Hoje pensei na felicidade, e questionei-me o que é ser uma pessoa feliz? Por fazer esta pergunta cheguei a algumas conclusões. Em 2007 havia escrito um texto “Felicidade”, onde abordei o seguinte:
“A felicidade nem sempre se encontra em grandes revoluções, e sim, em pequenos gestos: seja ele num lindo sorriso; num confortante abraço de consolo, de carinho, de amor, de saudade; numa conversa amistosa; seja num conselho, num silêncio de um olhar de admiração; o reencontro com uma pessoa distante; num telefonema inesperado.”
No entanto, vejo-me na situação de reformular meus conceitos. Ser feliz é viver plenamente, sentir-se livre de regras sociais. Ser aquilo que realmente somos sem precisar fazer caras e bocas para agradar. Ser feliz é saber valorizar as belezas naturais, fazer trilhas ecológicas, apreciar cachoeiras, estar em contato com tudo que nos foi dado. Ser feliz não está nas bebidas e drogas, e muito menos nas avançadas tecnologias. Ser feliz é estar com pessoas de que gostamos; fazer coisas simples que se tornarão únicas. Ser feliz não envolve dinheiro, ser feliz está ligado na questão de viver, saber viver, querer viver, se sentir bem e estar bem. Ser feliz é um sentimento de bem-estar, de sonhar acordado, de amar quem quisermos. Ser feliz não é aceitar tudo, é também saber dizer não em qualquer momento do dia. Ser feliz é desejar ser feliz, e não permitir que pessoas invejosas te coloquem para baixo.
Ser feliz só pede simplicidade, não pede avanços de classe social, nem do quanto você pode gastar com os seus amigos. Se as pessoas soubessem o quanto se pode ser felizes com tão pouco, dificilmente veríamos a depressão tomando conta delas.
Ser feliz é estar à luz do sol, sentar numa praça e deslumbrar tudo que temos ao nosso redor, fazer uma boa leitura, conversar com pessoas. Por que complicamos tanto para ser feliz?
31.01.2010
Escrito por Graciele Gessner.
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