Quando uma vida se acaba
a quem fica faz-se pausa
como a esperar a resposta
E nossa mesquinhez desaba
na certeza que a morte causa:
Viva rápido o que gosta!
No amanhã nada prenda,
é ancorar um návio no ar
Faça-o, mas não se ancore
Quem sabe onde acaba a senda?
Ninguém sabe até onde irá andar
então ame, sonhe, chore...
O relógio o tempo não volta
só os ponteiros memória irreal
ele ignora e continua.
Não conte, do tic-tac solta,
seja humano e viva o real
é o que tem da verdade nua
Faça o melhor que puder
e não se deixe vampirizar
valores de um mundo torto,
no que os outros vão dizer.
Seja-se, para não precisar
do recado de algum morto