Espera(nça) ...
Que homem sou eu destinado a ficar sozinho
Só me resta ficar sentado a espera do meu caminho.
Longo ou curto mas de certo na escuridão
A espera de alguém que me acalme esta solidão.
Rodeado de tanta gente e ao mesmo tempo por ninguém
So me resta esperar, esperar que apareça alguém.
Quem sabe seja destino vaguear na noite sozinho
A espera de um abraço a espera de um carinho.
Um simples “olá” ou um alguém que me acolha
A vida e um caminho mas não foi esta a minha escolha.
Mais sozinho era impossível pareço ser transparente
E sei que não sou ninguém aos meros olhos desta gente.
O que será isto? Arrogância?!
Talvez depois da morte me dêem a devida importância.
Por agora finjo estar tudo bem, farto de ser ignorado
Ergo-me e parto a procura de um ninguém em nenhum lado...
João Carreira
Agosto de 2009