O Sono Perdido
Izaura N. Soares
É madrugada, perdi o sono,
Não ouço nenhum barulho,
Minha poesia está flutuando,
Meu coração bate tão forte,
Parece um gigantesco balão
Pronto para estourar, estourar
De amor e de paixão.
O sono não vem, meus olhos
Estão secos, é latente o meu sono
O frio da madrugada congela meu ser
Deixa meu corpo vertiginoso,
Entorpecido quase sem ar
Esperando por você.
Declamo alguns versos,
Mas minha inspiração perdeu-se
No momento que minha poesia flutuou.
Os pensamentos libidinosos
Dilacera minha dor.
É quase dia, não consigo dormir,
Estou sem forças para sorrir
Tento compor uma melodia
Com os versos que sobrou,
Mas meu corpo já cansado, entristecido
Perdeu a vontade de reviver
Aquele lindo sorriso de amor.
O dia amanheceu o sono não veio
Não pude sonhar o sonho dos deuses
Queria te ter nos braços meus
Para alegrar meu corpo
Que vive cheio de desejo
Que lateja, ao sentir teus beijos.
A noite se foi à madrugada passou...
Eu continuo a pensar em você.
O dia raiou tão forte
Que o sol esquentou...
Um dia eu vou te reencontrar
Para amar-te no amanhecer
E o meu amor a ti entregar!