Sou o Gil de Diadema
De vaidade caudaloso?
Ruminando desatino,
Gil de sempre tão formoso
Gil de barro amassado
Espremido por demais
Nas olarias do destino
Gil igual, barro não faz.
Gil de pensamento aberto
De fechado seu destino
Convive com a solidão
Mesmo tendo alguém por perto
Gil de Sanjes batizado
É pagão por natureza
Tem certeza do passado
E um presente de incerteza
Gil guerreiro, Gil valente,
Leva em punho a sua espada
Mil conquistas, mil vitórias,
Gil do tudo, Gil do nada.
Gil de sensibilidade
Coroada como a lua
Gil da vida sem abrigo
Gil de casa, Gil da rua