Desanuviados
Num céu
Onde consigamos
Fazer crer
Que a ausência
É de todos
Uma descrência
E desprotegidos
De alegrias
Vamos na vida parecendo
Mais infelizes
Que as ondas gigantes
Tão dificeis de transporem
E que neste céu
Voassem até nós
O calor saudoso
Do teu corpo infante
Cuja saudade me invade
E sinto
Batente... batente
... Descontente
Por teus olhos
Querer de novo encontrar
E os teus lábios voltar a beijar.
Paulo Martins