Esse astro pálido
Que inebria a mente
Deixa-me triste ou contente?
Esse astro pálido
Que me ilumina os olhares
Mostra-me a beleza dos mares
Dos lagos...
Da pureza dos pássaros
Esforçaste-te ao máximo
Para ocultar este doudo lugar
Em que o ouro é razão para matar...
E a idade... a desculpa para não amar
Astro pálido: - podes me ouvir?
Mesmo que não possas, tenho que lhe confessar
Preciso de alguém p’ra desabafar
de um ombro amigo para chorar
Conto-te agora, meu doce astro pálido
As minhas lamúrias
Mesmo que sejam, por vezes, injúrias
São verdadeiras
Podem não ser o que o mundo quer ouvir
Podem não ser as palavras mágicas p’ra fugir
Mas, confie em mim...
são verdadeiras...
Astro pálido
Foi tão bom, uma vez mais lhe observar
foi tão bom... devolveu-me meu doce olhar
...sobre o cárcere a qual fui mandado
Não reclamo! -fui muito amado
Amado pela doce mulher
Que está prestes a chegar
Chega cansada, o significado da palavra “amar”
Jovem mulher
Que mo viu nascer (e com muito louvor)
Que desde meu primeiro suspiro, me mostrou o amor
Permita-me que eu me despeça, astro pálido
Conheces agora, todos meus segredos e desejos
Espero que esteja, também, admirando seu brilho
Aquela que, a vida, eu daria eu daria por um beijo.