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E eu estou à tua espera...
Nos cálidos cálices brancos
Flocos de neve...
Escorrem os vinhos
Do vale...
Ah este manto que me aquece
me abrasa e se esvai...
Quando chegas d`outra esfera
estilo “bonsai”.
Aqui! O pinheiro é do Paraná
E a floresta Araucária
O selo indica a procedência
Garantida da inocência
Ofereces-me um buquê
Desejos! Flores do campo
Riachos d`águas... Tournée
em movimento...
E o sol faz sucções...
em sucessivas contracções
Seus murmúrios...
são segredos derretidos
de um "te amo”
nunca findo.
Enlevas-me
em teus braços...
Num de repente amoroso
num incontido desejo...
Harmónico solfejo...
Belissímo! Este fugaz
Frenesim.
"Pergunto-te a ti mesmo
ao homem livre! Se és
Atrever-te-ias
aproximar-te de mim..."
E ao articular as palavras
saíem-me sons...
como se de um regato
fosse...
E logo oiço murmúrios
d`água a correr...
Segredos
são mistérios...
Inundam a nossa voz!
Joaninhavoa
(helenafarias)
28/02/2009
Publicado no Recanto das Letras em 01/03/2009
Código do texto: T1463259