DEMORASTE

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DEMORASTE
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Tanto...
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Até parece que sou pretensiosa
Não! Sou só sincera
E não gosto de falsas modéstias
Viajo muitas vezes numa carruagem
de dois lugares; o meu e o do condutor
Que tem por missão fustigar e andar
Só naquela direcção…
Vêem-me à lembrança cantatas infindáveis
O retumbar do órgão, os olhos brilhantes
Das crianças que já gostam de cantar
E já sonham a música…
Esta arte sublime! Como o amar

Tenho sempre a sensação
Que um dia vou morrer de repente
Como uma explosão…
Talvez quando nos tocarmos somente
Ou então pr`a todo o sempre…

Agora já não quero que me digas
“Eu te amo” ou “gosto de ti”
Nem em Alemão! Nem em Português
Quero de repente, ouvir uma voz
Atrás de mim… dizer:
- Demoraste tanto!…

Vá diz! Estou esperando

Joaninhavoa,
(helenafarias)
26 de Setembro de 2008