Não penses que não te espero
na aparente indiferença...
Esta fingida descrença
só disfarça o desespero.
Se a falsa máscara fria
pudesse quebrar esta ânsia
saberias que a constância
é meu pão de cada dia.
Um pudor duro e severo
esperar desesperado...
é o que nutre este pecado
de querer como te quero.
Destarte, tímido louco
não ouso tocar tua alma
e nessa insofrida calma...
dia a dia morro um pouco.
Eduardo Barros