Vezes há em que quero destruir tudo,
Queimar todas as folhas soltas, todos os rascunhos…
Vezes há em que quero desacreditar-me
Maltratar as criações, as letras apagar de vez dos papéis,
Porque se não, parecem perseguir-me, deixando-me a morrer escondido,
Quero não pensar, elas vêm à minha mente e não me deixam.
Penso agora, a dormir, ao acordar, penso só e acompanhado.
Quero tédio, morrer por não pensar e não por pensar demais.
Ser fogoso e imprevisível e não pensar,
Vezes há em que quero destruir tudo,
Que não me quero destruir a mim.
Tudo de novo, branco, limpo, ordenado.
Este caos deixa-me miseravelmente morto
Quero aprender a usar a razão,
Não escrever, porque de nada me vale,
Só me deixa mais sozinho e o tempo passa…
Usar a alma de nada serve,
Ter coração é um luxo…
Ser feliz e triste logo em seguida,
Ser tão diferente…
De nada serve
Vezes há
Data de publicação:
Quinta-feira, 5 Junho, 2008 - 02:27
- Blog de Daemon Moanir
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