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Ando comigo de vez em quando.
A que parte vou com o pensamento?
Sem que ele a mim se vá queixando,
De um comovente poeta em tormento.
Tão mau poeta que é! diz ele:
Faz poemas anómalos ao vento,
Crê que não sente, nada é dele.
Tristeza etérea em vacilo sonolento.
Ao seu lado escrevem famosos,
Em plateias de critica de literatura.
No estilo ideal que torna maravilhosos:
Os seus poemas nas horas de leitura.
Arrasto as minhas palavras nos dias,
Sempre à espera de poemas melhores,
E no momento acabam sendo os piores.
Consumindo as findas lassas de energias.
Vou acabar de novo este dia meditativo,
Com a vontade de terminar esta mentira.
A mim o mundo nada importa ou inspira.
Será que na poesia eu preciso estar vivo?
© Jorge Oliveira 11.MAR.08
Comentários
p. mentiroso compulsivo
que bela revelação, meu querido!!!
eu também preciso estar viva na poesia, pode acreditar se é que tua dúvida não é falsa...rsrsrs
mas às vezes é assim mesmo, a nossa capacidade de demonstrar a fraqueza, faz de nossa força não somente algo especial e de maior valor, mas algo que nos permite PAUSAR.
e pegando um gancho numa conversa minha com nosso honrado colega hildebrando...
o que seria do ponto sem a vírgula?
a pausa só tem valor, perante a retomada.
e foi isto que tornou seu texto verdadeiro;
e o título, falso.
és um ótimo poeta por isso.
meu voto e um bj.
Bira//Mentiroso Compulsivo
Jorge,
Que bela composição essa sua, vejo na real que a "sua mentira" é a verdade fatal que alimenta, guia e orienta os amntes da poesia...
Sim , é na poesia que nos fortificamos e nesse seu deabafo (prefiro chamar assim se vc permitir) eu lembro do meu parco poema chamado POETAS (vide no meu blogue), o que de fato poderia reafirmar ou complementar seus questionamentos!
Parabéns e forte abraço,
S. CaraMelo ( Bira ).
Seu CaraMelo (Bira).