Estas mãos trêmulas, estes olhos febris
Uma alma calejada, fraca, entregue ao léu
Alma que procura por vida
Por algo que a chame simplesmente de amor
Estes passos tão descompassados
Este silêncio no viver
Esta alma parece que chora
Não podes aceitar a nua e crua realidade
De que toda dor parte um coração ao meio
Toda brisa um dia há de chegar
Mas o corpo padece a esperar
O que era para ser um momento de prazer
Torna-se em algo que resulta em feridas profundas
O sangue escorrendo dos espinhos
A cor vermelho sangue que exalta a vida que pulsa
Aquilo que foi lindo, sublime, eterno
Hoje remorsos, entraves, findo
Como algo pela metade, sombras que vêm em dias
Pelas lembranças e história vividas
Pelos toques ansiados e beijos prorrogados
Um fugindo mais que sentindo
Outro querendo, mas não admitindo
E uma parte de vida se foi
Hoje um resto de vida fica
E onde estas mãos irão tocar?
Onde este corpo irá se deitar?
E este coração amar?
Amar, será a razão de tudo?
Do ser , do existir, do fim...
O AMOR, A RAZÃO DO SER, DO EXISTIR, O FIM...
Data de publicação:
Sábado, 21 Julho, 2007 - 04:51
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Comentários
Oi
O que seriam dos versos se não sofrêssemos tanto, acho (pelo menos eu) até gosto um pouco de sofrer. Sofrer exageradamente como se fosse o fim do mundo.
"Um fugindo mais que sentindo
Outro querendo, mas não admitindo"
Gostei muito dessa parte ...
E afinal, o amor é a razão de tudo ? ou será que torna-se somente quando tudo acaba ?
Beijos
Gui
gui
Respondendo sua pergunta, o amor é a razão do início, do meio e do fim, sem ele não existe o por quê de estarmos vivos, uma vez que a maior lição que Deus nos deu é o amor ao próximo. Que sempre acredite neste sentimento, o mais nobre e mais forte que existe, o amor, só ele mesmo é capaz de transformar, de sustentar, de nos fazer melhores a cada dia. Obrigada pelo seu comentário.
Fernanda
Fernanda