Vigío tua caçada irrefreável a meu encontro.
Imagino que tu chegas pela porta do quarto,
apodera-se sutilmente da chama da noite.
Penso que tu vens como ave migratória,
mulher de mil sonhos, mulher minha.
Enlaço tua cintura, reviro teu feitiço.
Inicia-se intensa busca por tua fonte,
o sol aquoso de tua boca minuciosa,
tudo que de onde permeia nossa lira.
Indago se tu vens logo, se tu tardas
ou corres a desejar um caminho desmedido,
uma aurora coberta de vida nova.
Lento, declamo prima obra de teu rosto;
Veloz, embalo a custear memórias tuas.