Prosas

Foto de minnie_heart

Ficaste sem ficar

É a sentir o inferno apoderar-se de mim,que o luar se quebra sobre tudo o que sonhei.
dou-me a este sofrimento, pois hoje sei, é a ùnica forma de me dar a ti.
Enquanto o faço é como se ainda esperasse...
vejo-te correr na direcção oposta,vejo-me cair,a não te conseguir alcançar.
Chamo-te sempre que te recordo. Sempre que me recuso a ver-te partir.
por momentos não avanças e penso em pedir que fiques. Mas não posso...
tenho-me saciado nesta irrealidade. É dela que vivo. É ela que respiro.
Nesta ansia de ti, não me canso de me cansar, numa luta que sei já não existir.
Porque partiste e me levaste sem me levar, e ficaste sem ficar?
E por ti receio. Que no rumo que por teu bem decidi, sigas o mesmo mal que eu segui...

Foto de Graciele Gessner

A Culpa é Sempre do Outro. (Graciele_Gessner)

Estive pensando, como somos injustos, como cometemos equívocos e não temos a dignidade de admiti-los.

Por nossos próprios atos, ou escolhas erradas, temos a cara de pau de colocar a culpa em alguém. E será que a culpa é do outro?

É preciso avaliar a dimensão de nossas ações que resultam em graves reações.

O pior mesmo é viver fantasiando que o culpado é sempre o outro e que nada tem haver comigo. Será que sou perfeito que não cometo erros?

Temos que chegar ao denominador comum, ter a consciência de que meus aborrecimentos são cultivados exclusivamente por mim.

Admitir a responsabilidade do que cultivas para si. Aceitar que a mudança precisa vir de você, para colher as coisas boas que a vida te oferece.

Pense nisso.

03.01.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Aprendendo a Segunda Língua. (Graciele_Gessner)

Sinceramente, achei ridículo este acordo de “melhora” ortográfica. Já me contento por não terem mexido na gramática. Eliminem a trema definitivamente, coloquem RR e SS no lugar do hífen, retirem as acentuações em algumas palavras e tantas outras. Como gostam de complicar!

Ao invés de simplificar, deveriam ter acabado com a acentuação em todas as palavras. Nosso português já não tem mais as mesmas características, já perdeu a sua particularidade brasileira. Já reparou nas novas regras do hífen? Já constatou que não se acentuam palavras paroxítonas terminadas em “o” duplo? Observou que não se usará mais o acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos? Eu já reparei e fiquei aterrorizada. E você? Enfim, está declarada a bagunça ortográfica na Língua Portuguesa.

Veja bem! Não estou aqui me promovendo, mas sim, expondo a minha opinião. O acordo ortográfico está assinado e aprovado, precisamos nos adaptar. Já não gostei da “ideia” de não levar o seu devido acento agudo. Teremos que tomar cuidado quanto ao acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas que também foram abolidas. Precisamos é reaprender, ou melhor, aprender a segunda língua.

Não estou generalizando, mas convenhamos, para quem tem o hábito de escrever já sentiu na pele a mudança. A transformação é tamanha, que ainda há dúvidas em muitas novas regras propostas. A escrita não é mais familiar, tornou-se algo desafiador.

A única boa novidade nessa declarada bagunça, é a unificação da língua. E espero que isso não vire marmelada, que seja realmente praticada. Quem vai ganhar com tudo isso são as editoras na hora de reimprimir os livros com a nova ortografia. (“Que inveja!”).

O grande desafio será igual à matemática, teremos que praticar; será preciso ler muito mais e nos empenhar.

É claro que eu já estou correndo atrás para saber o que mudou, mas o que falar daqueles que não estão nem um pouco preocupados? Será maravilhoso fazer uma entrevista de emprego e solicitar uma redação como forma de classificação e constatar os erros ortográficos.

Então? Vamos aprender a segunda língua?

Boa leitura! Bom aprendizado!

03.01.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de pttuii

Trazida para casa

Trazida para casa. Sentiu-se recortada do ambiente natural de soluços descontrolados em que foi pescada. Podiam censurá-la, e dizer que sempre se sentiu peixe a saltar na lota, com o sol fraquinho do amanhecer a percorrer-lhe o corpo. Mas foi trazida para casa. As redes invisíveis de lavanda barata tolheram-lhe os movimentos. Serviram para o desfeito soar de ilusões que a pareceu enfeitiçar. Aqueceram aquele frio desengonçado que sempre nos toma, quando as decisões tomadas são indefinidas pelo medo das consequências. E até ampararam a queda na ascensão ao inseguro do inesperado. Foi trazida para casa. Sempre previu seda, como ornamento de sedução. Mas por momentos a pele queimava, com o suave beijo da tentação que a envolvia.
Ele escolheu o que ela sempre gostou. O desejo era só um, se alguém a quisesse tomar por deusa de emoções. Que a conquistassem pelos ouvidos. Queria ser deixada em tranquilo desvario, com uma recriação do que o Universo ouviu no dia em que rebentou pelas costuras, e com os grãozinhos de pó que sobraram, começámos nós, os que vamos morrer, a ser criados. A mão dele era suave. Capaz de conter desesperos bacantes, com um saber tocar onde devia. Ela silenciava o que não queria que acontecesse. Com o corpo que ainda controlava, fez-se corpo do desejo que embalava dois corpos que se desejavam.
Mas não tinha de acontecer, se o que se pretendia era só sentir a carícia das corpulentas gotas de chuva que descreviam trovas de amor aos vidros do apartamento. Trazida para casa, pediu meças de contentamento à solidão que a voltou a cumprimentar. Seriam já irmãs de eternidade, se não se quisessem matar uma à outra.

Foto de pttuii

:-)

Quando fecho os olhos e penso em rosas, sabes que consigo falar contigo? Lembrei-me de escrever rosas, como sinal de compromisso. Declaro que não é a fantasia que me move ao escrever estas linhas. Simplesmente sinto necessidade de o fazer. Devo-o ao lote de emoções que tu me despertas.
Escrever uma carta para demonstrar admiração, não é daquelas coisas que se fazem de propósito. Simplesmente acontecem, e trazem sempre consigo o inevitável sorriso. Daqueles de orelha a orelha, que nos deixam confiantes na saúde mental do mundo que diariamente nos martiriza.
Leio-te, na mesma medida em que ouviria a tua voz se ela fosse uma constante na minha vida. Entre os espaços das palavras que usas como artilharia pesada na invasão que, diariamente, fazes ao meu mundo, encontro(...), provavelmente deverias ser a última a saber disto.
Mas acredita. O único seguro contra todos os riscos a quem eu me confiaria, és tu. Não tens apólices escritas a letras pequenas. Em caso de acidente, estás sempre lá e pronta a devolver o montante perdido, em duplicado. E, acima de tudo, sinto que és um repositório riquíssimo de cheiros. Incensos a vida, frugais essências de paixão, e uma completa gama de perfumes raros. À distância, invades os meus cinco sentidos com odores de tranquilidade. Deixas-me tranquilo, seguro de mim, e capaz de criar.
No meio de tempestades, de inseguranças, de periclitantes mostras de estabilidade mental, encontro em ti a âncora que preciso. À luz do medo que sinto em perder-te, aqui declaro que te admiro. Não, a tal palavra não cabe nesta declaração. Nem quero que ela aterre aqui vinda do nada, e depois sirva para implodir tudo o resto que eu já tive coragem de escrever. Além do mais, confio pouco nessa palavra. Vejo-a mais como uma demonstração de vontades ficcionais, e não de desejos reais.
Concluo, desejando que estas palavras te tomem na plenitude do teu ser. Vê-me como um invasor pacífico. Quero assumir o controlo dos teus impulsos, e aperfeiçoá-los. Para mim, seria uma alegria ver-te como um ser total e completamente seguro de si, que me vê como um porto de abrigo.

Foto de Graciele Gessner

Infinito. (Graciele_Gessner)

Infinito é o sentimento chamado amor
No qual jamais se esquece apenas adormece.

Infinito é o respeito
A quem se tem incondicionalmente,
Ou a quem mereça por essa atitude.

Infinito é a amizade verdadeira,
Aquela que pode nos refugiar.
Uma palavra de conselho ou de crítica.

Infinito também é as lembranças
Que nos restam as sonhadas esperanças.

Infinito é a minha gratidão
A todas as pessoas que se encontra em meu coração.

Infinito é viver cheio de inspiração,
A suave melodia do coração.

01.01.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de minnie_heart

Não posso mais

nao posso mais...
não da para suportar esta dúvida
tenho medo de encarar o que me possas dizer
mas não da...
não aguento olhar mais para um mero objecto
e ouvir a tua voz
ver os teus olhos
sentir o teu cheiro
sem ouvir, sem ver, sem sentir
pois nada é real
nada acontece para além das minhas ilusões
dos sonhos que criei ao te dar meu coração
agora não sei que fizeste dele
onde o deixaste
se deixaste, guardaste, se me deixaste em espera
como se eu fosse tambem um mero objecto
levaste-me a morrer nas sombras de quem fui um dia
agora eu sou apenas aquela que espera por ti
submissa as tuas vontades, as tuas indecisões, a essas fugas descabidas!
e pergunto porquê? o que te faz agir assim?
medo? falta de amor? liberdade? diz-me porque não sou mais capaz de entender
apareces do nada quando penso que ja não vens
vais quando acredito que vieste para ficar
e nunca me dizes porque o fazes
e eu aguardo
e olho então para um reflexo de ti
mas não posso mais...

Foto de Carmen Lúcia

Graci, para te desconfundir!?Crônicas hiper-interessantes (ou hiperinteressantes?)

Crônica Ortografia Sinira II

Faço uma autoanálise e num sobressalto acho um contrassenso te dizer estas coisas, mas é ultraromântico estudar ortografia, apesar de parecer antissocial e coisa antiquíssima.
É extraoficial, mas trato de um pseudoedema intraocular e preciso de ultrassonografia. Não sei no que isso vai desaguar.
Vivo nesta semiescravidão, mas sou autossuficiente e tenho o ego ultraelevado neste dia semiúmido e ultra-aquecido.
A oposição me chama de inconsequente, sanguinária e delinquente com muito ambiguidade, mas nunca fui arguida a respeito.
Levo uma vida semisselvagem apesar de ser antirracista, pseudossábia e andar de sobressaia num micro-ônibus autossustentável.
Deixo aqui um Tchau desmilinguido!
Infra-assinado

Sinira 29 de Outubro de 2008

Crônica Sinira Ortografia III
Sou bilíngue e escrever certo agora virou uma paranoia, mas tento aprender, nem que leve um quinquênio, pois não sou inconsequente. Tem hora que me causa enjoo, mas abençoo quem tenta acertar e os que creem na importância da correção.
Aqui somos todos acadêmicos e lá em Portugal seríamos académicos.
Isto é coisa super-rápida e hiperfácil para um super-homem num voo aeroespacial agora unida por duas vogais diferentes.
Se me arguem, saberei responder como se escreve as palavras anti-semítica e inter-racial.
Tem gente super-resistente a mudanças que para a pensar no hífen e fica com a cabeça sem pelo porque caiu o acento diferencial.
Mas sou otimista e nisto sou o contrarregra do meu próprio cenário.
Tchau tchau. Bye bye agora com y do meu próprio alfabeto.

( Sinira Damaso Ribas)

Foto de sasha_in_the_house

...definição de amor...

No tremendo nevoeiro estonteante da nossa alma, está escondida, arrepiada pelo medo e pela solidão, aquela essência que nos diz o quão é importante amar-mos alguém, o quão é importante a felicidade. Pois é essa essência que nos mantêm vivos neste mundo repleto de ódio e sofrimento. Mas sempre vencedor nesta luta contra a escuridão.
Estou entao, a falar do amor...

Foto de sasha_in_the_house

...tristeza...apenas tristeza...

Quando o terror se apudera da minha alma, o meu coração torna.se chaga de si proprio...onde o medo abre feridas do passado esquecido e apaga esperanças do futuro...tornando.me assim filho da escuridão...

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