Prosas

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Será Que Somos Sinceros? (Graciele_Gessner)

Pense com calma. Será que somos sinceros? Será que em algum momento não mentimos? Estive observando tudo e a todos. E observei bastante para chegar numa conclusão. Alguns provavelmente garantem que jamais falaram nenhuma mentira. Eu diria que não conseguimos viver sem mentir.

Tudo que ouvimos e falamos, vemos e fazemos; tudo nos parecem verdades, e muitas vezes é uma bela e pura mentira. Você já parou para pensar nisso?

Já parou para cogitar que um perfil virtual do fulano muito bem elaborado e bonitinho pode conter uma falsa informação? Tudo que é belo nos enche os olhos e se torna fato verídico. O que nos interessa é disfarçar a nossa verdadeira identidade, mas isso só confirmaria a minha tese.

Outra ideia que pode auxiliar na compreensão. Mulheres gostam de roupas, perfumes e maquiagens, tudo isso para obter a imagem daquilo que muitas vezes não são. Perfumes disfarçam o seu cheiro de felina. Roupas disfarçam as suas gordurinhas extras. Maquiagens muitas vezes escondem a sua beleza natural. Então, o que é verdade e mentira?

Criamos ilusões, fantasiamos o tempo todo. Até mesmo quem escreve, escreve imaginando ou não. Contudo, uma mentira sempre terá uma pontinha de verdade.

Sabemos também que algumas verdades ditas transformam uma pessoa dócil num monstro, mas depois da tempestade abre-se uma porta de oportunidade para novas possibilidades. Imagine então o inverso, mentiras proferidas ao vento, quais serão as oportunidades? Mentiras só nos fecham as portas. Mentiras são só destruição e não construção.

Pense muito bem, antes de qualquer resposta. O melhor mesmo é reaprendermos o verdadeiro significado da sinceridade.

25.01.2009

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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A desilusão ou a história do homem invisivel

Com a cabeça para baixo, e os pés a balouçar, eu caminho na estrada da desilusão. Quem passa por mim nem se dá ao trabalho de parar. Vejo mulheres com o sexo cosido, homens com a barba em sangue, e crianças a receber a extrema unção. Tento passar despercebido, mas nem vale a pena o esforço.

Tropecei na raíz da árvore do pensamento. É pontiaguda, ameaçadora, e tudo faz para atrair presas fáceis de devorar.

O chamamento é apelativo. A letras douradas, está inscrita num dos ramos a palavra liberdade. Perdi um braço, e senti a alma a começar a sangrar, mas a marcha teve de continuar. Um velho, que eu não acreditei que o era, começou a gozar comigo.

Tinha cara de quem ainda usava cueiros, e modos de um imberbe adolescente que já foi preso por roubar carros. Disse-me que eu ia ter uma morte dolorosa, e não havia de demorar muito. Agrediu-me com um pau, e chamou-me de estrado teatral. Quando me deixou ir, gritou aos sete ventos que finalmente tinha agredido Moliére.

Ao chegar à recta final da minha viagem, senti-me...., sim,...desiludido. Prostrado, sem força para viver, entreguei-me aos desígnios das fadas que regulam a circulação nesta estrada. Transformaram-me em sinal de sentido proibido, e colocaram-me no primeiro entroncamento que encontraram.

Pediram-me para estar atento ao próximo adolescente com ideias de mudar o mundo que passasse por ali.

Foto de silvya

A ignorância de ser ignorante

Talvez um dia tudo que julguei real se torne abstracto e todos os obstáculos, que me atravessam a alma, se integrem num local sobrenatural e mortal, para que, as sombras da angústia e da dor, não mais perturbem quem quer alcançar a paz.
Espero por um dia realmente puro e límpido…um dia onde a ocasião e a diferença não se juntem. Um dia vulgar mas especial.
Sem motivos nada tem valor, sem valores há que descobrir motivos.
Espero alcançar o dia da vitória. Esse dia, será para mim, o dia em que o meu espírito jamais seja interrompido por crises desnecessárias e inválidas.
Todos lutamos pelos nossos valores. É pena não darmos valor aos princípios racionais e subjectivos.
Se algo se tornar alguém, ou alguém quiser fazer-se passar por algo, ainda nem tudo está perdido.
Contudo somos manipulados pelo destino, movidos pelo tempo e arrastados pela vida. Se é que ainda pode chamar-se vida a este jogo.
Balançamos com a leve brisa que corre e mantemo-nos firmes com as fortes rajadas do vento, enfurecido pela Natureza. Essa sim domina. Tudo pode.
Por exemplo, uma flor, tem vários tons, recortes e formas, no entanto envelhece, perdendo tudo isso, de dia para dia. Talvez origine outra flor.
Tudo muda, tudo progride e sai do lugar. Tudo e todos se movem, num ciclo vicioso e arrepiante, denominado vida.
Tentar descobrir os segredos deste ciclo é invadir o nosso ser. É tornar profundo o que está claro. Tentar desvendar mistérios, quase sempre é fortalecê-los mais ainda. Ou seja, desvendar é sinónimo de ignorância.
Por diversas vezes, ao tentarmos descobrir o “porquê” de algo, criamos mais “porquês” ainda.
O melhor talvez seja viver com a ignorância da vida, mas com a sabedoria que ela nos oferece.
A isto chamo crescer, e o crescimento interior é ainda um mistério. Porém, ao saber que o contemos, já somos sábios e conscientes de algo e tornamo-nos independentes de dependências.

Sílvia Margarida da Silva Gonçalves

Foto de pttuii

Mais e menos

Eu estava OK. Pelo menos senti que a minha ânsia de viver estava intacta. Não consegui o menos que pretendia para o meu mais.
Nem sequer alcancei o outro mais, para fintar o mais ou menos em que estavam os planos de excelência gizados para a vida mediana que almejei.Restou-me a tabela de ‘ses’ que norteia a existência de todos os que se ficam pelo menos.

O mais é uma miragem para uma comunidade que se alimenta de mais ou menos, para amenizar a triste realidade do menos adquirido. Pintar um mais no meio de tantos menos, só a custo poderá dar algo positivo.

Todos aqueles menos juntos, anulam a força de um tímido mais. Eventualmente, a medo, o mais pisará o menos para, quase de imediato, rebaixar-se à mediocridade. No final, a neutralidade vai imperar.

Foto de pttuii

Arco Íris Inc.

O Branco é amigo do Preto. O Castanho está unido por ligações sentimentais ao primeiro, mas nada o liga ao segundo. O Azul tem tendências suicidas, e vê no Verde um refúgio de serenidade cada vez mais raro nos dias que correm.
Os dois já se envolveram com o Preto, mas perante o Branco sempre o negaram. O Roxo espera por uma oportunidade para pedir emprego ao Castanho, que assume funções de administração na empresa de obras públicas do Amarelo.
O Branco é quem verdadeiramente dá a cara neste negócio, e fala-se que poderá ver com bons olhos um take-over feito pelo Rosa. A suavidade de temperamento deste último é vista pelo Azul como uma potencial ‘mais valia’ numa ligação meramente profissional.
A importação de água de um mar cuja localização ainda não foi tornada pública, parece ser o ramo em que o azul melhor se movimenta. A personalidade densa que o caracteriza é, segundo os analistas, a adequada para uma correcta gestão da multinacional.Uma empresa de consultoria, fundada pelo amarelo, poderá ter sido contratada para atestar a veracidade destas constatações. Por trás deverá estar uma Oferta Pública de Aquisição feita pelo Ciano, que desesperadamente luta por se manter à tona de um negócio onde o Branco ainda dita regras.
O Ciano partilha o tom com o Lilás, e é considerado perigoso. Numa desordem alvejou a tiro o Branco, que por ter corrido perigo de vida, reforçou o seu estatuto neutral. O relatório de tendências no arco-íris aponta para um futuro menos denso. O esbatimento de funções é visto com desconfiança.

Foto de Graciele Gessner

O Meu Trajeto na Vida. (Graciele_Gessner)

Muitos não sabem, mas eu percebo que estou numa missão muito especial aqui na terra. Percebo que vivo buscando o conhecimento, o incógnito. A palavra sabedoria me fascina. Sempre estou estudando, testando, enfrentando o invisível que muitos não veem.

Fascina-me os mistérios, principalmente a vida. Sou curiosa por natureza e sempre procuro explorar o desconhecido aos olhos humanos. Os mistérios da vida após a morte é um tema que me deixa com várias ideias e interrogações.

Sou de observar muito, antes de me manifestar e por tudo a perder. Analiso cada situação com cautela, muitas vezes prefiro ficar no meu canto. Jamais tomo uma decisão através das opiniões dos outros. Antes prefiro apenas ouvi-los e depois com calma avaliar a dimensão dos fatos.

A solidão é a minha fiel companheira. Escolhi a solidão porque me identifico com ela. A solidão me permite cuidar da minha alma; ocupando-me com leituras, estudos, escrevendo, pensando, descobrindo e até mesmo planejando.

De momento, este é o trajeto que estou seguindo.

18.01.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Uepa!!! (Graciele_Gessner)

U.E.P.A. significa: "Uma Esperança Para o Amor".

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17.01.2009

Criado e escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de pttuii

O país dos matemáticos

No país dos matemáticos, ninguém ousa desmentir a racionalidade. O sol nasce sempre do mesmo lado do céu que, recortado, desvenda um anoitecer trigonométrico. O quadrado da hipotenusa da alma das pessoas, é sempre inferior ao resto zero dos sonhos que ficam por cumprir. No país dos matemáticos não há dinheiro, porque divisa é o beijo que o prior dá ao seu acólito. Muito menos existem empréstimos. Tudo o que se quer de prático, só se sonha. As coisas acabam por acontecer, mais ou menos quando o sol se põe.
No país dos matemáticos, há um eminente déspota que dorme em subterrâneos instáveis. Gosta de saborear felizes ideias tanatológicas. Coisas indiscritíveis, e que nem uma equação consegue apreender. No país dos matemáticos, as pessoas nem se atrevem a dizer olá. Apenas meneiam a cabeça, e sorriem. São sinais indiscutíveis de simpatia.

Foto de Wellington Romão dos Santos

Mulher Ideal.

Uma doçura de pessoa, um espetáculo de mulher;
É um ser raro e caro, difícil de entender e doce de compreender;
Contigo a esperança é única e bela , sou louco por ti em meus sonhos e te quero a todo instante.
Porque não te encontro? Enganei-me na primeira mas tenho certeza que você é minha estrela.
Me guiará por todos os labirintos escuros, trazendo-me de encontro com um novo planeta e com os sentimentos da imensidão de um cometa.

Foto de Wellington Romão dos Santos

Desnorteado...

Sinto um vazio enorme dentro do peito, não sei explicar;
Machuca, dói , um aperto sem comparação;
Tudo começa a não ter mais sentido, pessoas , planos , objetivos;
O vazio se encarrega de substituir isso tudo por um único sentimento;
O sentimento de solidão;
Busco distração em coisas novas , em momentos novos;
Mas não obtenho um bom resultado, sinto-me como um belo e verdadeiro fracassado;
Ás vezes penso que a loucura esta por vir e que de uma hora para outra vou perder as forças;
Luto, contra todo esse sentimento que encurrala meus pensamentos;
Mas quanto mais luto mais fica difícil chegar à vitória, questiono até aos Céus se não mereço ser feliz;
Isso vem me destruindo aos poucos , e juro não saber o que fazer;
Deixo o destino guiar meus passos , e que Deus tenha piedade do meu pobre coração;

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