Prosas

Foto de SailingNoir

O impacto

É vista com receio ,
é rejeitada com força ,
é inútil ao útil ,
é extremamente imbatível ,
é desnecessária ,
Se podesse determinar seu futuro ,
seria a extreminação .
Não odeio quem não a "tem" .
Quem a "tem sim ,
faz ver ao mundo
que nada acaba ali .
Quando ela vem e bate ,
Magoa muitíssimo , mas ...
Quando passa ,
nada melhor que o sorriso
esgaço que se encontra
no rosto de quem sofreu por ela .

Adeus Dor ...

Foto de Sirlei Passolongo

Álbum de Família

Decidi olhar fotos antigas,
Dessas que nos fazem viajar no tempo,
Em alguns momentos pude sentir o cheiro das lembranças
Ouvi vozes e eternas canções... Me vi brincando no quintal
de chão batido... O velho balanço ainda estava no abacateiro,
o cheirinho dos pães caseiro assados no forno à lenha
Ah! O barulho da máquina de costura movida por pés ligeiros.
Cada página do álbum que folheava, uma cena revivia...
E, ao fechar os olhos, dançava a ciranda na rua em frente a casa.
Corria atrás de borboletas, ouvia minha mãe gritar:
Cuidado com o pó das asas!
Mas a ciranda parou... Alguém bateu à porta.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Alessandra Reis

Prisão...

Eu tenho caminhar por caminhos
distantes...

lugares q eu nunca pude estar...

No meio do deserto dos meus pesares...
encontro...seu olhar...

Infinito...sedento..e faminto d mim...
como uma miragem...

Vejo..q naum há saídas..
qdo c há sentimentos...
e os nossos...
saum os mais lentos...
cheios de lágrimas
estrelas..e acalentos...

Naum kero vc...no meu deserto....
prefiro vc...nas minhas saudades
e nos meus versos...
antes q o infinto desabe sobre mim...
e eu me torne pra sempre
prisioneira de vc!

Foto de lotus

Nascer para dar vida.

Nasci para fazer com que o meu irmao sobreviva.

Ele tem uma coisa má dentro dele que o vai matando todos os dias e os médicos dizem que so o meu sangue pode fazer com que a coisa má nao o destrua mais depressa.

Ninguem me explica nada, vivo trancada nas paredes da casa, do quarto.

Vivo com o olhar perdido a olhar atravéz da janela trancada do meu quarto, onde posso ver a chuva a cair, e o vento a passar nas arvores, mas nao os posso sentir. Vivo a imaginar o que será sentir o sol a abraçar-me com os seus raios.

As pessoas com quem falo sao todas grandes, e nunca me dao atenção.

Será que todas as crianças vivem assim?

Sei que nasci apenas para prelongar a vida do meu irmao, para lhe dar sempre mais esperança, e mais uns segundos, minutos, horas, anos de vida...

Mas começo a ficar cada vez mais cançada, cada vez mais fraca. Os ataques dele cada vez acontecem com mais frequência, e é retirado cada vez mais sangue de mim.

O sangue que lhe corre nas veias é o meu. A vida que ele tem é a vida que ele rouba de mim, aos poucos.
Os pais nao se importam.

A mae está sempre em viagem, fica apenas as horas suficientes para fazer um novo par de malas cheio de roupa para se voltar a ir embora.

O pai esté sempre em reuniões. Diz que nao pode falar porque tem trabalho, mas traz sempre gente ca para casa para trabalharem com ele, ou melhor, converçarem.

Quando se vai deitar já é tao cedo, que o despertador toca logo depois de enfiar os pés debaixo dos cobertores. Acho que é isso que o faz andar sempre tao mal disposto, porque a mim ele diz-me para eu dormir muito para acordar mais bem disposta e como ele nao dorme, acho que é isso que o deixa sempre mal disposto.

Ele tambem nunca me dirige mais de 5 palavras juntas. Nunca olha para mim, e nunca me deu um abraço como aqueles que o mano me dá depois de lhe salvar a vida.

Será que eu sou uma má menina?

Gostava de respirar um bocadinho que fosse o ar lá fora... mas o pai discute sempre comigo quando lhe pesso isso. Acho que é por isso que ele nao gosta de mim.

O mano pode sair sempre que quer, as horas que quer, e ele está doente, mas eu nao posso, porque o pai diz que os remédios nao podem andar a passear na rua, e eu sou o remédio do meu irmao, logo, nao posso andar a passear.

E se eu nao quiser ser um remédio?

O pai baixa a cabeça, levanta-me a mao, e lagrimas rolam pela face dele abaixo.

Depois ouço berros do pai a dizer que eu nao tenho escolha e que fui criada para salvar o filho dele.

Eu nao sou filha dele? Serei eu mesmo apenas um remédio? Criada para dar vida a quem a perdeu um dia, e agora anda a tentar recupera-la?

Tenho 8 anos, e o pai trata-me como se nao existisse, fala-me como se fosse uma das empregadas da casa, e passa por mim como se eu fosse um objecto.

Nao quero ver o meu irmao deitado numa cama, num quarto fechado, mas tambem nao quero que ele me roube toda a vida que tenho.

Nao podemos viver os dois? nao podemos partilhar os dois a vida que temos, e sermos como irmãos?
Irmaos como aqueles que sao retratados nas historias, que vivem juntos e unidos, que se ajudam mutuamente.

Vivo à 8 anos presa numa casa, num quarto cheio de nada. Repleto de coisas cáras que nao têm valor.

Será que dar a vida a alguem que desconheciamos quando nascemos tem valor?

Serei eu apenas um remédio que usam e deitam fora e que serve para chatiar as outras pessoas?

Gostava de ser alguem.
.
.
.
( continua brevemente )

Foto de Graciele Gessner

Precisei Fazer Escolhas. (Graciele_Gessner)

Entre você e o amor, escolhi o amor. Entre tudo que já vivemos e decidir em seguir a minha vida de cabeça erguida, escolhi a minha determinação de vencer na vida.

Até que um dia, você me reencontrou. Então, mais uma vez, esperançosa, deixei-me envolver, dando a oportunidade de reviver o nosso amor. Admito em nome do meu coração que jamais te esqueci. Amo-o com toda a intensidade da minha alma, por tudo que você significa para mim.

Você foi o meu primeiro amor! Tão intenso e inesquecível; tão arrebatador e fantástico... Você foi tudo que uma garota de quinze anos desejaria viver. Hoje só me restam recordações, fotografias, momentos.

Mais uma vez, precisei fazer escolhas que me feriram profundamente. Entre você e a nossa história, escolhi ficar com as inesquecíveis e graciosas recordações do nosso amor. Entre você e a minha vida, escolhi viver intensamente cada momento, pois são dos momentos que se encontra a felicidade.

Meu coração relutou pela despedida, é teimoso igual à dona. Entretanto, você estava adormecido no meu coração, o amei em silêncio e ninguém jamais soube. Você foi sortudo demais! Esta chamada máquina do tempo precisa ser destruída, antes que não me reste mais o meu amor-próprio.

Não sirvo para segundo plano, nasci para ser protagonista do amor. Teve momento da minha vida que te escolhi, mas hoje, prefiro escolher um lindo e puro amor.

Precisei escolher entre a imaginação e a realidade; entre a paixão e o amor; entre você ou eu. Por fim, escolhi! Escolhi a vida, o presente, a realidade, um puro e verdadeiro amor. Escolhi a me valorizar e deixar a vida seguir o seu rumo. Creio em vidas passadas e acredito que você é a minha alma gêmea que se perdeu no destino.

Não sirvo para ficar suspirando por você. Não me enquadro para ficar sofrendo de solidão e ficar idealizando uma possibilidade de um dia, quem sabe talvez; de quem não sabe se me quer realmente.

Desculpa-me, é inevitável não chorar. Minhas lembranças me fizeram lembrar do que um dia, uma amiga me disse: “nenhum homem vale as lágrimas de uma mulher”. Realmente, hoje precisei concordar amargamente.

Hoje, escolhi seguir a minha vida. Nunca é tarde para mudar. Cada segundo que se vive existe em nossa frente à oportunidade de recomeçar.

21.01.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Agradecida!

Foto de Graciele Gessner

Amor de Duas Faces. (Graciele_Gessner)

Sabe aquela sensação de que você está cometendo a maior loucura da sua vida? Então, sinto-me exatamente assim. Estou jogando fora o meu amor, estou desistindo dele. Não quero mais sofrer, não quero mais esta história por detrás do palco. Não sirvo para segundo plano, não consigo amar em silêncio.

Não quero ser prisioneira deste amor que tanto me faz sofrer, que me tira a alegria de sorrir e me anula a inspiração de escrever.

Infelizmente nos últimos dias tive a sensação do que é um amor de duas faces. É triste se envolver com uma pessoa que amamos desta maneira. Enquanto você acredita que encontrou a pessoa certa, que pode realmente confiar nesta pessoa; você vê o véu se desfazer, o cristal se quebrar. Assim é um amor de duas faces. Um amor que usa o seu coração, o seu puro amor e o seu sentimento. Tenho que concluir que isto não é amor. Na verdade, é uma tremenda sacanagem com as pessoas envolvidas.

O amor de duas faces em resumo é um triângulo amoroso, em que o protagonista não sabe o que quer. Usa as duas pessoas sem valorizar os sentimentos. O protagonista se diverte, enquanto os outros sofrem.

Amor de duas faces, não é amor. É apenas uma paixão passageira, em que se vive o momento e o futuro é algo incerto. Porque se avaliarmos a dimensão deste tipo de relacionamento você percebe nitidamente que alguém terá que ser a matriz e a filial terá que tomar rumo na sua vida.

Amor assim, não merece confiança e nem respeito. O protagonista merece ser igualmente usado e enganado para sentir na pele as mesmas emoções.

21.01.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Agradecida!

Foto de Graciele Gessner

Se... (Graciele_Gessner)

... Se me guardo não posso saber.
... Se me esqueço não é verdadeiro.
... Se me traio não é especial.
... Por fim, descubro que te gosto!
E fico-me condenando quase a morte.

... Se me solto, tornou-me livre para voar.
... Se me escapo posso tudo, até ir ao seu encontro.
... Se me viro, me torno independente deste sentimento que me sufoca.

Os risos graciosos serão a sua porta da esperança,
Dando-te a tão sólida força.
Atento me olha para seguir em frente.
Ouve-me todo prestativo;
Querendo-me em seus braços.
Posso apenas oferecer a minha amizade.

... Se me perco não me encontro, me desespero.
... Se me escondo algo saiu errado.
... Se choro é porque meu sentimento não foi correspondido.
... Se me lamento, eu visualizava um futuro melhor.
... Se te imploro, meu amor-próprio morreu.

Sei que escrevo com a alma,
Tanto que choro lamentando quando escrevo.
Meu coração tem dono, não posso dividir o meu amor.
Obrigada pelo sentimento!
Peço que não fique sufocado,
Apenas prestigie os meus escritos...

15.01.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Nota: Inspirado no poema "... SE", de autoria de Marco Motta, publicado no FlogVip em 14.01.2008.

Foto de Graciele Gessner

Inspire Versos, Poeta! (Graciele_Gessner)

Esta distância destrói
Na verdade acaba virando versos.
A solidão maltrata
Machucando a alma do poeta.
Inspire versos, poeta!
Ingredientes da inspiração
Para curar um sofrido coração.

06.01.2008

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de ddi

o primeiro 'Amo-te'

Era meio dia. Ela sabia que ele gostava de dormir até tarde, mas tinha a certeza de que gostaria mais ainda de a ver.
Bastante ajeitada, saiu do elevador, no piso acima do seu, e percorreu o corredor até ao 519. Pelo caminho passava com os dedos por entre os seus cabelos loiros e tentava imaginar como seria o seu encontro com ele.
Antes de bater à porta, inspirou fundo. Era agora... Sentia-se nervosa e ao mesmo tempo ansiosa... tinha passado demasiado tempo desde a última vez que o vira.
Bate, e ele ao abrir a porta, olham-se nos olhos e deixam escapar um sorriso que quase rasga a cara. Ela atira-se aos seus braços, e beijam-se com uma enorme saudade. Ela sentiu-lhe o gosto da pasta de dentes, e percebeu que ele já a esperava. Sentiu o cheiro da pele: aquele que a confortava a cada momento que se tocavam. Entra no apartamento e, com força, ele toma-a novamente nos braços. Ela sentiu as borboletas na barriga, o arrepio que lhe percorreu o corpo inteiro, o nervosismo à flor da pele, a ansiedade de querer tudo ao mesmo tempo, o desejo e confiança de ser para sempre... Ela estava perdida e unicamente apaixonada por ele...
O tempo passou... O que fizeram será a vossa imaginaçao a decidir. Sairam do apartamento de mãos dadas. Momentos antes tinha-lhe sussurrado ao ouvido um 'Amo-te' tão ternurento e sincero, que nunca antes lhe soube tão bem dizê-lo.

Foto de ddi

Novo percurso

Eram nove horas. O sol ainda se punha, cruzando o mar bem longe numa mistura de laranjas e azul. Um dos acontecimentos que a faz sentir-se com sorte por poder presenciar. Observava no cimo de uma rocha, bem alta desde o mar, com o seu vestido branco.
Era um momento de reflexão... Talvez de evocação de lembranças. Passaram-lhe várias imagens pelo pensamento: momentos que viveu e que ainda perduram. Caiu-lhe uma lágrima.
Sentia-se apenas acompanhada pela brisa que de vez em quando passava agitando os seus cabelos e o seu vestido que contrastava com a pele, agora, morena.
Gostava de poder voltar a viver de novo o que viveu, sentir o que sentiu, dar o que deu, receber o que recebeu, amar como amou.
Por momentos achou tudo isso possível, mas... o vento deixou-a sozinha. E quebrando o momento, tirou o seu vestido e com um sorriso maroto, aventurou-se pelo céu em direcção ao mar, saboreando o momento da queda, apenas consigo mesma e com o vento que decidiu voltar para a acompanhar no seu novo percurso.
Mergulhou no mar, como quem já treinava este salto. Sentiu a água agradavelmente fria no seu corpo nu, e debaixo de água, como se existisse uma câmara de filmar atrás de si para quem a observa, olha para trás e sorri...
Só faltava a música de fundo.

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