Poemas

Foto de carlos loures

coraçoes

tenho dois coraçoes
um bate outro apanha
um bate pra eu viver
o outro apanha de tanto pensar em você

queria que um deles parasse
ainda não decidi qual
se em importancia tudo é igual

viver
te amar
dificil decidir, com qual dois quero parar

Carlos Loures
Avaré outono 2011

Foto de carlos loures

coraçoes

tenho dois coraçoes
um bate outro apanha
um bate pra eu viver
o outro apanha de tanto pensar em você

queria que um deles parasse
ainda não decidi qual
se em importancia tudo é igual

viver
te amar
dificil decidir, com qual dois quero parar

Carlos Loures
Avaré outono 2011

Foto de Marilene Anacleto

Constelação

Vento pulsante, noite de verão,
Descobre mar de estrelas:
Sai do casulo, a constelação.

Clara, límpida, cinco estrelas,
Sem rios, nem festas ou fogos,
Desvenda-se ao que quer ver.

Um desenho entre nuvens
Feito cristal laminado,
Por mãos de fadas traçado,

Reflete a Alma latente,
Sempre ausente e escondida
Por medo de se mostrar.

Então... espraia viagens no ar,
De outros tempos, tão alegres,
Que eu permiti passar.

Colares de amores formados
Constelações de beijos estalados
Abraços que aquecem o ar

Almas em noites suspensas
Esperam a estrela cadente
Para, de amor, suspirar.

E dançam, até a aurora,
E caminham céu afora,
Em graça e tapeçarias.

Do sereno que goteja,
Ao voar de borboletas
O amor amanhece o dia.

Foto de Rute Mesquita

Meu doce amargo


Meu doce amargo,
Os meus olhos despes
ao não te ver neste largo
onde à muito me deste
um anel de noivado.

Lembro-me,
como eras doce,
como me veneravas.
Como lá pelas doze
aqui comigo te encontravas.

Recordo-me,
do teu olhar cintilante,
onde me via reflectida.
Do teu espírito jovem e inquietante,
que me deixava sem saída.
Daqueles teus afagos,
logo pela manhã.
Daqueles doces e amargos,
que fizeram de mim, tua romã.

Sentada,
aguardando-te neste largo,
onde boas lembranças já não habitam…
Acabada,
num calor pardo,
as tristezas me ressuscitam.

Como és amargo,
em ir sem nada me dizer…
deixando-me a meu próprio cargo,
depois de ao céu me teres feito erguer.

Como és cruel,
em te demolires a meu peito…
Vou tirar este anel,
não mereces o meu respeito.

A correr e a chorar lá vai aquele rosto
de menina…
Entre o morrer
ou um bom aconchegar,
está a minha pequenina.
(disse o seu pai vendo o repetido episódio e lamentando)

Acabou assim a primavera,
de enlaces.
O inverno apresava uma nova era
sem esperar que para ele te preparasses.

Passaram-se meses, anos…
E como as suas lembranças
naquela casa ainda eram tão assistas.
Ainda habito nas esperanças,
daqueles imensos planos,
aos quais deste as tuas desistas.

O livro de receitas,
aparecia sempre que cozinhava.
Para evitar os meus enganos,
naquelas feitas
como meu homem sempre me lembrava.
Aquele meu pente,
que nunca o deixava no lugar,
tinha agora um ar reluzente,
quando nos meus cabelos o fazia tocar.

...Como se tu fosses ele.
Adoravas os meus cabelos…

E assim comecei a acreditar,
que com fé talvez ele se revele,
e voltemos aos tempos belos,
da primavera a espreitar.

Numa noite,
na qual as trovoadas rompiam os céus.
Sai de casa sem desajeite,
fui para aquele largo proteger os meus,
antes que aquele tempo os desrespeite.

Pesada, daquela chuva,
por entre tremeliques de frio.
Senti tocar-me uma luva
e o iluminar do meu fio
onde tinha a aliança.

Conforto-me e aqueço-me,
naquela esperança,
incandescente.
Quando sou atingida por um raio…
Fico inconsciente...
e ergo-me.

Afasto-me do meu corpo,
vejo-o irreconhecível no chão…
Quando ia para soltar um grito louco,
sinto um aperto de mão.

Era ele, a minha doce amargura.
Sorriu e disse-me: ‘tontinha, achas mesmo que
te ia deixar?’
E uma tamanha injustiça me perfura,
como pude eu me conformar?

Como se ele lê-se os meus pensamentos,
disse: ‘Minha princesa,
peço que me perdoes por ter ido sem avisar
mas, quero
que saibas que estive em todos os momentos,
só esperava que nisso acreditasses,
para te poder vir buscar,
à muito que te espero.’

As palavras afagavam-se
no iluminar daquelas almas que falavam por si.
Os seus medos ausentaram-se,
mas, esta história não acaba aqui.

Foto de Soninha Porto

Súplica

Você imagem que me foge,
deixa-me perdida
no turbilhão da vida
distorcida pelo tempo,
apenas brisa leve em mim
por lhe saber ausente.

A percepção, antes força,
hoje trama suave,
sutil e fora de foco,
escondida em copiosa saudade.

O tom verde do olhar
repleto de desejos
de quereres e amares ,
proferidos pela boca macia
onde estão?

A cena do amor em 3 atos,
a protagonizar loucuras
perdidas em amassos
deliciadas em beijos;
acabou, a peça saiu de cartaz.

Busco insistente seus retratos.
É a súplica de reviver o instante,
da lembrança apenas tênue,
e do sentir-se incapaz de viver você
intensamente e por inteiro.

Soninha Porto

Foto de Rute Mesquita

Bailados de desejos

Meu doce papel,
como muitas formas de dou.
Hoje perfumado de mel,
o vento te levou.

Agora palavras se soltam ao vento,
sentimentos divagam dispersos.
Parou-se o tempo,
dos seus reversos.

Hoje, se espalha amor,
se espalha alegria.
Ai, como espero que naquela flor,
caia esta melodia.

Espalha-se paz,
sobre as guerras, sobre os seres apodrecidos
pelas suas próprias etnias.
Hoje dizem-se assim, sem garras,
àquelas terras,
onde também pairam boas companhias.

As minhas palavras,
soam àquele rapaz,
dizendo, ‘pede-lhes que baixem as armas,
aos olhos de Deus somos todos bem aparecidos,
Perdoará sem olhar para trás,
e fazer-vos-á dele merecidos’.

O vento continua a bailar,
com estes versos.
Que sentimento irá sortear,
para aqueles terrenos imersos?

Sorteia, bom olhado e boas colheitas,
que o inverno seja molhado,
mas, que não estrague aquelas receitas.

E assim bailam os dois,
e a cada passo de dança,
propagam desejos. Dizem, ‘deixe a amargura para depois,
e preencha-se da esperança,
deste doce beijo’.

Sentada no jardim,
onde vi aqueles versos voar,
digo para mim,
‘não quero que o vento os faça voltar’.

Foto de Rute Mesquita

Meu imortal

Meu imortal,
por onde vagueias?
Diz-me que não cometeste o erro fatal,
de corromper as veias.

Meu imortal,
ainda te lembras de mim?
Vagueio à noite de castiçal,
na esperança de te encontrar por aqui.

Meu imortal,
como eram tão mortais os teus passos,
que fazias acompanhar os meus.
Como ficaram agora tantos fracassos,
nos meus laçados e nos teus.
Ainda me lembro como eras alto,
como tinhas um cabelo forte e perfumado.
Quando te vi, ao meu coração fizeste logo um assalto
jurei-o teu, até depois de acabado.

Ainda choro…
Pelo vazio, pelas recordações, pelo macio,
por entre estas escuridões…
Ainda coro…
Quando fecho os olhos para reviver
os nossos momentos,
nunca julguei que o ‘fim’ fosse aparecer,
e levar consigo todos os fomentos.

Meu imortal,
aqui, nesta vida terrena ainda te espero.
Algo me diz que depois de todo o mal,
virás ver se ainda te venero.

Continuarei a lacar-me em lacrimosas,
continuarei a deitar-me,
e a fazer das minhas almofadas chorosas.
Na esperança que ainda haja uma união
entre nós,
que te dê o sinal, de que de aflição,
começo a apertar os nós.

Foto de KAUE DUARTE

SINTOMAS DE AMAR

Pairar...
E me derreter em plumas sedentas de glória
Na minha história escrever com sangue
Dar de mim, aquilo que me resta
A minha essência, o melhor
Ver o céu aqui comigo
Deixando que a atmosfera sustente meu desejo
Desejo de voar
Ser o sonho que flutua sobre nós
Ser as partículas de amor
Emitidas por almas que se cruzam apaixonadas
Em micro aspecto ser o projétil
Que aflige seu coração
Que te fere no mais profundo
Ser o fragmento de sua fraqueza
Sua molécula de prazer
Sua endorfina, dopamina
Adrenalina que te conduz a aceleração
Que pausadamente se corrompe
Num fluxo absoluto de amor.

Foto de Anderson Maciel

TRISTE...

Não tenho coragem de olhar em seus olhos
quando a vontade que tenho é de chorar
vendo você distante de mim, bate a dor
torcendo as veias de minha finita carne

Vou sozinho sofrendo, morrendo! lentamente
enquanto você está longe e feliz
fico imaginando tudo tão lindo e eternamente
mais perco-me dentro de um sonho sem fim

Tragado pela dor de um sentimento forte
lamento e tristeza são as minhas companhias
onde a solidão aperta o meu semblante
e mais uma vez eu aqui sozinho estou. Anderso Poeta

Foto de Anderson Maciel

APENAS UM SONHO

Em meu triste estado de depressão
vou caindo delubriado, triste e sozinho
a falta que você me faz é de doer a alma
de apertar o coração triste e vazio

A vida passa a não ter sentido
quando percebo não estás aqui
tudo é tão negro e sombrio
sem tua luz iluminando meu ser

Entre as noites de lua cheia
imagino-me perto de você
e percebo que é so mais um sonho
pois você está longe, está lá... Anderson Poeta

Páginas

Subscrever Poemas

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma