Poemas

Me perdoe, flor
Por eu ser tão gente
Que quando me feriu o ego
Eu ter necessidade urgente
De partir e devolver o estrago
Que outrora tu me fizeste

Perdoa-me, meu amor
Por eu ser do mar
E de repente descobrir
Que nunca soube amar

Perdoa a mim, por favor
Eu que cultivo plantas
Esqueci que és flor
Mas que tens forma humana
E necessita de mais
Do que eu poderia lhe dar

Perdoe meu mal jeito
É que se venho em passos tortos
Caminhando toda incessante
Toda desconcertada
Toda errante
É que assim que me fez a vida:
Tornou de entortar-me as costas
E de tornar minhas pernas
Pobres e indispostas
Ora um, ora outro,
Meus pés ficam para trás.

Pobre de mim, me atrevo a admitir
Tão pouco que já vivì
E a vida já veio me assolar
A morte já chega a me ameaçar
O tempo já escureceu meu olhar
A mágoa já tornou em me amargar

No inverno,
Você chegou,
Se aconchegou,
Com o seu jeito terno.

Na estação fria,
O encanto de um instante,
Foi tão empolgante,
Que o inverno se aquecia.

O seu amor não é eterno
Dura apenas uma estação,
Deixa marcas no coração,
O seu amor é de inverno.

Foi em pleno frio do ano,
Aqueci-me com seu calor,
Nutri-me com seu amor,
Inesquecível, amor de inverno.

(Siby)

Sentiu-se amada, venerada como a luz?
Linda, proveitosa produtiva
Maconheira vagabunda saborosa possessiva
Lutadora bonita encantadora evolutiva
Chorosa bondosa exterminadora atrevida
Rancorosa sem amor triste doentia
Sarrista desonesta linda maestria
Charmosa bondosa fogosa vivida
Maldosa encantadora vitoriosa intuitiva
Inutrível receosa maldosa vingativa
Ingloriosa fracassada suicida
É a morte impaciente imprecisa
Finalizando os planos duma vida.