Poemas

Foto de Rosamares da Maia

Patchwork não!

Patchwork não!

Eu não sou patchwork. Não!
Sou mesmo colcha de retalhos, de todo tipo,
Pedacinhos de sobras de pano, irregulares,
Cortados na tesoura de minha avó portuguesa.
Sem modelagem ou ângulos retos harmoniosos.
Nem tecido fino de boa origem - tom sobre tom.
No aproveitamento, sou chitinha povoada de cor.
Dançando na mesa farta de minha avó,
Viva e sempre consistente de generoso amor.
Desse jeito era minha Mãezinha com nome de flor,
Costurava sem burocracia recortes do dia a dia.
Os retalhos unidos com a linha da solidariedade.
Trama pueril de filhos e netos, naturais e postiços.
Entrelaçados na colcha fraterna da família
Cada laçada uma lembrança – eram tantas.
Cada pedacinho uma história brincando de vida,
Amor costurado em colchas e toalhas de mesa,
Verdades transbordando na noite sem TV,
No som sem cortes dos programas de rádio,
Pregados na emoção dos pedaços da alma,
Banhada em sorrisos entre lagrimas e orações.
Não! Não quero ser patchwork não.
Aprendi a assimetria simples de minha avó,
De ser retalhinho sem sofisticação, costurado á mão,
Empregnado do som das novelas de rádio,
Do olhar ao longe desenhando os personagens,
Doce olhar da minha saudade descosturada,
Dos retalhos da minha infância distante,
Que o tempo não aprendeu a remendar.

Rosamares da Maia – 06 de agosto de 2012

Para a série "Retalhos - Pedaços de Vida"

Foto de Rosamares da Maia

BONECA DE PANO

Boneca de Pano

Boneca de pano concebida em retalhos
Recortes coloridos, por vezes desbotados,
Pedaços da felicidade ou dor de alguém.
Boneca de pano, preenchida por trapos,
Cheia de um passado vivido no presente.
Cultivando histórias, ocultando segredos,
Companheira da brincadeira das crianças,
Consolo do choro, abrigo dos medos,
Fada, menina, heroína, bruxinha e vilã.
Boneca de pano em retalhos perdida,
Aproveitamento das sobras da vida.
Boneca da gente humilde, mais pobre,
Mas também suvenir da menina nobre.
Olhos vivos, pintados direto no rosto,
Expressivos olhos de boneca-mulher,
Boca pequena que parece sempre sorrir,
A beira de desatar em gargalhadas
Boca irônica perguntadora, inconveniente.
Sobrancelhas argutas e debochadas,
Prestes a disparar com o olhar flechadas.
O que gostaria ela de saber ou contar?
O que viu e viveu na sua vida de boneca?
Boneca de pano, vestida em retalhos!
Mas boneca não pensa! O cérebro é vazio.
Boneca em retalhos é mascara sem alma.
Boneca do borralho, sentir e pensar?
...Será?

(Rosamares da Maia – 31.07.2012)
Para a série "Retalhos - Pedaços de Vida"

Foto de Rosamares da Maia

Retalhos - Pedaços de Vida

Retalhos – Pedaços de Vida

A vida constrói-se assim:
Pequenos recortes de momentos,
Retalhos delicados e coloridos da alma,
Costurados em pedaços a bico de pena,
Arremata-se no encher surreal do pincel.
Das emendas, de cada uma delas, saltam poemas,
Melodias, cantos, lamentos e encantos.
Desenham-se personagens – sopro e anima.
A colcha cresce, desenrola-se em quadros,
Delineiam-se estampas simples de vidas,
Encaixados sem muito nexo ou explicação.
Amadurecem tracejados em tempo certo,
- Forma e sabedoria Divinas.
Dias que correm como rios, ora felizes,
Outros cinzentos em tempestade.
Retalhos, letras, telas e tintas,
Misturados no tempero de almas libertas.
A colcha de retalhos é absolutamente atemporal.
Está sempre quase pronta,
Mas, sempre e somente quase.
Esta é a sua magia, o seu mistério.
Como a vida retém e incorpora fragmentos.
Letras costuradas para agasalhar palavras.
De frente a lareira imaginária aquece,
Embala um inverno de sonhos,
Enquanto desfia-se o tecido da vida.

Rosamares da Maia – 31/07/2012
Inspiração do amigo David Queiroz

Para a série "Retalhos Pedaços de Vida"

Foto de Rosamares da Maia

O Remendo

O Remendo
Era um pequeno pedaço de pano,
Retalho perdido no desengano do vestido.
Já desbotado, meio velho e esquecido,
Pendurava-se no gancho atrás da porta.
Fora parar ali, mais por apego,
Capricho da dona do vestido,
Mais pelo prazer do que necessidade,
Assim, como o vestido tornou-se companheiro.
Agasalhava a moldura daquele corpo,
Um dia, belo, saudável e jovem.
Aprendeu a compartilhar os seus segredos.
Aprendeu principalmente a guardá-los.
Juntamente com o velho vestido acariciava,
Protegia e amava aquela pele já sem viço.
Mesmo longe, na função de simples remendo,
O retalho tornou-se complemento do vestido,
Reforço do pano rompido pelo tempo
Adesivo da alma que nos dias de outrora.
Desfrutou docemente a juventude do vestido.

Rosamares da Maia – 31/07/2012

Poema da série "Retalhos Pedaços de Vida"

Foto de André2112

Despedida

Não sei mais o que fazer
Pra que permanecer?
Não quero estar aqui para ver
Acho que é assim que deve ser

Desse jeito abro meu coração
Se pudesse fazia uma oração
Nesse momento eu prefiro não
E nem vou fazer uma canção

Amanhã tudo vai mudar
Não teremos mais aquele olhar
Talvez só poderemos sonhar
Não saberemos mais como voar

Se eu te dissesse quando te vi
O que na verdade senti
Saberia que nesse momento vivi
E em cada momento depois sorri

Mas nem tudo é amor
Tudo perde o sabor
Nem ouves o meu clamor
Não há como sentir a minha dor

Nesse momento deixo sua vida
Não consigo ver outra saída
Não deveria haver despedida
Mas dessa forma será nossa vida.

Foto de luzJr

.....

Olhe nos meus olhos
Veja minha alma
Por favor ... entenda
e estenda a tua mão, toque meu coração

perceba o quão forte ele bate
se pudesse saía de mim

Cultivo o meu amor em silêncio,
frágil segredo que não se mantém
pois, não há como não notares ...
o flagrante sentimento: amor.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Dadaísmo e suas Mulheres Peladas (Também conhecido como “O Último Desfile de Carnaval de Michelangelo”)

Os versos de Versalhes não são mais os mesmos;

A França está em guerra com o Japão;
A América caiu;
Os tokkotai pipocam seus aviões
Para as câmeras hollywoodianas
E acenam para as saias das polacas;
Os versos brancos enegrecem
E os estupradores embelecem;
As fotos denunciam as favelas
Favorecidas
No seu fortíssimo comércio de drogas;
O nexo das metonímias
Evoca ao exagero das metalinguagens
O roxo colorífico em brandas refogagens

Pra que mais um Camões
Mais cem Decamerões?
Pra que um João Cabral
Se já descobrimos Portugal?
Pra que mais um herdeiro
Mais um contador de dinheiro?
Pra que uma guilhotina
Regra e forca assassina?

Já temos muitas Normas e normais

Foto de Paulo Gondim

Velas e sonhos

VELAS E SONHOS
Paulo Gondim
24/07/2012

VELAS E SONHOS
Paulo Gondim
24/07/2012

Sinto-me nas ondas desse mar imenso
Vejo e velejo e navegando penso
No sonho que ficou no cais
E em cada sopro fresco do vento
O sono me foge e me faz atento
E navego mais

As velas brancas rompem a paisagem
E teu vulto doce me vem como miragem
Na saudade do esquecido navegante
E na angústia que me aperta o peito
Me vem a lembrança do sonho desfeito
No brilho fosco da lua no horizonte

Em mim, navega tua lembrança
Como resto desfeito de esperança
De que te veja novamente um dia
E, assim, o sonho já nem vive mais
Olho para trás e te vejo no cais
E sigo navegando nessa fantasia

Foto de bruabrantes

Nosso Amor

Cada instante foi importante
Cada momentos que passei
Com você eu senti tudo aquilo que sonhei
Aquelas coisas só de filmes
Ao seu lado realizei
Nosso romance será eterno
Nossa relação é puro amor
Inexplicável é dizer
Expressar tudo que sinto
É difícil, é infinito sentimento
Cada dia venho agindo
Para sempre estar perto
De quem quero sempre amar
Você pode ir embora
Meu coração sempre ira de ti lembrar
E mesmo que novos amores
Apareçam em nossas vidas
Nunca irei te substituir
Amor como o seu é único
Não posso me iludir nem mentir
Vivo o que poucos vivem
O amor de verdade
Que só em conto de fadas as vezes vemos
Pela milionésima vez digo-lhe profundamente
Hoje eu te amo e amanhã te amarei eternamente

Foto de Maria silvania dos santos

“Quanta dor sofri``

“Quanta dor sofri``

“Quando te conheci, nós eramos ainda criança, criança sonhadora, com um longo futuro pela frente. Tínhamos os sorrisos puro, sorrisos de alegria, fluia entre nossos sorrisos a magia da esperança...
Só não pude imaginar que este sorriso lágrima em meus olhos iria virar, não sabia o quão duro seria este futuro, quantas marcas ele deixaria em meu coração, quantas lágrimas ainda iria rolar...
Você partiu, meu coração contigo você quis levar, só que você não pode as lembranças e a saudade apagarem, com elas sofri, pensei em você todo tempo, pensei a cada dia, a cada momento imaginando nosso reencontro.
Muitos anos se passou, você não volto, mas cada dia, cada mes, cada ano procurei pensar que tudo iria dar certo, que todo aquele sentimento para sempre iria durar, em meus sonhos eu tentava te alcançar...
Pena que não pensei que um dia algo entre nós poderia mudar, e não preparei meu coração...
Hoje você transformou meus sentimentos em ilusão...
Um dia, o meu coração te entreguei por inteiro, nossa infância nele ficou marcada.
Suas lembranças em meu coração nunca foram apagada, pena que elas viraram apenas ilusões, você sufocou meu coração....
houve um tempo, que eu só pensava em você, nada me faria de te esquecer...
Hoje não te vejo, procuro e não te encontro, minha esperança já está gasta, cade você?
Cade você para desfrutar dos meus sentimentos?
Sentimentos eram tão puro e forte, que chega a ferir meu coração...
Por este sentimento fervoroso, cicatriz em meu coração formou, as lágrimas o meu rosto marco, quanta dor sofri por amor...
São as obras dos sentimentos que você um dia conquistou...

Autora; maria silvania dos santos

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