Poemas

Foto de Carmen Lúcia

Reencontro

Ainda ouço teus passos se distanciando,
perdendo-se na esquina que te engolia,
tragando-te afoita, droga à revelia,
mutilando uma história que ainda aconteceria.

Sibilam em meus ouvidos as badaladas de um sino
marcando as horas, trilha sonora que estribilha
rasgando-me a carne, mostrando meus avessos,
tendo a lua a compactuar com meus tropeços.

Ainda ouço o estardalhaço dos soluços
que meus lábios apertados tentaram segurar
e num sôfrego vazaram, desabados,
num choro compulsivo, sem parar.

Fostes...simplesmente fostes,
( como sempre fostes),
sem medires a proporção do estrago,
a dimensão de inconsequente ato,
carregando sobretudo, tudo...

Talvez me reencontre sem teu disfarce
e me resgate algum ancoradouro...
Corpo e alma num inusitado encontro, sem ais...
E o silêncio do luar oculto entre a névoa de um cais.

_Carmen Lúcia_

Foto de Delusa

Cidade segura

Um dia caíu em mim,
Todo o peso da tortura,
Os escombros de pedra dura,
Sombras negras e espessas,
Vultos desconformes e pesadelos.
Caíu, dobrou-se p'los joelhos,
E sobre mim ruíu,
A linda cidade de promessas.

Coberta de escombros,
De uma cidade que amei,
E a chorar fiquei,
Sepultada na tortura,
Sob toneladas de pedra dura,
De uma cidade arrasada,
Que eu própria edifiquei.

Tudo o que era luz e côr,
Sacrifício da minha canseira,
Uma cidade inteira,
Construída de amor,
Ruíu pedra sobre pedra,
Toda se esmoronou...
E tão depressa se esfumou,
A vida de uma cidade inteira.

Mas tive por aliado o tempo,
Que de mim se condoeu,
Porque inocentemente, eu
Sucumbia ao sofrimento.
Nos escombros da tortura,
Arrancou-me da sepultura,
Querendo que eu existisse,
Trouxe-me à superfície,
Dos escombros de pedra dura,
Para que de novo construísse,
Uma cidade segura.

Delusa

Foto de Poetisa Cléo Alves - Orlândia

(A SUBLIMIDADE DA FÉ)

Prefiro ter sonhos quase impossíveis
Do que acreditar no óbvio
Prefiro o colorido imaginário
Do que o escuro absoluto
Prefiro voar sem asas
Do que tendo asas
Manter os pés no chão
Prefiro as coisas raras
Que vem da alma
Do que o ouro valioso dos homens
Pois tenho no sol o ouro que aquece
E no encanto de todas as coisas
A sublimidade da fé.

Autora: (Cléo Alves) Orlândia/SP
Respeite os direitos autorais

Foto de Delusa

Poesia ou prece

Como devo agradecer
Este sentimento que me encanta
E que a todo o momento
Me enche o coração
Com melodias de amor
Onde delira o meu sofrimento
Apagando a minha dor

A Deus estou a agradecer
Sem conseguir entender
Se isto é poesia ou prece
Agora que te pude ver
Já não te quero perder
Nem meu coração te esquece

Quantos caminhos já cruzei
Pela via do destino
Porque razão não encontrei
O verdadeiro caminho?

Delusa

Foto de P.H.Rodrigues

Barquinho

Estrelas, meus olhos não querem mais
olhar para o alto, não que não seja capaz,
mas de longe o teu calor satisfaz.

Lua, para ti cessarei meus versos,
vejo o cair do meu teto
e com ele se vai meu caderno, e minha caneta,
mais irritante que uma abelha.

Rimas, suas lindas,
vejo que já não andas com suas mãos nas minhas.
deixei que partisses também.

Só observo o Sol se por e a Lua aparecer.
Só deixo o barco navegar, e o tempo perecer.
Deixo os registros, do que ainda está para acontecer.
Deixo previsões, do que se passou sem se perceber.

Foto de Carmen Lúcia

Momento único

Um doce enlevo me conduz à recordação,
trazida pelo vago entre a tarde que morre
e a noite que se anuncia...
Pela nostalgia que se espalha no ar
e pelo espaço vazio entre os dois momentos;
final da tarde e início de noite...
Pelo surgir, de qualquer canto, da saudade
que invade e toma forma,
pra se fazer notar...

Então a vejo...
A tez clara em oposição à contraluz do lugar;
brilho ao mesmo tempo fosco e esfuziante...
Cabelos discretamente dourados,
como folhas de outono, apagadas...
Olhos que me acariciam, me adornam...
E me deito em seu colo
tentando retroceder o tempo...
Queria esse tempo agora...

Utópico pensamento que me consola.
Suas mãos macias em meu corpo
me fazem renascer...
Adormeço com o seu cântico
a me embalar ... e de novo me gerar.

Minha mãe...Eterna morada...
Acordo... enquanto o doce enlevo se desfaz;
olho para o espaço vazio
entre a tarde que se vai
e a noite que ainda vem.
É o momento de a reencontrar...

Carmen Lúcia

Foto de Siby

Vidas...

Vidas...

Vida trancada...
É viver sem ninguém,
Da solidão ser refém,
De muralhas cercada.

Vida honrada...
É ser pessoa do bem,
Pelos atos que tem,
Respeita e é respeitada.

Vida desprendida...
A liberdade lhe convém,
Num constante vai e vem,
É nômade de alma alada.

Vida unida...
Soma-se a alguém,
Para dividir o amor que tem,
E ter toda emoção repartida.

Foto de Bruno Silvano

Sou Carvoeiro

Não éramos mais do que um bando de apaixonados
Apaixonados com razão, passávamos por dificuldades e aflições
Mas que mesmo assim não deixavamos de cantar e apoiar o Criciúma
Não importa, o tempo, a distância, ou a ocasião, o carvoeiro sempre esteve e estará em nossos corações

A medida que o tempo passava, a nossa torcida crescia
Diziam que o criciúma nunca ganharia nada
Que não passava de um pequeno time de refugo
Foi ai que viram a força que tem nossa torcida

Cruzamos nosso estado, conquistemos os troféus dentro das 4 linhas
Cantemos alto, mais alto que qualquer torcida
Crescemos e nos tornemos os maiores de Santa Catarina

Passamos o limites do estado, fomos além da terra das maravilhas mil
Passeamos por vários lugares, por vários estádios, em todos os cantos do país
Demos a volta e tivemos a conquista da copa do Brasil..

Enquanto muitos insistiam em dizer que não éramos ninguém
Viajávamos pela América
Conquistando vitórias, conquistando a fama que nos convém

Passamos por varias dificuldades, mas nada disso deixou nos desanimar
Seguimos apoiamos, partida após partida
Isso tornou-se um vicio
O Criciúma tornou-se nossa vida..

Isso vocês nunca vão entender
Somos um torcida diferente
Que tem orgulho de ser carvoeira, pelo mesmo motivo que tem de viver...
Não tentamos imitar os outros, somos simplesmente só a gente.

Foto de Hisalena

Não me peças

Não me peças que te dê a lua

porque não o posso fazer,

não queiras que seja só tua

a beleza do suave entardecer.

Não me peças que te dê as estrelas

porque não as consigo alcançar,

não queiras ser o único a vê-las

nem queiras seu brilho aprisionar.

Não me peças que te dê a força do mar

porque não o posso jamais conter,

não queiras o seu impeto domar

nem queiras o seu encanto perder.

Não me peças que te dê o mundo

porque não é meu para poder dar,

não queiras ver para além do fundo

porque nada mais vais encontrar.

Não queiras que te dê tudo

porque nada tenho para oferecer,

não queiras mudar o meu mundo

nem lançar amarras para me prender.

Foto de Priscila Maia

RESPLANDECENTE

Luz que me ilumina
Sentimento e alegria
Fruto de amor
Meu viver
Tão meigo
E carinhoso
Seu sorriso é um estopim
Com confetes e serpentina s
Um carnaval, um desfile colorido
Onde entre o verde e o amarelo
O vermelho lhe cai bem
Em um raio de purpurina
As luzes se cruzam
Trazendo as margens
Olhares inebriantes
Com você conjugo o verbo
Entre nossos repetecos
Todo dia, dia a dia
Sol e lua se combinam
Queres-me alcançar
As estrelas irão apontar
O caminho...seu aporte...
Seu refúgio...
Me enveredo, sem medo
Te espero

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