Poemas Inéditos para Colectâneas

Foto de Nilton da costa

A voz da amizade e do amor

A VOZ DO AMOR E DA AMIZADE”

Dois jovens unidos por um sentimento de dúvidas, não sabiam se é amor ou amizade. Quando eles decidiram escutar a voz dos dois.

O amor disse:

Eu lhe fornecerei felicidade, alegria, te farei esquecer de tudo só pensaras em uma única coisa e a sua vida será um mar de sete rosas.

O mundo estará a um passo de você, não ouviras o que as pessoas falam dos teus sentimento. Pensa comigo:

Estarei presente em todos os momentos da sua vida, quando tiveres que te sentires no céu ou nas estrelas te vou levar com um único sorriso e desejo.

A amizade disse:

Vou te dar confiança, segurança e me encarregarei de enxugar todas as lágrimas que o amor te fazer derramar. Vou te abraçar forte quando o amor te deixar, porque o amor é passageiro e a amizade é eterna.

Os dois ficaram na dúvida em qual seguir. Mais o coração sempre falou mais forte e pediu para escolherem o amor.

Amaram-se em cada amanhecer e desejaram-se em cada anoitecer, sentiram que o mundo estava ao arredor somente deles e afastaram-se dos seus próximos. Quando um dia o amor decidiu partir para outro lugar e deixo-os magoas por dentro e por fora.

Sentiram o sentimento de dor e arrependimento. Mais amizade voltou e lhes disse que o amor é ingrato porque só faz o que o coração quer e depois nos abandona mais quando se tem um amigo (a) nunca estariam só porque a amizade nos apoia em qualquer circunstância da vida.

Eles pararam e pensaram se a voz da razão estava certo. Quando escutam mais pessoas a falarem que precisamos de amor, porque a sociedade esta perdida sem amor.

A amizade lhe disse o amor que precisamos não encontra-se em um sentimento forte ou verdadeiro. Mais sim em uma amizade.

Quando a amizade lhes disse que vou vos falar quem realmente eu sou:

Eu sou a paz que entra em tua vida…
O abraço que recebes todos os dias…
A solução dos problema que o amor causou em tua vida…
Aquele que te olha como alguém especial todos os dias…
Aquela lágrima enxugada no seu rosto…
O sentimento mais forte que sentes em teu peito…
O brilho do sol que mesmo ardendo não lhe faz mal…
A força que o amor possui quando é verdadeiro…
A alma que te faz sentir…
Sou as tuas palavras…
Sou aquele braço estendido para te levantar…
Sou tudo aquilo que o amor não pode ser…

Eles notaram que o amor é essencial para nos fazer sentir, desejar e amar. Mais entenderam também que sem a amizade o amor não sobrevive.

E você qual deles achas que fala mais forte em ti?

Foto de Diario de uma bruxa

Feitiço de Bruxa

Loucura fascinante
Poder tocar seu corpo inteiro
Sobre a luz da lua
Nos campos incendeio

Meu corpo... Toda nua
Seduzo e causo devaneio
É feitiço de bruxa
Sobre a minha conduta
Vou te afogar com meus beijos

Agora não fuja
Junto com a luz da lua
Transformarei sua noite
Em um louco, mas gostoso
Pesadelo

Poema as Bruxas

Foto de gladiadorcorinthiano

"Utopia"

" Um tur no abismo do oceano ou no infinito da gáláxia:
Pendurar na lua minguante e com as estrelas juntos cantar...
Conhecer os limites do amor e as razões de um coração;
Ser mais alto que uma Sequóia e com os dedos tocar as nuvens, ou ter os passos de algodão quando a cabeça é dolorida...
Quebrar a barreira do som ao dizer: EU TE AMO!!!!!
Escrever seu nome com os raios de sol na linha do horizonte, e refletir o brilho do meu olhar apaixonado nas ondas do mar...
UTOPIA é o desejo abstrato e o impossível concreto...
...Ver de longe é de um jeito...outro jeito é de perto!!!"

Foto de gladiadorcorinthiano

" Mentira"

"Mentira é a perna da cobra, cipó que não dobra e sombra na escuridão...
Mentira é a cor que tem o vento que se pinta por dentro do seu giro formar...
Mentira é igual ao morcego que de ponta cabeça não sai do lugar; Mas quando sai, o sangue te suga e igual a uma pulga vem te deixar...
Mentira é mesmo engano que por baixo do pano sujeira deixou, e mesmo assim quando o galo cantou ainda mesmo falou:
-Não fiz! Não fiz! Não Fiz!"

Foto de Diario de uma bruxa

"MENTIRA"

"Mentira
Ela pode esconder-se por muito tempo
Mas não para sempre.
Um dia a mascara cai
E ela mostra a verdadeira face."

Poema as Bruxas

Foto de Marilene Anacleto

Moço Solitário

*
*
*
*
Moço solitário
No barco pensativo
O que será que faz
Deste modo inativo?

Será fome de comida
Ou de mostrar valentia?
Será fome de solidão
Para pensar no dia-a-dia?

Será que procura repouso
No estranho balanço das ondas?
Ou prefere viver com peixes
Em vez de viver com homens?

Ninguém é capaz de saber
Por certo os motivos seus
Quiçá afastou-se do povo
Para encontrar o seu Deus,
Que acredita, encontrará
Na mulher dos sonhos seus.

Marilene Anacleto
05/01/2000

Foto de Marilene Anacleto

Sonhos Dourados

*
*
*
*
Quando estou muito saudosa
Invadem meu quarto, as rosas
Trazem-me inebriante perfume
De Maria e Seu lume.

Então cubro-o com Seu manto,
Embora a grande distância,
Azul de estrelas salpicado
Trazem-lhe sonhos dourados.

Música inaudível dispara
No coração, peça rara
Quando sua alma lhe toca
Terno manto feito ponte.

Chega a mente racional
‘Não vês que não és normal?
Ele não saberá deveras
As horas que lhe devotas.’

Invade-me a dúvida assassina
De mensagens tão divinas
Retorno a mim com as rosas
Que ainda pairam no ar.

Se ele sentirá, não sei
É certo que lhe enviei.
Com o manto feito ponte
Cubro-me durante a noite.

Abençoam-me sonhos dourados
No coração extasiado
Creio que do outro lado
Sonha também meu amado.

Marilene Anacleto
02/07/00 – 23:35

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de Elias Akhenaton

ALMA CIGANA

Ter alma cigana
É ser um pássaro solto,
Liberto, viajando sem destino
Sem lugar certo p’ra pousar.

Ter alma cigana
É adaptar-se a qualquer lugar,
É encantar com suas cantigas
À bela noite de luar.

Ter alma cigana
É ter música em seu interior,
É bailar em volta da fogueira
Com seu amor.

Ter alma cigana
É admirar a natureza
Concebida com louvor
Pelo grande Pai Criador.

Ter alma cigana
É amar a Mãe Terra
E com gana no coração,
Desbravar cada pedaço de chão.

Ter alma cigana
É deixar a sensualidade aflorar
Como uma rubra flor,
Seduzir, amar.

Ter alma cigana
Enfim, é ser do mundo,
Ter no peito amor fecundo,
Irradiar alegria, suaves poesias.

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de Kira

AMOR

Amor…
Sentimento tão sutil!
Entra sorrateiramente, pelo olhar,
instalá-se no coração, faz vibrar a Alma.
Incendeia o corpo, faz brilhar os olhos, faz o
sorriso se abrir…
Não dá para explicar este sentimento!
É tão doce, é tão desejável…
Ele sabe a força que tem.
Chega e transforma,
sua falta nos transtorna.
Amor… queria poder dizer que ele não causa dor…

Kira, Penha Gonçales

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