7º Concurso (Fim de Ano 2010)

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - É PAU, É PEDRA, É O FIM...

É PAU, É PEDRA, É O FIM...

Sempre que chegava em casa, ligava a TV por assinatura, onde já estava sintonizado o canal de áudio “Bossa Nova”. Hoje não foi diferente! Só que desta vez, invadia o ambiente, e seus ouvidos, a música “Minha Namorada” de Vinícius e Carlinhos Lyra: - “Se você quer ser minha namorada... Ah, que linda namorada...”
Ainda mais saudoso dos seus olhares, beijos e abraços, tudo o que Cabeça realmente mais queria no momento era exatamente o que Branquinha menos desejava: estar juntinho outra vez. Separaram-se por causa das frases malditas do último sábado e que, toda vez que isso acontecia, ele não conseguia digerir.
Surgiu, então, uma névoa na relação. Ela dizia-se cansada, confusa; ele parecia cachorro caído do caminhão de mudança: totalmente perdido. Por isso, a cada telefonema, a cada convocação dos amigos, ninguém mais o encontrava, nem mesmo ele. Era o telefone tocar que já iam atendendo e logo dizendo: - Ele não se encontra!
Depois do último tête-à-tête e algumas ligações malsucedidas com Branquinha, juntou todos os porta-retratos da sala que revelavam seus melhores flagrantes juntos, além da beleza e do sorriso dela, colocou-os raivosamente um contra o outro, escondendo-os onde a visão não alcançava: na gaveta do armário do último quarto do seu apartamento, um lugar ermo que mais parecia um depósito de entulhos.
Outras tentativas foram feitas sem sucesso, pois sua voz não era ouvida, seus pedidos não eram atendidos, muito menos sua dor arrefecida. – Vamos voltar, vamos ficar juntos, rastejava Cabeça, insistentemente. E Branquinha, apesar de ligar quase todo santo dia, só conseguia repetir aquela estarrecedora frase: - Estou confusa! E rapidamente desviava o assunto, partindo para amenidades.
Dia após dia era assim: ela, perdida, vivendo seus momentos de confusão; ele derramando-se em infusão: chá de camomila, hortelã ou erva-doce para acalmar o sofrimento; chá de boldo para as agruras e os nós no estômago... mas a única coisa que deu resultado mesmo foi o sofrido chá de cadeira que estava tomando dela.
A essa altura do campeonato, mesmo depois de milhões de declarações, ele queria mais era tomar chá de sumiço: suas palavras continuavam sem forças, sem encontrar eco no coração de Branquinha! E se o coração não ouve mais, babau!
Apoderando-se do verso oportuno de “Chega de Saudade” que tocava, ao telefone, Cabeça insistiu sua derradeira vez: - Amor, chega de saudade: não quero mais esse negócio de você longe de mim, disse aos prantos. Como não era profunda conhecedora da obra de Tom e Vinícius, suas palavras não a sensibilizaram e, do outro lado da linha, o silêncio era total: o telefone estava mudo, ela não atendia ao seu chamado, afinal, nada já tocava seu coração.
De repente, a aflição invadiu o peito dele: a linha caiu, rompendo definitivamente a ligação que existia entre os dois. E o que se ouvia naquele instante eram apenas os seus soluços misturando-se aos versos de Águas de Março: - É pau, é pedra, é o fim do caminho...

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - DAIBINHO NO CORPO

DIABINHO NO CORPO

A inesquecível noite dos namorados estava preparada – o vinho frisante a espera do espocar das mais inebriantes sensações; à mesa, o jantar à luz de velas picante em todos os sentidos: tato, olfato, visão, paladar. A trilha suave segredava ao ouvido: – Deliciosa surpresa! Como sobremesa, ela, de lingerie vermelho-fogo, instigante. Quando a vela apagou, a chama infernal da paixão acendeu, virou labareda. Diabinha!

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - A LÍNGUA DO AMOR

A LÍNGUA DO AMOR

No ápice da entrega, naquela labareda passional que deixava vermelha de vergonha até mesmo a língua pátria, pouco se importavam se a denominação daquele vício de linguagem seria tautologia ou pleonasmo. O que realmente interessava para os dois é que naqueles impetuosos beijos – boca devorando boca, dentes mordendo lábios, um passando a saliva no outro – a língua simbolizava muito mais que um simples “elo de ligação ou de união”. Era a prova cabal do picante paladar irresistível da paixão que, como sangue quente, ricocheteava nas veias de cada uma das partes dos seus mais íntimos, alucinados e latejantes desejos. Sem pruridos nem segredos. Mas quem se importa, já que a língua do amor é universal quando fala das coisas do coração.

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - BRADO ASSOMBRADO

BRADO ASSOMBRADO!

– Nada está tão ruim que não possa piorar; desabafou Gem. Por onde andava, era atormentada pela sombra do seu ex, com quem viveu um romance assombrado pela violência e constantes ameaças. Cada passo, cada movimento era acompanhado pelo fantasmagórico relacionamento que terminou de maneira trágica: depois de ouvir de Gem o seu brado – “Chega! Está tudo acabado!” –, Tom, em pânico, saiu correndo por entre os carros da Avenida da Saudade, sendo atropelado por aquele sentimento desesperador e fatal.

Foto de Graciele Gessner

7º Concurso Literário - Dizendo que Te Amo!

Dizendo que Te Amo!

Meus olhos se revelam brilhando.
Minha boca não silencia, declara.
Meu sorriso me sentencia denunciando.

Minha alma te identifica, tornando-se uma só.
Lágrimas jorram com alegria e afeição.
Versos enamorados são proclamados,
Sentimentos transbordam com emoção.

Em versos, nas poesias encontrei a tal liberdade,
Aquela coragem de anunciar o quanto te amo!
Nas letras poéticas encontrei a realização, a felicidade.

Dizendo que te amo me tornei exposta.
Para os apaixonados, os romancistas, os poetas,
O Amor sempre será a sua sina predileta.

Graciele Gessner.
(Fevereiro, 2009)

Foto de Angelgoiabinha2

Por que me abandonou?

****
***
**
*
Deitada em minha cama,
na companhia de um caderno
e um lápis, estou.

Não quero sair,
o tempo fechou.
Fechou lá fora
e dentro de mim.

Pela sua demora,
aqui não quer se abrir.

Passam dias,
e tudo não muda.
Minha boca se cala,
meus olhos se inundam
meus pensamentos estão em você.

Estou doente.
Com saudade estou.

Por que não me liga?
Por que não voltou?
Por que sumiu?
Por que me abandonou?

Angélica Santos Macedo

Foto de geraldo trombin

7º concurso literário - PERFUMISTÉRIO

PERFUMISTÉRIO

Tudo o que ele mais desejava
Naquele momento tão teso,
Tão aceso,
Estava bem ali,
Insinuantemente
À sua espera.

Entre elas,
As suas deliciosas pernas,
O convidativo “perfumistério” se ocultava.

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - SEM TI.TULO

SEM TI.TULO

Sem ti,
Nascente sem água,
Choro e mágoa,
Nordeste sem buriti.

Clipe sem papel,
Mel com gosto de fel,
Rio de Janeiro sem Paraty,
Beijo sem frenesi.

Sem ti, vermículo.
Versos sem rima,
Poeta sem clima,
Poesia sem título.

Foto de geraldo trombin

7º concurso literário - NOTTE FRIZZANTE 2

NOTTE FRIZZANTE 2

Esta noite,
De novo,
Inebriei-me todo de você.
Mesmo com camisa-de-força,
Camisa-de-vênus,
Gole a gole,
Tudo foi subindo... à cabeça:
O sangue,
A paixão,
O tesão,
Aiiiii... O prazer!
Que molezaaaaa!
Almadén!
Alma zen!

Foto de geraldo trombin

7º concurso literário - ÁGUAS ORIENTAIS

ÁGUAS ORIENTAIS

Você, que é fonte da volúpia,
Persiste sobre o meu mais profundo ser.
E, das suas águas, quero que saiba,
Eu quero beber.

Nada adianta esconder os sentimentos.
Suas águas sequiosas não resistirão.
E, nas cataratas dos nossos pensamentos,
Nada de solidão.

Eu quero deslizar sobre seu corpo.
Descer a cachoeira do prazer.
Sentir o padecer das turvas taras.
E, ao mesmo tempo, seu corpo esvaecer.

Eu quero sentir as suas águas
Inebriadas a seguir pelo meu leito
Numa incessante queda de desejos
Em nossos momentos íntimos de pleito.

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