Quem sabe se eu risse aos cântaros,
mostrasse a face desconhecida,
riso imbuído de mágoas,
de futilidades estabelecidas,
abrir-se-ia novo cenário,
passarelas de falsos amigos
cobrindo-me de flores surradas
assim como seus parcos sorrisos
querendo brindar comigo
o riso forçado e inibido,
enquanto os soluços da alma
irrompem por serem traídos...
Quem sabe se até gargalhasse
e virasse de pernas pro ar,
um palco seria estendido
para meu personagem atuar
cenas banais, amores persuadidos,
aplausos soariam tão fortes
como a mentira conivente
da intérprete que transborda e mente
uma reles história irrisória,
enquanto por dentro chora
a sua verdade escondida,
essência que a ninguém interessa,
o que ninguém mais apreça,
e o que tanto espero...
Valores já esquecidos,
como chorar num ombro amigo
meu pranto sincero.
Carmen Lúcia
Comentários
Carmem L/ Arnault
Seu poema é cheio de verdades... Mas tem gente tão acostumada com as amizades parcas... e rasas, que se a gente chega perto e não esta no ar do oba-oba... Ficam magoadas, porque duvidam...
Qualquer coisa mais profunda que uma poça d'agua já é o bastante para se sentirem com medo de afogar.
Um importar-se real esta se tornando um tipo de lenda urbana... as pessoas dizem até que acreditam, mas quando encontram, nem mais sabem o que é... e confundem com algum tipo de interesse.
que pena...
Com carinho
Arnault
P/ Carmen Lúcia
Seu poema soa como musica em nossos ouvidos, que nos fazem recordar de cada momento de nossa vida. Lendo seu poema acabei viajando nas linhas da minha imaginação e vivendo uma realidade esquecida e relembrada nos versos dos versos do seu poema, como faz falta um ombro chamado de amigo.
The Tlack o Preto
para walterthej / Carmen Lúcia
Quem tem um amigo, tem um tesouro. Pelo menos um só, sincero, que chore conosco e principalmente que ria conosco
nos momentos de alegria. Não nos importemos com a quantidade, mas façamos questão da qualidade.
Já lhe agradeci hoje, num outro poema e deixo-lhe aqui mais um "Obrigada" de todo meu coração!
Abraços!
Carmen Lúcia