Não importa que o mundo se choque,
que as pessoas evoquem
o santo protetor...
Benzam-se pasmas e indignadas,
invoquem os falsos valores
de uma ética desqualificada.
Não importa que de mim se afastem,
que as luzes se apaguem,
e o palco venha a ruir...
Da ribalta quero fugir.
Resgatar minha identidade
viver a autenticidade,
parar de fingir...
E se alguém se sentir ofendido,
não sabe quem sou, nem o que sinto,
moldada no que querem que eu seja,
atada pra que não ande nem veja...
“To nem aí pro que der e vier...”
Dane-se quem quiser...
Tiro as roupas que me sufocam
vincadas de normas, preceitos morais...
Faço striptease dos rótulos
“ mulher perfeita, efêmera, passiva, reta...”
estereótipo da fêmea correta...
Quero agora escandalizar.
Arranco as sandálias e avanço,
não me canso...
Pés descalços, alma nua,
a caminhar
em território profano,
sagrado,
insano...
e gritar...
Carmen Lúcia
Comentários
P/ CRMEN LÚCIA/CARMEN CECILIA
CarmenCecilia
MARAVILHOSA XARÁ!
Arrebentou nesse poema...
Um grito de liberdade tão lindamente descrito...
Viajei com teu poema e todas as receitas de alforria...
Lindoooooooooooooooooooooooooooo!
Beijosss
Carmen Cecilia
CarmenCecilia
Civana p/ Carmen Lúcia
Carmen, que poema maravilhoso, menina! Marcado, cheio de vida, gritei com você!
Bjos, e parabéns poetamiga! :)
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