Tenho medo das minhas facas
tenho medo das minhas palavras
tenho medo do meu instinto
tenho medo da minha fome
tenho medo da minha escolha
tenho medo do meu desejo
tenho medo do meu rancor
tenho medo do meu ódio
Tenho medo do escuro
E todos eles são meus
todos formam um outro
Quando a luz abaixa
quando o sórdido corrói
quando perco o receio
das coisas que são minhas
Não me queira cheio de coragem
não me queira cheio de mim
não me queira dono de tudo
Queira-me confuso
queira-me com medo
queira-me em parte
Ou vai conhecer mais do que busca
ou vai conhecer menos do que espera
ou vai conhecer além do que pode
Se me considera seu, tenha cuidado
Destas coisas que são suas
Comentários
P/Arnault, de Joaninhavoa
Tenho medo de ter adorado tanto
este poema com principio, meio e fim
Ou sem principio, meio e fim!
Saudações poéticas,
Joaninhavoa
(helenafarias)
06/12/09
Joaninhavoa
P/ Joaninhavoa de Arnault
O começo e o fim só depende de quem chega
só respeita o fim comum quem se prende ao prédisposto.
E quem pode saber para onde a "Joaninhavoa" ?
Se seu caminho se estende até seu próprio gosto.
Poéticamente respondendo,
Arnault (06/12/09)