Vou-me embora Isadora
Deixar de uma vez por todas
O mel em tintas tão rubras
Nos teus lábios de amora
Vou-me embora Isadora
minha pequena lua nua
louçania de tulipa
que se ama e se adora
Vou-me embora Isadora
Na varanda da nossa paixão
Sobre um mar de arco – íris
Engolfou-se céu de cinzas
Aguilhoadas de escorpião
Vou-me embora Isadora
eu jamais devia derrubar
mas jamais devia vasculhar
na tua caixinha de Pandora
Vou-me embora Isadora
Deixar de uma vez por todas
De esmaltar tuas velhas promessas
De servi-las em coloridas travessas
Mas que pelas janelas d’alma
você sempre arremessa
Vou-me embora Isadora
Deixar de gritar teu nome
Como estocadas de cimitarras
Como poções melífluas de amor
que num corpete tecido por ninfas
tu sempre sedutoramente amarras
Vou-me embora Isadora
Deixar de suplicar teu nome
Como um refrão de vida e luz
Que ora dissolve ora revigora
No frio ou no calor das horas
Já vou-me embora Isadora
Só me diga como viver
Sem minha pequena lua nua
louçania de tulipa
que se ama e se adora?
poesiasegirassois.blogspot.com
Comentários
Anna/Davi Cartes
Vai embora não!
Fica Isadora ta fazendo charme pra vc dizer que não vai; no fim das contas....ela quer que vc fique e fique...rsrsrs...desculpa a brincadeira.
Sua poesia esta um deslumbre vc como sempre se destacando , meu amigo!?
Meu voto com carinho Anna A FLOR