Que existência fria amarga e vazia
Que me proporciono a mim própria
Se conseguisse perpetuaria
Todos os sorrisos que já esbocei
Todas as gargalhadas que de mim se soltaram
E toda a paz que em efémeros momentos
Em mim já morou
Porquê estes pensamentos?
Porquê que a fraqueza em mim tudo derrotou?
Já nem as palavras surgem como outrora
Queria viver e não consigo
Queria viver agora
Eu própria me inflijo o castigo
Nem consigo estar comigo
Não suporto a minha companhia
Estou cansada, cansada, cansada
Tão cansada que é um suplício pensar
Pensar em tudo e em nada
E de já nem saber o que é alegria
Conheço o nome
Sei escrevê-lo
Mas é só isso que me resta
Pois não consigo vê-la no espelho
Será que tudo acabou?
Será que não tarda a acabar?
Será que este desespero me levou,
Para onde não sei estar?
Porquê que ninguém me ouve?
Porque estou aqui sozinha?
Voo, nem sei para onde…
E vivo uma vida, que não a minha
Conflito Existencial
Data de publicação:
Sexta-feira, 8 Fevereiro, 2008 - 22:07
- Blog de Darsham
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Comentários
P/ DARSHAM/CARMENCECILIA
CarmenCecilia
Olá querida!
Tenho certeza que essa agonia é passageira e que logo esse sorriso voltará a abrir...
E que vais encontrar um caminho!
Lindo teu poema!
CarmenCecilia
CarmenCecilia
Obrigada CarmenCecilia
Obrigada pelo comentário e pela força. Sou nova por aqui, mas sinto que encontrei um canto que me vai ajudar a exorcizar a tristeza através do que mais amo fazer: escrever.
Perco-me aqui a ler as lindas palavras escritas por toda esta gente sensível e inteligente.
Fico contente que o meu poema te tenha agradado, ainda que seja triste.
Beijinho