Forte a rocha debaixo do mar,
Que apenas fica a ver a água passar.
Ela tudo ouve, mas nada conta
Em ninguém confia pra cantar boas novas.
Coitada da pedra tão só e perdida
A rebentar de tanto que entra.
Pobre pedra sozinha no meio de tantos,
No meio do mundo, longe de quantos.
Quanta deve ser a inveja daqueles que falam
Que têm boca e lábios e língua.
Quantos devem ser os sonhos que ainda a têm viva
À espera de uma vez balbuciar
Tudo o que lhe está nos pulmões,
Num sopro estrondoso de histórias de amar.
Pena da pedra que ninguém encontra
Para finalmente gritar o que lhe anda na mente.
Forte o desejo que a mantém naquele sitio
À espera de uma mão da qual beber.
Pobre de quem
Uma vida de pedra tem.
Comentários
P/Daemon
olá Daemon...
Perfeito seu poema...analogia precisa...linda...,por isso prefiro ser água...mar...
Mas tvz na pedra é q estejam tdas as respostas...ou tdas as perguntas tbm...hehe...a tal pedra filosofal...Ainda sim...prefiro as águas correntes...
com tdas as suas incertezas...para que eu possa sempre me surpreender...
Parabéns !
Beijinhos bluezen pra ti...
Raiblue