Meu filho! Você foi o meu maior presente,
Que num remoto dia eu sonhei ganhar.
Por isso minh’alma agora se sente
Muito triste, por não poder ela te dar.
Mas, não esqueças! Foi numa manjedoura
Pobre! Mas coberta de amor divinal,
Em que nasceu uma força redentora,
Princípio deste sublime natal.
Lembrai de outras crianças! Sonharão!
Não com publicidade de guloseimas,
Mas em comerem amanhã um pão.
Porém, meu filho quando tu teimas,
Em ficar defronte à televisão
Sinto e choro! Meu coração se queima!
Comentários
Queria que fosse diferente
Nessa época do ano o que presenciamos é muito brilho por toda parte, onde os enfeites tomam conta dos ambientes.
Então, podemos ver o brilho estampado nos olhinhos das crianças, sonhando com os brinquedos e presentes que desejam. Mas o que me entristece é que o maior sentimento de amor e simplicidade ficaram perdidos no tempo, pois quantas crianças se encontram sem um teto, uma proteção, um prato de comida. Enfim um carinho.
Outras já nem acreditam em Papai Noel. Visto que seu presente nunca chegou.
Essa é uma realidade que esmagam os sonhos e matam as perspectivas de muitas crianças.
Parabéns!
Ana
Carmen/Dirceu
Muito belo o seu poema que retrata uma triste realidade. Há os que não acreditam em Papai Noel, como também há os que nele acreditam e não entendem porque não ganharam seu presente.Muito triste!
Registro um voto meu e um beijo poético em seu coração!
Carmen Lúcia
Carmen Lúcia