BIOGRAFIA
( © Patrícia Evans)
Observando de perto
entre as montanhas, a fenda imensa,
entre jogar-se ou sentar-se:
a total indiferença.
********************
BURRA
(© Patrícia Evans)
Taí, ela nua, mas não crua.
Pura, não incauta.
A personagem, figura
que não consta da sua pauta,
não na de hoje, ou de ontem.
Taí a puta, a deusa falsa,
que espera que não contem
os segredos que não guarda.
*****************
EXPURGO
( © Patrícia Evans)
Existe dentro da caixa
uma caixa menor,
lacrada com tachas
e atada com faixa,
comprada em brechó,
para usar na trança rala
(moldura da cara larga).
Sempre o mesmo exato nó,
a indefectível laçada,
na indefectível trança minguada,
que um dia, sem mais, sem menos ou dó,
feito pagando promessa, oferecendo ebó,
cortou com tesoura nunca afiada.
E desde então nem se fala,
como se nunca notadas,
sobre as horrendas falhas
da cabeleira rente, cortada
por única tesourada.
E não há quem desconfie ou saiba
sobre o que há na caixa menor,
dentro da outra caixa maior,
lacrada com tachas
e atada com a mesma faixa,
que a trança rala laçava.
*********************
Comentários
P/TriciaEvans
Bela estréia poetisa carioca.
Seja bem vinda a esta doce família chamada:
POEMAS-DE-AMOR.NET
Beijos carinhosos no seu coração
Obrigada
Obrigada pela gentil acohida. :o)
Poesia de Verdade
Zênin Cirino - www.oarrojado.blogspot.com
Que boa notícia são seus textos!!! Notícia de que és poetisa, e das boas. "Expurgo" é poesia de verdade! Agora eu não quero descolar de você... rsrsrsrsrs...
Ah, se eu pudesse votar mais de uma vez...
Poetas são assim...
Os três poetos como você mencionou são muito bons,
mas, Expurgo é uma poesia muito linda.
Parabéns.