Virtude

Foto de Paulo Gondim

Todos os pecados

TODOS OS PECADOS
Paulo Gondim
05/09/2008

Sem qualquer resistência estou
Entregue a teus carinhos
Como criança indefesa
Que tem medo de escuro

E fazes de mim o que bem queres
Explora. Dilacera. Disseca.
Imola como oferenda de teus caprichos

E me vejo, envolto em tuas garras
Mero instrumento de tua lascívia
Devorado pelos teus desejos
Presa inerte, afogado nos teus beijos

E assim o seqüestro continua
Cárcere privado de pobre criatura
Sob os gritos sensuais de tua voz rouca
Banhado no suor de teu corpo sem roupa

E, na ausência de qualquer virtude,
Todos os pecados são invocados
Todos sem nenhum perdão
E um anjo nos abre o céu da luxúria
E nos entregamos a esse amor pagão

Foto de Rose Felliciano

SEMPRE NÃO É TODO DIA

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"Pedi para que o tempo parasse
E os momentos se eternizassem
Sempre que estivéssemos juntos...
Mas um segundo era um segundo
E o tempo continuava seu rumo...

Pedi para que o tempo voasse
Quando por ti eu sofria
Pois assim te esqueceria e a dor iria embora...
Mas, uma hora era uma hora
E o tempo seguia sua rota...

Achei que o amor era eterno
E me enganei...
De tanta saudade pensei, que talvez eu morreria...
Mas um dia era um dia
E as águas do tempo corria...

Escorria meu pranto...
No entanto, nem um minuto foi mudado
Nada ficou parado
Em virtude da minha dor...

Hoje, não questiono mais o tempo
Vou vivendo...
E vivo intensamente
Cada instante é um presente...

E amo...como novidade de vida...
Fugir disso é covardia!
Acredito no eterno, no sempre
Mas, consciente...
Pois, sempre não é todo dia...."(Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*

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Poema inspirado na frase do cantor e compositor Oswaldo Montenegro- "Sempre não é todo dia".

Foto de Carmen Lúcia

O vôo do poeta...

Aguarda para alçar seu vôo,
não como ave de mau agouro...
mas como quem observa, à espreita,
o decorrer de fatos insensatos
na espera do momento exato
de um voar certeiro, inexorável,
circundando altos e baixos...
Desde a mais íngreme depressão
à mais alta e inatingível dimensão.
E quando chegar a hora esperada,
prevalecerá sua decisão irrevogável,
soltará a voz... Não como algoz,
nem como ser execrável...
Mas como guerreiro atingido
na luta desigual , sem salvo- conduto.
Bradará a indignação que sente,
que é a mesma de nossa gente,
deixando nosso povo descontente,
engolindo, oprimido, o que lhe é oferecido.
Seus versos que eram fantasia,
cantados em rimas e poesias,
rebelam-se à custa da hipocrisia...
(Armas contra a vil utopia)
Realidade incoerente à do poeta
Onde a insensibilidade o afeta,
Levando-o a vôos delirantes e sombrios,
Indecifráveis, frios e sem brilho...
Mas, por enquanto, aguarda...
Há sempre o momento sensato.
A paciência é grande virtude...
Sempre e em qualquer altitude...
Então, não haverá grade que segure
o combate às desigualdades sociais,
o não à corrupção, ao descaminho da nação,
a tudo que impede de prevalecer a paz!

( Carmen Lúcia)

Foto de vera cristina

Sonhos

" Sonho"

Todo aquele que acredita que ao dormir
Vive num outro ângulo de vida
Então tem consciência que o sonho é uma realidade vivida
Há coisas inexplicáveis que apesar de alguns tentarem
Não conseguem ao certo explicar é muito confuso...
Tábus, sonhos, percepções, visões...
Algo, assuntos que nos deixam a pensar
Sem saber no quê e ao mesmo tempo em tudo
Não saber acreditar, sonhar é um fenómeno
Que de alguma forma nos permite ver o que irá acontecer
Ao ser desvendado no meio de incógnitas
todo o que sonhou será avisado
Sonhar é uma virtude e a tradução é o resultado
Como é bom saber antes de acontecer
Aquilo que já nos está reservado
Podendo o que é mau após a tradução ser evitado

Poema escrito por mim Vera Cruz

Foto de Rose Felliciano

POR QUE LER POESIAS DO SÉCULO XIX?

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Tenho recebido vários recados solicitando ajuda para um trabalho referente à pergunta: Por que ler Poesias do século XIX? Diante de tantos e-mails, preferi responder coletivamente.

É apenas uma pequena contribuição do que foi o movimento literário no século XIX. Aconselho que leiam mais as obras dos autores citados nesse artigo para que entendam mais a respeito da importância que teve esse século para a Literatura Brasileira.

Ressalto que é importante ler Poesias, independente do século ou momento, mas como a pergunta é sobre o século XIX, vamos lá...

Peço desculpas se esqueci de mencionar algum autor ou escritor que você considere importante ou algum fato relevante também.

Toda a colaboração a esse artigo é válida e será bem vinda e gratificante para os leitores.

Importante aos interessados, que não copiem esse artigo em sua íntegra e sim, que esse sirva apenas de uma pequena fonte para o restante de sua pesquisa.

A referência utilizada está no final deste e isso é muito importante. O livro que me baseei para as informações aqui descritas é de uma riqueza enorme para a literatura e foi utilizado aqui apenas um pequeno resumo.

Com carinho,

Rose Felliciano.

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É importante ler as poesias do século XIX, pois marca o período do verdadeiro nascimento da nossa literatura. Nele, enriqueceu-se admiravelmente a poesia, criaram-se o romance e o teatro nacionais e formou-se o circuito autor-obra-público, tão necessário ao estímulo da vida literária.

Com a vinda da família Real portuguesa para o Brasil, em 1808, dos atos de D. João VI que tiveram ressonâncias culturais significativas destacam-se: a abertura dos portos às nações amigas; a criação de bibliotecas e escolas superiores; a permissão para o funcionamento de tipografias (de onde surgiu o jornalismo, importante agente cultural do século XIX). Os Poemas do século XIX são vistos como "um ato de brasilidade" pois abandonaram aos poucos o tom lusitano em favor da fala brasileira, ressaltando o nacionalismo.

Contemporânea ao movimento da Independência de 1822, a literatura nesse período expressa sua ligação com a política e com o Romantismo, os sentimentos começam a tomar o lugar da razão como instrumento de análise do mundo, e a vida passa a ser encarada de um ângulo bem pessoal, em que sobressai um intenso desejo de liberdade. Essa ânsia de libertação que nasce no interior do poeta, em determinado momento alcança também o nível social, com o artista romântico colocando-se como porta-voz dos oprimidos e usando seu talento para protestar contra as tiranias e injustiças sociais, ao mesmo tempo que valoriza a pátria e os elementos que a representam. É o ardente nacionalismo e no Brasil gera o Indianismo, uma forma de exaltação do indígena, encarado como representante heróico da terra brasileira.

É um momento também Social onde a poesia deixa de ser apenas um lamento sentimental murmurado em voz baixa para ser também um grito de protesto político ou reivindicação social. A campanha pela libertação dos escravos ganha as ruas, e o poeta, mais do que nunca, procura ser o porta-voz de seu povo, e o seu canto, a luz da liberdade e o protesto contra as injustiças, como declara enfaticamente Castro Alves, um dos autores mais importante desse período.

Na segunda metade do século XIX surgem três tendências literárias: o Realismo, na prosa, e o Parnasianismo e o Simbolismo, na Poesia. O Realismo, que teve início na França, surge no Brasil principalmente em virtude da agitação cultural na década de 1870 sobretudo nas academias de Recife, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, que constituíam centros de pensamentos e de ação por seus contatos freqüentes com as grandes cidades européias. Com o desenvolvimento dessas cidades brasileiras surge uma significativa população urbana, marcada por desigualdades econômicas que provocam o aparecimento de uma pequena massa proletária.

O Realismo, em oposição ao idealismo romântico, propõe uma representação mais objetiva e fiel da vida humana. Enquanto o Romantismo exalta os valores burgueses, o Realismo os analisa com impiedosa visão crítica, denunciando a hipocrisia e a corrupção da classe burguesa.

O Simbolismo vem a recuperar a musicalidade da expressão poética, uma vez que o Parnasianismo destaca a valorização excessiva do cuidado formal, o Simbolismo procura não ignorar as formas, mas apresentá-las “musical e doce”, “emocional e ardente”, como se o próprio coração fosse diluído nas estrofes.

Machado de Assis é considerado o melhor escritor brasileiro do século XIX e um dos mais importantes de nossa literatura. Foi também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, a qual ajudara a fundar em 1897. A análise do comportamento humano foi a preocupação constante de Machado de Assis, que procurava ir além das aparências, revelando ao leitor os motivos secretos das ações humana.

Todo esse ambiente sociocultural do século XIX, influencia de maneira decisiva e muito importante para o florescimento da arte dramática, e, nesse sentindo, não se pode falar de teatro brasileiro antes do século XIX.

Movimentos literários do Século XIX

ROMANTISMO

REALISMO

PARNASIANISMO

SIMBOLISMO

Principais Poetas do ROMANTISMO: Castro Alves, Gonçalves Dias, José de Alencar, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Franklin Távora, Joaquim Manoel de Macedo, Junqueira Freire, Martins Pena, Sousândre, Taunay.

Principais Poetas do REALISMO: Machado de Assis, Adolfo Caminha, Aloísio Azevedo, Domingos Olímpio, França Júnior, Manoel de Oliveira Paiva, Raul Pompéia.

Principais Poetas do PARNASIANISMO: Alberto de Oliveira, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho.

Principais Poetas do SIMBOLISMO: Alphonsus de Guimarães, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza.

Fonte de Pesquisa: Estudos da Literatura Brasileira – Douglas Tufano- 4ª Edição.

Foto de DAVI CARTES ALVES

MARIONETES, ATÉ QUANDO???

Tomo um atitude
chove críticas, safanão
Opto por essa escolha,
Qual a razão?

Pavimento com suor & sangue um caminho:
Mude esse percurso!!!
Disse que fui fazer a matrícula:
Mas esse curso???

Comprei esse jeans
Liquidação?
Ponho uma musica
Tem outra não?

Admiro as águias e sua visão
Mas me sinto capivara
Atravessando a Marginal do Tietê as 18:08
Sobre mim, trânsito em flechas, não para

E um “garoto” e seu estilingue
Tem no alforje, pedras chamadas porquês
E atira com uma velocidade
matizada de impiedade

Brás Cubas dizia do “olhar da opinião”
Que quer que sejamos co-pilotos
de nossas vidas
enquanto “esse olhar ”
a manobre no sumidouro, a deriva
e tapinhas nas costas, diz: Viu?
Lute guerreiro, sobreviva!

" Machado " neles!!!

Entre cordas
e movimentos involuntários
olho pra cima, estabanado:
mais uma gargalhada longa e irônica
pra meu olhar assustado

Marionetes?
Até quando?

Lembre-se:
A convicção é uma virtude,
blindada por diamantes.

Foto de carlosmustang

CAMINHOS "TORTUOSOS"

Dobra-se dobradiça
chega de tiriça,seu negócio
é dobrar...
Compreender e amar.

Seja para o bem
seja para o MAR!
É tão bom saber que és
sincero, e gentil também!

Seu sorriso me faz tão bem!
Saber que estou morto de
tanta insinceridade, com pose e maldade!

Dobradiça desprendeu
de falta de virtude, enferrujou
E minha passagem, desgastou.

Foto de SANDRO KRETUS

A canção das almas apaixonadas

O sentimento é mesmo algo inexplicável, o amor nos torna livres, ou prisioneiros?
E o que são as palavras, sinceras ou decoradas?
Porque quando perdemos, ou nos perdem, o amor sufoca, e ao mesmo tempo alívia, será que o abraço é verdadeiro?E o beijo? É realmente a canção das almas apaixonadas?
Será que o aparente é realmente o desejo contido de um coração sempre carente, que sempre pergunta e não encontra sua resposta, o que vale mais? Palavras vindas de um portal incondicional de inteligência e sabedoria, ou um texto narrado de pura fantasia, será que o desejo contido se tornara realmente permitido? Admirar ou amar?
As vezes, encontramos algo de olhos fechados, que nunca encontramos antes, com os olhos abertos,não estamos sozinhos,mas também não estamos completos,e o que vale mais? O amor no silêncio, ou o amor incompleto?E o tempo, o que fará? Perpertuará em uma busca sem fim, ou simplesmente morrerá assim, a felicidade existe, é única, o premio de todo o ser bom,uma virtude de Deus,então sejamos felizes,que a felicidade paire sobre todos aqueles que buscam o amor,aqueles que sofrem por amarem demais,aqueles que tem o coração bom,até mesmo aqueles que tem o coração de pedra, que o amor sempre faça renascer a vida, pois a vida é renascimento.

Foto de Norma Bri

Desencanto

Eu que via o mundo de uma maneira tão conseqüente,

Que podia transformar o simples em algo grandioso,

Que fui tolerante e passiva diante do inconveniente,

Que fiz da amarga iniqüidade o sumo mais saboroso;

Eu que tive fé na importância de uma existência,

Na força da virtude de transfigurar a perversidade,

Na compunção atingida pela dor da consciência,

Na infundada promessa que julguei ser verdade,

Eu que acreditei na integridade de um sublime amor,

Nos sentimentos que fazem das pessoas seres racionais,

Tudo que na vida considerei ser o efeito de grande valor,

Hoje percebi que, infelizmente, não acredito mais!

(Norma Bri)

Foto de Joaninhavoa

CHEGUE AQUI!

*
Chegue aqui! Ao pé de mim

Vem amor com jeitinho
Esse que só tu tens meiguinho
Como ninguém...

Vem dá mais um passinho
Um dois não tenhas medo
Chega aqui bem pertinho...

De mim. E toca-me leve levemente
Como passarinho macio e quente
Ai! Que me arrepias... meu bigoux
Encantado...

Ai! Que me arrepias...
Baixa essa rama estendida
Ainda agora récem nascida

Antes que a virtude lhe atiçe
O teu número Um de loucura
E depois? Eu que o visse

E ouvisse gemer por mim seria
Na secreta do dia que acarreta
N`alma do poeta... meu bijoux
Encantado...

Chegue aqui! Ao pé de mim

Vá não tenha medo…

Joaninhavoa, In "O Meu Amor"
(01 de Julho de 2008)

Resposta ao poema
"Vem Amor...", de Teresa Cordioli

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