Vinho

Foto de onil

QUERER DE ESPERANÇA

EU QUERIA
VER A MINHA ALDEIA
VERDEJANTE E A FLORIR
EU QUERIA
VER AS SUAS GENTES
E NÃO VOLTAR A PARTIR
EU QUERIA
VER ESSES SEUS MONTES COM GIESTAS E PINHEIROS
EU QUERIA, EU QUERIA, EU QUERIA.

VER NA MINHA ALDEIA
A PRIMAVERA A CHEGAR
PASSEAR NOS MONTES
OUVIR AVES A CANTAR
VER AS SUAS FONTES
MINHA SEDE SACIAR
QUANDO VÊM O INVERNO
VER A NEVE A BRILHAR.

EU QUERIA
COMO NOUTROS TEMPOS
ASSISTIR Á DESFOLHADA
EU QUERIA
RECEBER UM BEIJO
POR UMA ESPIGA ENCARNADA
TER MEU LAR
EM NOGUEIRA, UMA ALDEIA NA ENCOSTA DO CARAMULO
EU QUERIA, EU QUERIA, EU QUERIA.

VER NA MINHA ALDEIA
A PRIMAVERA A CHEGAR
PASSEAR NOS MONTES
OUVIR AVES A CANTAR
VER AS SUAS FONTES
MINHA SEDE SACIAR
QUANDO VÊM O INVERNO
VER A NEVE A BRILHAR.

EU QUERIA
TODO O MEU VIVER EM ALCÔFRA ONDE NASCI
EU QUERIA
SÓ MATAR SAUDADES DOUTRO TEMPO EM QUE VIVI
VER AMIGOS
TER O VINHO VERDE Á MINHA MESA E FESTEJAR
EU QUERIA, EU QUERIA, EU QUERIA.

VER NA MINHA ALDEIA
A PRIMAVERA A CHEGAR
PASSEAR NOS MONTES
OUVIR AVES A CANTAR
VER AS SUAS FONTES
MINHA SEDE SACIAR
QUANDO VÊM O INVERNO
VER A NEVE A BRILHAR.

3/9/91
ONIL

Foto de Carmen Vervloet

Lamento

Esta tontura que de mim se apossou
Que gira mundo em pálidos matizes
Qual vinho tinto que ao destino embebedou
Quebrando a taça das minhas raízes.

Estilhaços pontiagudos espalhados no chão
Cortando a esperança envolta em mortalha
Ferindo de morte qualquer compreensão
Desfazendo laços com o fio da navalha.

Meu coração em três pedaços partido
Esvai-se em sangue de pungente dor
Dois pedaços morreram... o outro é ator!

O que me resta dessa vida sem sentido
A não ser um corpo que vivo agoniza,
Um lamento em versos de uma triste poetisa?!

Carmen Vervloet

Foto de DINHO CM2

Um sorriso ocultando a dor da alma

Ele morreu afogado com um gole de vinho, onde matava suas magoas e sentimentos doentes.
Na palma da sua mão ele segura uma taça e na outra com a ponta de seus dedos uma caneta, onde na qual relatava seus últimos minutos de vida. Muitos sofrimentos vividos na sua pouca idade, uma relação conturbada e perturbadora para uma única mente, foram relatados em um papel em branco, os traços de escrita mais tenebrosa já lida antes.
Seus pesadelos eram uma bomba atômica destruidora de sonhos e fantasias, almas perturbadas pelo tempo com sacrifícios sangrados pela tortura.
Na sua mente nascia o ódio semeando seu coração e criando raiz na sua alma, pobre ser era aquele escondido nas palavras ressaltadas em poesia, triste fim era o seu, ao lado de uma cadeira vazia.
Sussurrando pedia socorro sem forças para gritar, no seu olho refletia a dor que insistia a maltratar.
“...Tenho medo, vivo em um calabouço rodeado de terror, elas pedem socorro mais não consigo nem me salvar, me retrato na face da lua que necessita de luz para aparecer, sou um pobre mortal morto em vida, esperando a morte para enfim viver...”

Foto de A ciganinha

Alucinação

Alucinação

No breu da noite, em meu quarto
Vejo apenas paredes e insinuação.

Busco a inspiração através do meu pranto,
Mergulho no meu campo de ação...
A fantasia de poeta, um tanto quanto
Atrevida, esta que nunca me diz não,
Que me envolve num manto
Queda o horror da solidão,
Banha-me no orvalho santo
Da madrugada, me embriaga como vinho em decantação.

Estrelas assistem meu pranto
A lua diz , chore não!
Me perco nas alamedas da ilusão
Meus fantasmas são tantos...
E os meus versos nascem como canto
Saltitando na garganta meu poema alucinação!!

Diná Fernandes

Foto de jessebarbosadeoliveira27

VIAJANDO NA VIAGEM...

Portão enclausurado
Brisa empalada por chaveiro
A lira erudita é a filosofia
Do estéril cancioneiro

Quero amanhecer a luminescência do ensejo
Adormecer sob o aconchego do mundano seio
Oceanos da paz desejo
Solfejar cânticos de Ioruba no terreiro

Penso em deslizar por desfiladeiros
Acossar insanamente o desterro
Naufragar minha coragem nos mares do desassossego
Encharcar a minha mente
De Raul Seixas
Ao entrar em êxtase
Por beber vinho seco

Sou o beijo que beija a todos e a si mesmo
Favelas incessantemente recrudescendo
Faca cortando o tédio e o engarrafamento
Lança lançando o lamento
Faísca faiscando o incêndio
Vento que venta sobre o meu vento

Sinto o sentido sentimento
Morro no morro do momento
Produzo o pão do penoso pensamento

Ando azulejando aragens
Passo o passado da passagem
Vivo viajando na viagem

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

http://bocamenordapoesia.webnode.com.pt/
• http://twitter.com/jessebarbosa27

Foto de Felipe Ricardo

Soneto da Distancia

De repente tua voz se perdia
Logo sentido algum me restava
E em meu pensar me perguntava
Se talvez esta minha solidão o que escondia.

Com um copo de vinho me embriageui,
Teu amor se tornava o que ganhei
Um disancia amarga me beijava
Levava-me, me prendia, mas contudo falava

Sobre alguem que um dia chegeui a amar.
Ah! Garota como corri, como lutei para ver teus olhos.
Insolita distancia conseguio finalmente me enganar

E então o colorido se torna palido e sem vida
O vivo se torna morto sem amor e cor
E querida amada tenho que dizer: É agora minha partida.

Foto de Kathelen Cristina

Te Amo Mais que...

Te amo BEM mais que abelha ama o Mel...
Te amo BEM mais que o queijo ama o vinho...
Te amo BEM mais que Romeu ama Julieta...
Te amo BEM mais que Claudinho ama Buchecha...
Te amo BEM mais que o queijo ama a goiabada...
Te amo BEM mais que o arroz ama o feijão...
Te amo BEM mais que o presunto ama a mussarela...
Te amo BEM mais que o café ama o leite...
Te amo BEM mais do que o chá ama a bolacha...
Te amo BEM mais do que o céu ama as estrelas...
Te amo BEM mais do que Sol ama a Lua...
Te amo BEM mais do que Abraão ama Isaque...
Te amo BEM mais do que o beija-flor ama a flor...
Te amo BEM mais do que Tudo nesse mundo!!!

Foto de Carmen Vervloet

Uma Prece - Para nossos irmãos do Haiti

Chorei... Chorei tanto
e não consegui lavar
com meu pranto
tanta dor...
O horror de presenciar
tanto sofrimento
esse imenso tormento
que assola o Haiti.
E então peço a ti,
meu Jesus,
alivia deles a cruz,
estenda-lhes sua mão,
faça o milagre do pão,
dê-lhes um teto,
nem precisa ser completo,
mas que os abrigue
da chuva, do sol,
cubra-os com seu lençol
de esperança,
agasalhe suas crianças
com seu amor,
abrande o clamor
de tanta dor!
Só um milagre
pode transformar em vinho
o vinagre
do medo
que assola essa gente
que necessita urgente
de auxílio...
Um domicílio
para resgatar
suas vidas!

Carmen Vervloet

Foto de Joaninhavoa

CAMALIÃO...

*
CAMALIÃO...
*

«Levo a mão ao suposto
coração
E converso! E ele
comigo
Diz-me; - Porque
choras sumo de limão
Água benta em retaliação!?
- Corro minha casa
meu trajecto e espaço
Como louca! E não
te tenho
Vou buscar o que procuro
E ao chegar
Hiberno! Um inverno
Choro
- Uma pena lastimosa!
Água pé e vinho de mesa
de missa vencias
Pecados! Dos mortais
Do rio oculto
Aparecias! Do camalião
És o azul turquez
Sob o dourado...
em vez.»

Joaninhavoa
(helenafarias)
1/12/2009

Foto de Magno Aquino Miramontes

Tocando no assunto

Tocando no assunto
________________
________________ Magno Aquino Miramontes
_____________________________________

Gastei meu dia, todo ele
À cata dum verso novo
Que te fizesse tremer dentro desse vestido
Gastei o verso, todo ele
À espera de um olhar enviesado, zonzo
Que me fizesse crer que era gozo.
E me chega, impunemente,
Com cara de greve
De quem viu Polyanna
Aos trancos
Com o pequeno príncipe.
Cê precisa é de colo, urgentemente
Cê precisa de ombro e de carinho e paparicos
E de bombons e de flores e de vinho
E de um perfume bom, sem igual
E de um arranjo de tulipas pro cabelo
E de um tapete, vermelho-óbvio
E de batom novo, óbvio, e um vestido esvoaçante.
Cê precisa mesmo é esperar
Que eu aprenda seresta em Minas
Pra desafinar em santos..
Te amar é que vai mudar o seu dia,
Certamente.
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