Vida

Foto de Allan Dayvidson

PROVOCAÇÃO

"..."

PROVOCAÇÃO
=Allan Dayvidson=

Tenha muito cuidado... com sua imaginação.
e com o que lhe escapa por entre os lábios...
Pura indiscrição!...

A vida é um permanente experimento,
e nós, cobaias por excelência.
Você me deixa curioso... e sem paciência!

Porque no embaçado de sua lente,
vejo motivos demasiadamente honestos,
mas a noite costuma ser devastadora, não deixando sequer restos.

Só será crime se formos pegos,
eis seu plano fantástico,
porque vivemos numa sociedade de cegos performáticos.

Não aponte seus olhares para mim
com esse ar taxativo.
Não coloque essas mãos em cima de mim,
cheias de bons motivos.
Não me provoque, porque no choque
nossos estilhaços voarão para toda parte.

Então, não me aponte olhares em desfoque...

Pois bons garotos são obedientes,
atravessam fronteiras ilegalmente,
espalham digitais por aí negligentemente
e acham-se imunes diplomaticamente.

Pobres vítimas da normatividade voraz e indecente!

Foto de Allan Dayvidson

ETIQUETAS

"Parece que a vida em sociedade sempre nos cobra performances não importando o quão vazias podem ser... Muitas vezes dizem tanto que você é deste ou daquele jeito que te faz acreditar mesmo que é somente assim que deve ser... Mas no fundo sabe que você é muito mais..."

ETIQUETAS
=Allan Dayvidson=

Ei, ei! Babaca misógino sob o holofote;
ou então, o cabeça oca de grande porte;
ou qualquer exibicionista de plantão...

Garota pervertida, ou moça pudica;
Atriz falida, ou perua rica;
ou qualquer fracassada por opção...

As palavras são algemas;
apelidos são comprimidos...
Por quanto tempo quer ficar sob custódia
enchendo a cara de remédios?

Não encaixote a si mesmo e encha de etiquetas
porque as fronteiras são grandes abstrações;
porque você escapa por entre os dedos
de qualquer um que tente esmagar-lhe com as mãos.
Então, não faça de si mesmo uma cela.

Ei, ei! A atleta campeã;
ou então, o garotinho brincando com o scarpin;
ou qualquer adulto muito encanado...

Ei! "Tia solteirona";
ou cara de baixa performance na cama;
ou qualquer outro frustrado...

As piadas são gaiolas
e os ouvintes são exigentes...
Por quanto quanto tempo vai ficar aí dentro
cantarolando para toda essa gente?

Não se embrulhe para presente e encha de laços,
porque as promessas são temporárias distrações;
porque você escapa a qualquer nó apertado
de quem impõe tantos cabrestos e condições.
Então, não faça de si mesmo sua cela.

As categorias são alegorias
e os papéis, tão performáticos...
Por quanto tempo vai ficar bancando ser
tão e somente o que esperam de você?

Foto de Allan Dayvidson

AMÁLGAMA

"Um agradecimento pode ser a forma mais afortunada de dizer adeus..."

AMÁLGAMA
=Allan Dayvidson=

Por apreciar caretas minhas que eu mesmo nem percebia fazer;
Por oferecer generosamente uma honesta e peculiar perspectiva;
Por me dar uma razão genuína para começar escrever;
Por sempre me encorajar a depositar todas as fichas na vida...

Por surgir feito um ícone histórico de nome composto
cujo heroísmo atravessa gerações inteiras.

Obrigado por me deixar de pernas bambas e queixo caído.
Obrigado pelo abraço apertado...
onde repousar um corpo cansado... e um coração partido.

Por todos seus esforços para me conhecer melhor;
Por partilhar comigo seu bem mais valioso... sua vocação...
Por surgir feito um fenômeno da natureza de proporções desconhecidas,
e lá foi você, me entretendo com suas luzes e partituras.

Obrigado pela expressão em seu rosto toda vez que nos encontramos;
Obrigado pelas provocações...
e por me tirar da zona de conforto... por atrapalhar meus planos.

Por todo o tempo que permaneci escorrendo por entre seus dedos;
Por encarar destemidamente minhas defesas até que eu baixasse a guarda;
Por surgir feito uma equipe expedicionária fascinada...
Por me devolver a meu corpo.

Obrigado por falar de tão perto e de tantas coisas.
Obrigado por me aquecer...
e contribuir para minhas fantasias... e minhas poesias.

Foto de marcosgambiarra

O que eu desejo...

Querer amar profundamente sem se machucar!
Doar-se por inteiro sem se arrepender!
Confiar e se dedicar sem me decepcionar!
Amar e ser amado, pelo menos uma vez!
Quem nunca desejou isso ao menos uma vez na vida?

Foto de poetisando

Não quero a tristeza

Não quero a tristeza
Não quero sofrer desilusões
Não quero viver mais na solidão
Não quero odiar ninguém nem ofender
Quero continuar a sonhar
A sonhar tudo me é possível
Quero viver o hoje o agora
Quero viver o agora como se fosse o ultimo dia
Quero continuar a ter o meu óptimismo
Quero continuar a caminhar
Quero ter a certeza
Que poderei continuar a sonhar
Quero viver intensamente
Feliz e com alegria
Todos os dias que me restam da vida
Quero lembrar-me sempre
Como sou feliz nos sonhos
Que tenho todos os dias

De: António Candeias

Foto de poetisando

Morte

A morte por onde andas
Que de mim estás distraída
Levas tanta gente feliz
Só a mim não levas a vida

Passas tão perto de mim
Tanta vez já te vi passar
Porque não me levas tu
Para acabar com o meu penar

Já estou cansado da vida
Desde ao mundo eu vim
Ó morte leva-me a vida
Não me faças mais esperar
Tem pena e leva-me a mim

Não voltes por mim a passar
Fazendo-te distraída
Se levas tanta gente feliz
Porque não me levas desta vida

Não quero mais continuar
A viver sem conseguir
Esquecer o que tenho na alma
Esta dor este sentir

Já vi tempo demais
Sempre neste sofrimento
Ó morte leva-me agora
Não esperas outro momento

De: António Candeias

Foto de Carmen Vervloet

Introspecção

A luz se apagou...
Só... na imensa escuridão!
Até as estrelas se esconderam
atrás das nuvens pesadas...
Volto-me para dentro de mim ensimesmada,
um sonho, uma ilusão, um desejo!
A vida, a vida, a vida...
Tudo fica mais claro
na introspecção que faço neste escuro.

Foto de poetisando

Continuo a amar-te

Continuo a amar-te
E sempre te amarei
Toda a minha vida
Amava os teus gestos
Amava o teu sorriso
Amava a tua voz
Amava o que tu és
Amava tudo em ti
Queria continuar a amar-te
Amar-te nas minhas horas de tristeza
Amar-te nas minhas horas de alegria
Lembrar me de ti só me traz alegria
amar-te quando a alegria chegasse
Porque o amar-te me dá alegria
Porque o amar-te me faz feliz
E sou muito feliz enquanto te amo...
Vou sempre amar-te
Não sou capaz de tirar todo este amor
Que alimenta a minha própria vida
Tu moras dentro do meu coração
Amo-te, e sempre te amarei
Amar-te-ei toda a minha vida
Beijos no teu coração...
De: António Candeias
.
Dedicado á mulher que mais amei e continuo a amar
Desejo-te tudo que te faça feliz, e nada que te faça sofrer.

Foto de poetisando

Como poderei calar o Mundo

Se pergunto pelos amigos, sou um interesseiro
Se não pergunto, sou um grosseiro
Se falo, só digo disparates
Se não falo, não sou social
Se procuro alguém, sou solitário
Se não procuro, sou vaidoso
Se dou a minha opinião, tenho a mania que sou intelectual
Se não dou, sou um Maria-vai-com-as-outras
Se gosto de alguém, sou engraxador
Se não gosto, sou antissocial
Se amo, sou fingidor
Se não amo, sou desalmado
Se vivo á minha maneira, sou convencido
Se não vivo á minha maneira, sou um perdido
Se gosto de toda a gente, sou um iludido
Se não gosto, sou caprichoso
Se procuro o meu destino, sou um desesperado
Se não procuro, sou um desesperado
Se digo que amo alguém, sou um mentiroso
Se digo que não amo, digo a verdade
Se afirmo as minhas convicções, ninguém acredita
Se tenho sucesso na vida, tenho padrinho
Se não tenho sucesso na vida, sou um coitadinho
Se não concordo com a situação, sou um revoltado
Se concordo, sou um bem instalado
Se gosto desta sociedade sou um querido
Se não gosto, sou um inimigo
Faça eu o que fizer viva como queira
Este mundo arranja que de mim falar
Goste do Mundo como está ou não
Nunca o Mundo poderei calar
De: António Candeias

Foto de poetisando

Caminho deserto

O meu caminho é um deserto
É uma rua que não vejo o seu fim
Levo por companhia a solidão
Que caminha sempre junto a mim

Caminho silencioso e triste
Levando comigo a infelicidade
Será sempre um caminho
Que está cheio de saudade

Sempre a caminhar sozinho
Caminhando como num deserto
Só por companhia a solidão
Caminho sem rumo certo

Como uma árvore sem vida
Sem alegria andando por aqui
Estou ainda preso no passado
Que já morreu e eu não o senti

De: António Candeias

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