Vida

Foto de Alexandre Montalvan

Amor em sonhos

Sinuosa a vida que se floresce e finda
Como a te dizer e ser um desengano
Entre a placidez das aguas do oceano
Que reflete a dor do céu azul que chora

Ou sentir florir os cantos de um deserto
Ao ouvir nos céus estrelas do universo
Estender as mãos e senti-las contigo
E na tua imensidão, tê-las como abrigo.

Como todos os sonhos é um sonho apenas
As ondas que mansamente quebram na areia
Nas noites fumegantes em que insanas oras
Para relembrar aquele amor de outrora

Toda a insensatez lançada em um poema
A minimizar o miracular do sono
E a descrever tão triste abandono
Doces como as noites, doces e serenas.

Alexandre Montalvan

Foto de Rosamares da Maia

CIRANDA DE PANO

CIRANDA DE PANO

Na ciranda de um vento repentino e arteiro,
Girava perdido um pequeno retalho de pano.
Desbotado e corriqueiro brincava de roda.

Na roda viva da vida ria da canção do vento.
Sua alegria era tola, de retalho sem sentido.
Girava na roda gigante do tempo de viver.
Arte e movimento, esse era o seu sentido.

Mas logo tornou-se a alegria da criançada,
Que por inocência nasce simples e feliz.
Serelepe e tonto subia e descia no corrupio,
Arrastando a molecada em pleno alvoroço.

Despediu-se em uma lufada mais forte.
Foi para o alto vencendo muros e morte,
Leve e sem esforço para cumprir seu tempo.

Rosamares da Maia / 12.03.2013.

Foto de diny

Mágoa

MÁGOA

Procuro no coração do todo. E nada!
Não há vida
Insisto; não há vida
só pesado silencio
só solidão que atropela meu ser
esfacela meu coração
com dor que sufoca e mata
com a violência da mágoa
dessa ausência de ti.

Estou completamente perdida
sem o teu amor
tento firmar os meus passos
mas não existe horizonte em mim
sem o teu sorriso
sem tua voz pra trazer-me
o que as distancias não conseguem ausentar
sem o teu olhar que lembre:
a luz do sol e fome de viver...

Então não suporto mais nada!
incluso os soluços do meu coração
sucumbindo manso e só
na dor da mágoa dessa falta tua
e de não conseguir ser completa,
sem teu amor, sem tua vida; sem ti!

Te amo...
sinto mágoa por te amar tão só, meu amor.

Foto de Francis Raposo Ferreira

Conquistar a Felicidade

Felicidade

Tal como tanta outra gente, também já me vi, diversas vezes, confrontado com esta pergunta que nos provoca desconforto e para a qual nem sempre tenho conseguido encontrar resposta: “O que é a Felicidade?”
Umas vezes pensei ter encontrado resposta, quando sentia aflorar um sorriso motivado por um qualquer acto, ou atitude, quantas vezes espontâneo. Outras vezes pensava que a felicidade residia no facto de verificar como um gesto meu, por mais simples que possa ser, provoca o sorriso de outro alguém. Não nego que se tratam, efectivamente, de momentos de Felicidade, só que, permitam-mo, penso tratar-se de um 1º estágio da Felicidade, isto é, uma Felicidade momentânea, mesmo que possamos argumentar que a Felicidade plena não existe, que o que existe é uma sucessão de momentos de Felicidade.
Noutros momentos de reflexão, pensava ter descoberto o verdadeiro significado da palavra Felicidade, quando revisitava a minha vida e ia identificando os vários objectivos, pessoais, familiares, profissionais, sociais, etc., que já conseguira concretizar e contribuir na concretização de Alguns objectivos daqueles que fazem parte desse mesmo percurso de vida, mas chegava, novamente, à conclusão de que ainda não descobrira o verdadeiro significado dessa palavra mágica que é a Felicidade, quando muito poderia ter identificado aquilo a que chamarei de 2º estágio da Felicidade, isto é, a conquista de um espaço onde a Felicidade passa de momentânea a mais consistente, um espaço onde podemos definir objectivos pessoais e sociais mais abrangentes.
Foi um destes dias, muito recentemente, quando ao chegar a casa, em plena solidão, que penso ter conseguido identificar o significado da palavra Felicidade, ou talvez seja só mais um estágio desse mesmo sentimento. É curioso dizer-vos, e concluir, que foi em pleno estado de solidão que dei mais este, significativo, passo, ou talvez até nem seja assim tão curioso, basta aceitar-mos o facto de que não há contexto melhor para a reflexão do que um pleno estado de solidão, pelo menos solidão espiritual, como que um vazio da nossa consciência, que nos permita uma viagem, sem enviesamentos, ao nosso subconsciente. Estava eu no tal estado de solidão, quando dei comigo a olhar não para tudo já consegui concretizar, mas sim para aquilo que poderá ser o meu, acompanhado de quem faz parte desta corrida, futuro. É verdade, foi como que uma viagem ao futuro, um futuro onde nunca estive, mas onde me senti bem, um futuro onde não senti preocupações de maior, um futuro que se me afigurou de estabilidade, emocional, sentimental, familiar, social, profissional, enfim, um futuro onde gostei de estar. Foi deixando-me ficar neste futuro que me fui apercebendo do estado de Felicidade, permanente e não momentânea, em que vivo, isto é, foi olhando o futuro de todos aqueles que hoje consigo identificar na minha vida, incluindo o meu, e só assim, de olhos no futuro, é que penso ter dado mais este passo.
Este 3º estágio da Felicidade, a que chamarei de horizontal, quando conseguimos identificar indicadores seguros de que todos os momentos de Felicidade momentânea se solidificaram e se transformaram em verdadeiros, e fixos, suportes para um futuro de estável desenvolvimento do tão desejado estado de alteridade.

Francis Raposo Ferreira

Foto de poetisando

Vejo com alegria

A minha alegria está de regresso
Florescem as flores no meu jardim
Lindas hortências, rosas e cravos
Malmequeres, begónias e jasmim
A alegria de novo me voltou
Esqueci-me do meu passado
A felicidade está de volta
Vou viver mais renovado
Ainda penso no que vivi
Quando estava na solidão
Do meu passado tão triste
Abro á vida o meu coração
Agora vejo melhor a vida
Já vejo flores no meu jardim
Que alegria agora eu sinto
Ao ver as flores de jasmim
Só agora é que vejo bem
Como a vida é maravilhosa
O meu jardim todo florido
Perfumado cheirando a rosa
a minha alegria está de regresso
Com o meu jardim bem florido
A minha tristeza já foi embora
O meu passado está esquecido

De: António Candeias

Foto de poetisando

Queria Amor

Queria ser tão amado
Como te amo com intensidade
Queria viver contigo amor
Dar-te muita felicidade
Queria amar-te tanto
Fazer-te sentir muito feliz
Viver contigo em real
Mas o destino não o quis
Queria eu amar-te tanto
O destino nos separou
Queria fazer-te muito feliz
A vida nos distanciou
Queria ser tão amado
Com a mesma intensidade
Com que te amo meu amor
Vivermos plena felicidade

De: António Candeias

Foto de poetisando

Amor proibido

Já pensei em te esquecer
Só que não o consigo fazer
Não queria pensar mais em ti
Para a minha vida viver
És um amor que é proibido
Que não devia acontecer
Mas já tanto que eu tentei
Sem te conseguir esquecer
Estas dentro do meu coração
Ficaste entranhada dentro mim
Tanto que já fiz para de esquecer
O meu amor por ti não tem fim

De: António Candeias

Foto de Elias Akhenaton

Pensamento

A vida é uma melodia constante, onde temos que manter o tom da fé, caminhar com a voz da esperança se não quisermos desafinar na nota do lamento e sempre agradecer a Deus com um canto de oração.

-**-Elias Akhenaton-**-
"Um peregrino da vida, pescador de emoções."

Foto de Xufia

A história de um menino especial

Olá. Eu sou um menino, tenho 5 anos. Como ainda não sei escrever, e só sei ler o meu nome, quem vai começar por contar a minha história vai ser a minha mãe, segundo o ponto de vista dela. Talvez daqui uns anos, seja eu a contar...

O meu menino nasceu há 5 anos atrás, com 3450kg, e 50cm. Ainda me lembro de tudo como se fosse hoje. As dores foram horriveis, mas apesar disso o momento mais especial, o momento pelo qual pensamos e sentimos que valeu apena todo o esforço foi quando o colocaram nos meus braços, encostado ao meu peito. É uma sensação única...

A gravidez do Daniel não foi planeada, eu tinha 21 e meu marido é dois anos mais velho. Casamos, e fomos viver com os meus sogros durante os primeiros dois anos de vida do Daniel. Para mim, foi uma das épocas mais dificeis da minha vida, mas não quero nem estou pronta para falar desse assunto, até porque esta história é do meu filho e não minha...

O primeiro sorriso, os primeiros dentes, os primeiros passos...ocorreram todos dentro do espaço de tempo esperado no desenvolvimento de uma criança. Era, e é, um miudo muito barulhento, mas na altura não falava, fazia apenas sons.

Os pediatras diziam que era uma atraso na fala, até tivemos uma médica que dizia que a culpa era nossa por não o estimularmos o suficiente. Chegou a ser operado aos ouvidos, com receio de algum problema auditivo mas nada.

Os avos maternos e paternos, sempre nos ajudaram quer a nivel financeiro quer a nivel de criar o Daniel. E começamos à procura.... uma altura também ela muito complicada, mas que fica para outro dia...

Xufia***

Foto de Carmen Vervloet

O Silêncio

Um grande silêncio habita nosso interior
e tantas vezes falamos para não o escutar,
ele é a voz de Deus, nossa consciência superior,
sempre atenta para não nos deixar vaguear.

Enquanto a gente fala, fala, fala, fala...
Fazendo barulho para não o escutar,
o silêncio simplesmente escuta e cala
esperando paciente o nosso despertar.

Mas quando descobrimos toda sua riqueza,
mestre sempre pronto a nos ensinar,
compreendemos a clareza da vida e sua beleza
e como ouvindo o silêncio fica mais fácil caminhar.

Somos antenas que captam os mistérios do universo
e só no silêncio acontecem as grandes explosões,
foi no silêncio que Quintana compôs seus versos
e Bach fez suas notáveis e primorosas composições.

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