Sinuosa a vida que se floresce e finda
Como a te dizer e ser um desengano
Entre a placidez das aguas do oceano
Que reflete a dor do céu azul que chora
Ou sentir florir os cantos de um deserto
Ao ouvir nos céus estrelas do universo
Estender as mãos e senti-las contigo
E na tua imensidão, tê-las como abrigo.
Como todos os sonhos é um sonho apenas
As ondas que mansamente quebram na areia
Nas noites fumegantes em que insanas oras
Para relembrar aquele amor de outrora
Toda a insensatez lançada em um poema
A minimizar o miracular do sono
E a descrever tão triste abandono
Doces como as noites, doces e serenas.
Alexandre Montalvan