Verso

Foto de Hirlana

Mais um dia

Mais um dia acordo
Sem você ao meu lado
Mais um dia
E eu estou um trapo
Sem você aqui
Tudo parece não ter sentido´
Só mais um dia contado no calendário
E mais um folha em branco no meu diário

Fotos e recordações
Quadros, poemas, canções
Cartões de amor, cartas com mil declarações
Um violão, um verso...
Meu amor
Eu confesso
A cada dia que o Sol nasce
E não tenho noticias suas
É como se o tempo fechasse
Nuvens carregadas no céu
E na boca um gosto amargo de fel

Noites frias e solitárias
Sonho com tua chegada
A passos largos se aproxima
Coloca a mão no meu queixo e diz:
Menina, deixa de bobagem!
O tempo passou,
mas esqueça essa contagem
Vamos viver novamente nosso amor

Sonhos que não saem da memória
Momentos que não se apagam da nossa história
Anos jogados fóra...
Não.
Não quero pensar que esse amor foi em vão
Quero foi embora paralelo ao tempo
Quero sim viver cada momento
Eu te quero de volta
Bate por favor
Novamente à minha porta
Me liga, me dá um sinal
De que nossa história não teve ainda um ponto final
Jura que ainda me ama
Me abraça forte
E me beija afinal

Quero mais um dia ao teu lado
Quero a minha vida compartilhar
Quero contigo acordar
Quero ir para longe,
ou para perto
me condene
me jogue ao deserto
mas não antes de viver
mais um dia
apenas um dia
esse amor.

Foto de Oliveira Santos

Decassílabos

Dez é número perfeito e puro
Místico, das quadras do mestre Dante
Antiga forma de falar do Amor
Rebuscamento e polidez no verso
Foz de desejo, vento da paixão
Tormento d'alma, dor da frustração
São assim minhas linhas, feitas dez pedaços
Trazem memórias, beijos e abraços

Foto de Oliveira Santos

Redondilhas

Menores ou maiores
Não importa seu tamanho
Quantas sílabas existam
Pra falar do meu querer
Vou escrevendo e reescrevendo
Monto verso em redondilha
Conto história, me declaro
Mostro o peito, me confesso
Busco o sonho, a melodia
Trago um sentimento à tona
Sou arauto da emoção
Mensageiro da alegria
Porta-voz da solidão

Foto de powtpotter

Que bom que voce chegou...

" Entrego hoje algo importante em suas mãos,
Hoje te entrego meu coração,
Cuide dele com carinho,
Pois ele é fragil como um filhote num ninho.

Ele é simples,de vidro ele é,
Mais um dia será de aço,tenho fé,
Coraçao lindo e carente,
Porém muito sensivel e inocente.

Marco cada verso com sentimento,
Daqueles que sai de dentro,
Um lindo,belo e profundo ser,
Que bom que conheci voce!

By: Alex,um eterno apaixonado...

Foto de Edigar Da Cruz

POETA DA ALMA

POETA DA ALMA

Poeta da alma que descrever com o coração
Contempla os quatros cantos do mundo
E ate chegar ao astro rei a interpreta
Poeta da alma
E Poetisa o que sente dentro do profundo coração,..
De encontro e desencontro de emoções!..
De vários pontos de um infinito universo
Através de rimas e prosas e variados de versos
Essa alma esse poeta..
Esse coração poeta..
De un cortes de galantear as emoções
Que faz palavras a mãos descritas do coração!!!
Que transforma- as em belas poesias!!!
Em encontros de sentimentos de rimar...
De encontro do artista e a rima perfeita
Como do poeta do papel e da caneta..
Um êxtase sublime de um vicia gostoso!!
Da alma que faz guarita..
Aos versos aonde venha eles se exprimar..
Para dar a vida um poema, de carinho e amor..
Onde emoções se encontram...
Em cada verso que descrevo...
Escolho a divina inspiração!!!
Para unir harmonizar os sentidos
Ao nascer da alma do poeta
Nasce um poema qual identidade pessoal..
Onde produz e reflete o brilho..
Que uma alma reluz... a caneta
A supremacia das palavras
De uma pequena alma chamada POETA..

Autor: D,Cruz

Foto de Rute Mesquita

Os três desejos e os cinco sentidos

Quando sonhamos de olhos fechados tudo se realiza. Todo o impossível se torna possível. Todo o ocasional se torna evidente. Todo o curto se torna demorado e intenso. Todo o celeste se torna terreno. E é após esta breve apresentação que vou fechar os meus olhos e sonhar…

Vejo uma pena, que baloiça no ar à música do vento, vai para lá e vem para cá… e falta pouco para nas minhas mãos quentes e ansiosas pousar. Talvez eu possa apresa-la, dançando com ela. Balanço-me para cá… balanço-me para lá e aqui está ela nas minhas mãos.
Traz consigo um recado, diz que peça três desejos que ela mos irá realizar esta noite. Pois vou pedir muito silenciosamente o primeiro.

I.Desejo: o seu encontro, o despertar dos cinco sentidos.

Avisto a sua casa, entro por aquela porta pela primeira vez sem precisar de chave ou de um convite, atravessei-a por e simplesmente. Sinto os meus pés a gelarem com a fria madeira do chão de uma sala colorida. Continuo a andar… atravessei outra porta e eis um corredor. Um corredor estreito e confortante que acaba numa pequena varanda. Sinto presenças vindas de dois quartos situados na lateral direita do corredor e uma atracção que me chama ao segundo quarto. Eu deixo-me ir, deixo de conseguir resistir de controlar o meu corpo. Entrei… vejo um quarto cheio de memórias de momentos de amor, de paixão, de partilha, de cumplicidade, de entrega. Vejo recordações, vivi-as em milésimas de segundo, mas mais que isso vejo o seu corpo coberto de um lençol fresco. Pareceu-me que fiquei uma vida a contempla-lo. Aproximei-me, como se os meus cinco sentidos quisessem mostrar-se apurados. A Visão foi o primeiro sentido a fluir. Contemplei aquele corpo durante uma vida sem um único pestanejar, com as pupilas contraídas, fazendo o seu trabalho, regular toda aquela luz vinda daquele ser angelical.
O Olfacto seguiu-se. Cheirei a sua pele, cheirava a um aroma único e só vindo daquele corpo, chamava-se ‘sedução’. Qual será o cheiro da sedução? Não sei responder, pois ainda só vi e cheirei.
A Audição apressando-se, foi o terceiro sentido a fluir. Ouvia atentamente o seu respirar, que me lembravam o som das ondas do mar, ora avança onda, ora rebenta onda… retrocede areia e assim repetindo-se infinitas vezes. Oiço um palpitar desequilibrado, quase que um chamamento. Oiço os seus olhos adormecidos a mexerem-se, estará também a sonhar? Estará à minha procura?
Irrequieto o Tacto quer ser o próximo. O Tacto que se concentra todo em usar as minhas mãos. E é então que começo a sentir um manto fofo, que pica um pouco e se entranha por entre os meus dedos, é o seu cabelo confirma a Visão. Continua o Tacto… percorre a sua face com todos os pormenores, as sobrancelhas, as pálpebras, as suas pestanas, o seu nariz inconfundível e os seus lábios carnudos. ‘Como são belos, Tacto’, diz a Visão. E o Tacto não pára… sente agora as suas orelhas perfeitas de tamanho ideal. Desço mais um pouco… as minhas mãos descem o seu pescoço como se fosse um simpático escorrega. Finalmente o seu peito… um peito que sobe e desce em curtos espaços de tempo. ‘Está a respirar’, diz a Audição. ‘E o seu coração está a bater mais que nunca, Audição’, acrescenta o Tacto.
O Paladar impaciente quer acabar em grande mas, o Tacto pede-lhe que o deixe pelo menos sentir as suas parceiras, as suas outras mãos. Então lá foi o Tacto percorrendo aqueles seus longos e musculados braços até às suas metades. As suas mãos, grandes, suaves… onde as minhas encaixam perfeitamente como o sapato no pé da Cinderela. ‘Agora tu Paladar’, diz dando uma força a seu sortudo contíguo.
O Paladar, como seu instrumento usa a minha língua. Sinto um gosto doce… um gosto que sabe a amor. Como se saboreia o amor? A Visão diz, ‘ao ver este corpo esbelto’, o Olfacto atropelando diz ‘ao cheirar a sua pele’, a Audição unindo-se ao Tacto responde: ‘É mais que isso meus caros companheiros, o amor provém do batuque do seu interior’.
Curioso e surpreendido continua o Paladar. Sinto que estou a passar a minha língua agora na sua orelha, tão macia com pequenos pelos que cobrem provavelmente todo o seu corpo quase que imperceptíveis. Pairo agora nos seus lábios, provo a sua sede, o seu desejo. Como se prova a sede? Como se prova o desejo??
O Paladar continua sem se surpreender pelo silêncio dos outros sentidos. Percorro agora o seu queixo, o seu pescoço e agora o seu peito… encontro uma pequena cova por onde passo e passo lambuzando a sua pele. Até que o Paladar indignado sente uma outra pele... uma pena, é isso era uma pena e pede ajuda à Visão para que lhe explique o que significa. E a Visão atentamente observa a pena e lê no seu verso: ‘Pede agora o teu segundo desejo’ e ai os sentidos perceberam que o seu tempo tinha acabado…
Pedi então o meu segundo desejo, levando todos estes aromas, todos estes sons, todas estas cores, todos estes relevos e todos estes gostos.

II.Desejo: o despertar do corpo adormecido.

Pedi, pedi que este corpo adormecido acordasse. E assim aconteceu, o corpo esbelto que havia explorado despertou e eu estava deitada a seu lado contemplando-o. Ficámos eternidades a olhar-nos olhos nos olhos… e sei que não foi um desperdício de um desejo nem de tempo.

III.Desejo: A união dos dois corpos e os seus respectivos sentidos.

No seu olhar vejo ‘Pede agora o teu último desejo’ e foi então que pedi, pedi que os sentidos se unissem de novo e provassem a sedução, o amor, o desejo, a ardência, a paz, a magia, a sintonia, daquele corpo e assim se realizou… por entre aqueles lençóis que antes frescos e agora quentes e transpirados, numa luta escaldante e exploradora entre os cinco sentidos de ambos os corpos.

E ainda bem que não há um quarto desejo e sabem porquê? Porque não queria pedir para acordar…

Foto de Edigar Da Cruz

Sou Apenas Alguns Rabiscos escritos a mão

Sou Apenas Alguns Rabiscos escritos a mão

Sou apenas... Parte de algo que na verdade, não tem explicação!
Surpreso por ter chegado à mesma conclusão
Sou estranho comigo, mesmo... Realmente definido nada! Um Estranho e definido
Um rabisco mal ou bem escrito uma pincelada de destino e tempo...
De vida e comparações e diferenciais
Somos o que desejamos ser sou que busco ser...
Um verso uma musica uma canção mal ou bem escrita!Sem melodia
Ou alguma porra qualquer que mostre o rabisco do tempo,..bem escrito com a vida, e com o coração
Sou nada mais que um simples rabisco..criado e pincelado pelo tempo de um aprender...
De um eterno tempo de ensinar...
Entre errar e acertar... e de jogada de mestre..
Somente os melhores fazem os melhores toques pontos e jogadas e sons... Vai de como cada um descreve a obra pessoal da vida e do momento
Torna-se um aprendiz em mestre de pinceladas do destino do tempo de um APRENDER..

Ed.Cruz

Foto de sandra santos

o amor é brega

viola uivando pra lua
vela pro santo
nome na macumba

beijo doce
de moça de quermesse
andar de cio
brincando um flerte

beliscão safado
no trem lotado
desejo invadindo
a próxima estação

rima pobre rica de malícia
verso infiltrado na lição

o amor é isso

uma canção do Roberto
um soneto do Vinícius

Foto de Allan Dayvidson

MEUS POEMAS, SEUS POEMAS

"Por que começamos a escrever poemas? As pessoas que conheço começaram por escrever poemas sobre alguém em especial. Já escrevi um zilhão de poemas, escrevi tantos, das mais variadas formas e sobre diversos temas. Recentemente, olhei para trás numa tentativa de perceber de modo geral o que tenho escrito. Percebi diversas coisas que já sabia a respeito da forma (repetições propositais, vocabulário um tanto quanto simplório, nenhuma grande regra a respeito das rimas etc.), mas a coisa mais incrível que percebi é que de alguma forma o que me move, direta ou indiretamente, a escrever ainda é aquela mesma pessoa por quem escrevi o primeiro..."

MEUS POEMAS, SEUS POEMAS
Por Allan Dayvidson

Escrevi quase tudo.
Fiz o melhor que pude.
Escrevi como quem se despe
sem o mínimo de pudor

Pequenas confissões,
grandes constrangimentos.
Experimentei todas as palavras
para mantê-las sempre a meu dispor.

Desde poemas sobre gratidão
até os sobre rancores fúteis,
parece que, toda vez, os meus sentimentos
esbarram no amor.

Então, prepare-se...
Prepare-se para mais este.
Leia cada verso
e verá um nada brilhante escritor.
Mas fique com este poema
e com meu amor...

Já escrevi tanto sobre mim,
Mas, hoje, entendo que, seja o que for,
no fim das contas, é sempre sobre mim
e nisso sou realmente o melhor.

Mas existe um fim?
Um dia, não haverá mais o que dizer?
Ou sempre haverá poemas irradiando sobre papel
como se eu já os conhecesse de cor?

Então, tome este!
Leve-o embora com você
Enquanto ainda há alguns
guardados dentro deste pobre autor.
Apenas fique com este poema
e com meu amor.

Eu não o mudaria em nada, ainda que pudesse.
Não colocaria a precaução entre o “ser” e o “escrever”.
Eu só queria muito que você entendesse
que escrever sobre mim é falar de você.

Meus poemas são meus,
mas um pouco seus
porque são sempre por você...
ou para você.
Então, fique com este poema
e com meu amor...

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Orfanato

- O Orfanato

No orfanato
Toda linhagem de enjeitado
Toma a forma de legião

Todo o povo da região
Passa-nos com o ego apontado
Acusando nossa rejeição

E a sombra que aqui relato
Desnuda a treva em ebulição
Sonho irrealizado

Presente desembrulhado
Futuro em suspensão
A humilhação em seu recato
Frio, destrato

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O Sol é falso, losango angular.

Umas poucas crianças cantam.

Outras tantas crianças gritam.

A volta da escola é lenta e singular,
Pois não há ninguém há esperar.

O vento espalhar seu vento, e a folhagem.

Uma nuvem nos faz pajem.

Nosso ritmo é policial e folhetinesco.

Reside o medo do grotesco.

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Os moleques do orfanato são feios e não têm receio em admiti-lo, já que no verso de sua condição morava o adverso, o ridículo dos corações partidos, a brevidade de sua relevância.

Um deles riu-se automaticamente:
- Somos completos desgraçados!

Esta frase correu sem gírias ou incorreções.

________________________________________________________

Os moleques
Sabendo serem desgarrados
Destravavam seus breques
Em serem desencontrados

Faltava-lhes o saber da identidade
Descobri-se em um passado plausível
Ver-se na evolução da mocidade
Em um lar compreensível

Mas não lhes foi dada explicação
Nem sentido da clemência
Nem pedido, nem razão
Para sua permanência

Viviam por viver
Por invencionice
Viviam por nascer
Sem que alguém os permitisse

Abandonados
No porão de um orfanato
Sendo assim desfigurados
No humano e seu retrato

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Os moleques eram órfãos
E eu estava no meio deles sem me envergonhar!
Minha vida é curta
Dura, diante dos comerciais contrários!
Meu cárcere é espesso, grosseiro, não derrete nem sob mil graus!
Subo mil degraus e não encontro o final da escada
E a realidade é tão séria como o circo ao incêndio dos palhaços,
Pois nem meu hip-hop consola mais a sombra da minha insignificância
E nem toda a ostentação suporta o peso da veracidade

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O mundo me usa
Ao agrado parnasiano
E me recusa
O verso camoniano
Não tenho honra nem musa
Não tenho templo nem plano
A vida é pouca e Severina
Louca e madrasta carnificina

Solidão
No meu retiro na multidão

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Somos uma falange
Outrora negada pelo sistema
Zunido como abelhas de um enxame
Invadindo os isolamentos propositais;
Nação sem cara
Homericamente mostrando seu rosto
Olhando a palidez da polidez
Sendo enfim mortos de fome.

Sendo enfim cheios de vida!
O braço que nos impede a pedir banha-nos com seu sangue;
Nós somos encharcados
Havendo assim a benção que ignoraram em prestar
A afirmativa de um futuro inevitável;
Matamos e nutrimos
O pavor que nos atira para a vida;
Somos assim não só uma falange como uma visão intransponível.

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Em esperar ter condições
Só restaria estacionar
Ao choro das lamentações

E logo quando o meu lugar
For definido às lotações
Na margem sem quem se importar

Ou mantenho insurreições
Ou vou me colocar
Abaixo das aspirações

Se calar minhas intenções
Alguém vai me sacanear
E se buscar santas missões
Cair no desenganar

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Estamos descontrolados!

- Foi ele, tia, eu vi!
- Não, eu não fiz nada!

- Cala a boca molecada!
Ou vai entrar na porrada
Cambada de desajustados!

Nem suas mães os quiseram
Desde o dia que vieram
E ainda bem que não nasci
No mesmo mal em que estiveram

Enquanto existir distração
Restrito será seu contato:
Problemas não chamam a atenção
Ao veio da escuridão
Silêncio do assassinato

Eu me calo e penso então
Em como o mundo é ingrato
Por sobras ajoelhadas
Firmo-me em concubinato
Em estruturas niveladas
Para minha exploração

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A noite chega aos esquecidos
E com ela sonhos contidos
De um sono forçado

Sinto-me encarcerado
No meu instinto debelado
Pelo pânico dos inibidos

E os olhares entristecidos
Cerram-se em luto fechado
Da morte sem celibato

Estamos envelhecidos
Tão jovens e tão cansados
Estamos aprisionados
Na cela de um orfanato

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