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COMO É QUE TU ESTÁS?
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No livro que não te dei...
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Ouço um som de fundo vindo lá do longe
Um machado a cortar lenha a um ritmo compassado
Respiro o ar da montanha e abro o chapéu plissado
O livro que não te dei em páginas de um monge
Corro uma vida com os olhos e o pensamento
Nas palavras escritas em prosa e em verso
Embrenho-me nas profundezas e lamento
Sempre o mesmo som de fundo e penso
Um machado pode cortar
Lenha para o lume queimar
O suficiente para aquecer
Mas não há machado* que corte
A raíz de um pensamento
Por que é livre como o vento
Por que é livre!
Joaninhavoa
(helenafarias)
08 de Novembro de 2008
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Ao fazer este meu poema
lembrei no final a célebre
canção:
(Não há machado que corte
a raíz ao pensamento) [bis]
(não há morte para o vento
não há morte) [bis]
Música: Manuel Freire
Letra: Carlos Oliveira
Intérprete: Manuel Freire
(Não há machado que corte
a raíz ao pensamento) [bis]
(não há morte para o vento
não há morte) [bis]
Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão
Nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento
porque é livre como o vento
porque é livre