Verbos

Foto de Arnault L. D.

Livre tradução

Escreva algo, sem sentido qualquer.
Talvez, para alguém ver um sentido,
as palavras transbordam mister,
parece que não as tinha escrevido...

Apenas deixe fluir, sem conter,
sem começar ser ponderado.
Provavelmente ninguém vai entender...
esse idioma transloucado.

Sou aprendiz de aprender a mim,
meu porta-voz do que me escapa,
as vezes, troco talvez, por não e sim...
sei da direção, não tenho mapa.

Quem não falou menos que devia,
ou num turbilhão de verbos se perdeu
sem conseguir dizer o que sentia,
ou tudo errado transcreveu?

Não há caminha certo, nem seguro,
quando se trata do pensamento.
Não há palavra exata à emoção pura
apenas a saiba... apenas sentimento.

Foto de Rita V

Amar, chorar, perdoar

Amar, chorar,perdoar
são os verbos do amor
cruel e tão perfeito ,
este sentimento
que não conseguimos evitar...

Amar,
é sentir paixão
é sentir cá dentro um turbilhão
é sentir o fogo da emoção,
é acabar com a solidão...

Chorar,
é o mais simples derramar,
das lágrimas de ilusão,
das lágrimas de desilusão
das incertezas de amar...

Perdoar,
é saber escutar,
é saber esquecer
uma pequena desilusão,
é saber olhar em frente
e pensar num futuro mais consistente

Amar, chorar, perdoar
são os verbos do amor,
que nos premitem disfrutar
de todo o calor,
que existe no nosso amor

Foto de Alexandre Montalvan

Folha ao vento

Folha ao vento, em uma dança lenta, a folha cai
Ao desprender da origem não sabe o destino, não importa aonde vai
Seus temores são metáforas sua dor é solidão
Em sua liberdade sem sentido ela dança um sonho uma canção
Tanta força a castiga tatuando-lhe carismas
Ela cria movimentos para transformá-los sofismas
O outono é a razão de sua misteriosa existência
Altera verbos para que se perca a eloqüência
Sua tristeza é a antítese das manhãs e dos jardins
Sempre sonha o mesmo sonho
E o que é bom diz que é ruim
Sabe ser apenas uma folha ao vento
Tão simples assim
Vendo rostos conhecidos frios sem sentimentos
Que mudam a todo o momento
Transformando o ferro em aço
Eu me laço
Nos teus braços e abraços
Beije-me
Em teus lábios me enlace
Afaste-me deste inverno
Que me afasta de você
Deixe-me repousar em teu delírio
Renascer em tua aurora
Aquecer-me em tua luz, saborear tua doçura
A cada amanhecer estar agarrado ao teu ser
Pois por mais que eu flutue ao sabor da brisa e do vento
Meu destino você

Alexandre 18/03/2011

Foto de José Pessoa

Voltar...

Quem me dera ir a escola
para os amigos encontrar,
voltar às aulas
para os verbos estudar
e aprender umas dicas
que os mestres tem pra dar,
quem me dera voltar...

Quem me dera voltar
as conversas infinitas
as tardes sem fim
voltar as aulas mais aborrecidas
só pra matar estas saudades,
dos professores mais chatos
e dos grandes amigos.

José Pessoa

Foto de Hanilto josé Da Silva

AMOR NASCENTE

Canta coração a canção dos
verbos fatais,dos amores imortais
dos pecados capitais nos idos
ancestrais.

Canta os enganos e os ciganos
os farrapos da boemia,o sol nascente
e o dia.

Encanta rosa e janela
o amor de cinderela,as antilhas
e Romeu Julieta não
morreu,o amor agora é meu.

Canta Carlos Gardel com as perdidas
no bordel,os poemas de Brasis no cordel,
os sonhos de além mar ficaram aqui em
sangue tupi e guarani.

Canta a nova canção Julieta agora
é diferente o amor nasceu pra gente,
sem status social o amor é igual antigamente,
é sempre o amor,o amor nascente.

Hanilto 21 09 2011

Foto de Hanilto josé Da Silva

O NOME DA ROSA

Eu vejo em teus
olhos,
a língua dos versos
copiosa mensagem
em tom diversos.

São uns versos trocados,
com meus olhos enamorados.
O nome da rosa dos olhos
apaixonados é o amor de olhos
versados.

É o orvalho da alma
em orvalhadas de amor,
é o encanto da natureza,
na ternura da flor.

São meus ais de forma
natural,de modos quase
normal,
são sentimentos regados
nas bodas do tempo,aliciados
a verbos doces anciosos de
momentos.

É amor verdadeiro
na viola de um
violeiro,
na canção do trovador
é o que fala meu coração
pros teus olhos meu amor.

O nome da rosa
é essência da flor,
com chama de perfume
com todo teu esplendor.

Hanilto 04 08 2011

Foto de Sonia Delsin

DEUS E EU

Deus não precisa de mim para existir
Mas ele gosta que eu exista
Deus não precisa de meus verbos
De meus versos
De meus vazios
Deus é pleno

Ele talvez nem se importe com o que escrevo
Nem deve ter tempo para ler
Mas quem sabe...
Quem sabe ele resolva dar uma espiadinha
Será que sorrirá?
Fico imaginando o sorriso de Deus
Deve ser encantador o seu sorriso

Fico imaginando Deus andando pelas linhas de meu poema
...
Ele já conhece o que eu escreverei
Portanto não perderá tempo me lendo

Deus me ama antes que eu me ame
Antes que qualquer outra pessoa me ame
E ele me entende
Antes que eu me entenda
E que ninguém me compreenda

Foto de evertonvidals

Perdido nos erros

perdido nos meus erros
desencontrado em meus passos
Na canção do silêncio
de onde eu me desprendo
Tentando encontrar
Sem saber onde procurar
E quando encontro
Eu vejo que não é meu
Algo mais real, que o chão em que piso
Se fez irreal e desapareçeu
E ai eu percebo, que nada disso me pertence
E tudo o que eu queria ver, se foi antes que começasse
No início só existe o facínio
No decorrer, aparece o sofrer
E no fim ?
Enfim ...
No fim só existe o fim.
Amargo, solitário e perverso
Uma senssação indescritível neste verso
Frase que se emudecem
Verbos que entalam
Num grito reprimido
Na respiração que para
Caindo na mesma armadilha
Até então desarmada
Tudo fica frio
Até o ar congela
Com os olhos fixos
numa história passada
Sem saber do encerramento eu continuo
Somente eu e meus lamentos
Solitário sigo meu rumo
Desejando que não passe de um sonho
Um terrível pesadelo.
Caindo na tentação
repetindo os mesmos erros.
Por que é tão difícil ?
Por que é tão complicado ?
Por que dói tanto ?
Saber que já foi amado
E posto isso de lado

Autor: Everton Vidal

Foto de magomerlyn

Nascendo e aprendendo

Rompendo o silencio mudo, vislumbrando luz e cor
Eu gritei a liberdade, e nasci, mais uma vez.
Outra vez me vi criança , outra vez prazer e dor
Sentimentos e desejos, tudo aquilo outra vez.

No meu hoje desta vida , me lembrei do que vivi
Nas manhãs do meu passado, outras vozes e sorrisos
Ja me faz perder a conta, quantas veses eu nasci
Esquecendo muitas vezes , do que era mais preciso

Eu amei e fui amado, sem saber o que é o amor
Em toda sua grandeza ,de amor que verdadeiro
Não amor homen mulher ,alimentado em calor
Mas amor de ser humano, pelo irmão, pelo amigo
Amor que dispensado as rosas , pelas mãos do jardineiro.

Como pude em tantas chances , tantos anos, tantas vidas
Me esquecer do que é mais simples
Aprendi todos os verbos, mil palavras , dialetos
Fui camaleão do mundo, que tentava me mostrar

Que de toda sapiência, de toda sabedoria
Tudo que em minha luta eu pensei aprimorar
Deus queria o mais simples
Que eu aprendesse a amar.....

Foto de Arnault L. D.

Quando sei que te amei

Quando seus passos me tomaram
como a águia a uma presa
como a maré a areia
me tragaram, me sugaram
se fazendo uma certeza
meu amor por ti anseia

Quando palavras não bastaram
pra dizer o que queria
pra dizer de tanto gosto
e os verbos se rasgaram
e de ti não conseguia
desviar-me do teu rosto

O amor veio-me atroz
consumindo tudo em volta
se alastrando feito fogo
quente e luz, rompendo nós
como fera que se solta
incondicional sem jogo

Hoje sei que fora ali
que o amor eu encontrei
hoje sei que a perdi
mas o amor por ti guardei

Na vontade eu te guardo
a amo... inda a quero
mesmo que seja meu fardo
até a morte... te espero

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