Vento

Foto de André2112

Necessito da Tua Presença

Por que teria que anoitecer e eu adormecer?
Simplesmente passaríamos de amanhecer em amanhecer
Assim eu não teria que esperar
Outro dia pra poder te encontrar

O tempo brincou todo o tempo com a gente
Não consigo tirar isso da minha mente
Em tempos diferentes chegamos a este mundo
Não poderia eu entrar em sono profundo?

Esperaria por você todo este tempo
Se soubesse que viria logo com o vento
Assim estaria eu no seu caminho
Para poder te dar muito carinho

Choraria anos por você esperando
Estaria contando cada minuto aguardando
Para saber se seu olhar era como eu tinha sonhado
E se sua boca era como a que no sonho eu tinha beijado

Necessito da tua presença desde antes de você nascer
Necessito do teu olhar mesmo antes de você me ver
Seus lábios quando tocam os meus, você não percebe
Mas perco o chão como alguém que padece

Sua presença me faz bem e sinto falta dela
É o ar que eu respiro e que me faz sobreviver
Sua presença é algo que nunca senti
É por esse sentimento e por você que eu sempre vou viver

Foto de Marilene Anacleto

Amor

Tudo tende a morrer
Ou ficar no esquecimento.
A árvore que me dá frutos,
O amor que se foi com o vento.

Mas, perdura para sempre
A bondade recebida
Daqueles que ora se ausentam
Em viagem infinita.

Desfaz-se a pedra em areia,
A madeira vira cinzas,
O amor em pó se transforma.
O verdadeiro amor sobrevive.

Percorre veia a veia,
Vence tantas emoções!
Revive vida após vida
O amor de pai e mãe.

Foto de Izaura N. Soares

O Cântico da Natureza

O Cântico da Natureza
Izaura N. Soares

Os pássaros gorjeiam
As flores se encantam
As nuvens clareiam
O céu se mostra
Um azul constante.

É o brilho do amanhecer,
Com os raios do Sol a brilhar,
No horizonte se desponta
Quando a aurora anuncia
O nascer de um novo dia.

Assim os pássaros
Passeiam em cada galho,
De árvores em árvores a cantar-se,
Das folhas as flores
Encantam-se com os beija-flores!

Beija aqui beija acolá,
Foge do vento com seu trinado
Por entre as luzes a reinar
O encontro das espécies
Toma conta do seu reinado.

24/03/2012

Foto de Diario de uma bruxa

Fim da tarde... Inicio da noite

No fim da tarde... Quando o sol se pôr.
Vou ... Mergulhar na minha mente e chegar ao local sagrado onde as folhas cobrem o chão e neste tapete verde vou aplaudir seu descanso. E no silêncio que se faz, ouvirei apenas o vento que balançam as arvores anunciando a chegada da noite onde a primeira estrela desponta no céu e entre a claridade e a escuridão um brilho denso ilumina a iris dos meus olhos e as cores se difundem no negro véu. E para minha maior alegria ela aparece cada vez mais bela... A LUA que dispensa apresentação.

Deby "Witch"

Foto de Marilene Anacleto

Ouro e Prata Sobre o Mar

Chega a lua cheia dourada,
Em rasgos doces, dançantes,
Quando o vazio do crepúsculo
Torna cinza os corpos andantes.

Paro para sentir
O homem e seu silêncio
A fotografar, extasiado,
Cabelos bailando ao vento.

Calmamente o tempo passa,
A lua devagar se ergue.
O veludo do mar vira prata,
Enquanto o céu escurece.

O povo, aos poucos, se vai,
Ondas nos meus pés a tocar,
Momento de sentir e ouvir
A orquestra de cristais do mar.

Foto de Grace Rosario

Um amor extinto

O nosso passado está extinto,
Pelo um corte forte profundo e dolorido,
Que se foi com a leveza da dança ao vento.
Amor de uma manhã de corpo unidos,
Transforma-se num amor intenso de lindo retrato,
Amamos agora somente nos espíritos nossos.
As cobranças foram necessidades de desejos,
De ansiedades em compartilhar momentos preciosos,
Imaginei que fossem nossos objetivos mútuos.
MAS NÃO !
Despertei-me nos sonhos que compartilhamos,
Foram sonhos nada mais, somente sonhos.
De volta para uma realidade que desconhecemos,
Cada um no seu universo inalcançado,
Sonho realizado não seria mais sonho.
MAS SIM!
Fica na memória foi apenas um recanto de encantos,
Até surgir um novo sonho num novo universo.
Pois dizem que o amor é infinito enquanto dure,
Plenamente de coração eu concordo.
Amor da alma simplesmente é algo abstrato,
Abstrato é algo absolutamente extinto..

Foto de Carmen Lúcia

Outono e saudade

O outono já me fez feliz,
quando no tapete de folhas douradas
eu corria atrás do tempo
que quase se deixava pegar
pra me fazer acreditar
que apenas queria brincar...
quebrando a seriedade que lhe cabia,
senhor da razão, feitor de marcas e feridas,
e mostrar quão dourada era a vida...

O meu rosto confiante resplandecia
e todo meu corpo estremecia
hipnotizado pelo reflexo do ouro
trazido pelos raios de sol
em fusão com a cor da estação,
dando a impressão de que cada arrebol
era prenúncio de chegadas...
sem despedidas.

Hoje o outono é saudade...
O tapete de folhas secas
me mostra a verdade.
E a cor destoada
me faz encarar os dias
agora também com partidas.

O vazio de árvores peladas,
lágrimas vertidas e amareladas,
vendo o vento roubar-lhes as folhas
que tristonhas se enroscam no tempo
e com ele se vão
pra nunca mais voltar.

Folhas que morrem para que outras
possam ressuscitar...
E assim é a vida.

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Na contramão do tempo

Ando sempre apressada
sem notar o que me acerca,
engolindo as etapas,
acelerando os dias...
E ao sufocar os sonhos,
os jogo ao abandono
pra que nenhum retorno
me incite a sonhar...

Atropelando fases
das estações da vida
mantenho-as esquecidas,
me privo de chorar...
Na ânsia exacerbada
que gera essa fobia,
na marcha exasperada
de só querer chegar...

Evito as paradas
só pra não me render
ficando nos caminhos
esquivo-me de me perder.
Me cego às alvoradas
e ao brilho das manhãs,
vou sempre em disparada
não vejo o sol nascer...

Na contramão do tempo
abstenho-me dos momentos
em que a felicidade
pode me fazer voltar...
Confronto-me com o vento,
ensurdece-me seu lamento
pra me ludibriar
e me sensibilizar...
que freia indignado
no afã de me deter
e passo-lhe a frente
ansiosa por vencer.

E a pressa me consome
não me deixando ver
que em cada parada
há novo amanhecer...
Que as curvas do caminho
são pausas do destino
que alimentam a alma
pra não retroceder...

Que as flores das estradas
compõem poesias,
as estrelas que hoje brilham
já não estarão mais lá...
Que toda a trajetória
se feita aos atropelos
não grava a história
de quem passa por passar...

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Páginas em Branco

A cada dia nasce um sol no firmamento
e o meu caderno continua incompleto
e eu vagando entre as nuvens e o vento
desenho vida nas letras do alfabeto.

Junto pedaços perdidos em algum momento,
colho lembranças esquecidas em algum lugar,
a minha vida... é onda em movimento
que vem e vai à praia do meu mar.

É onda forte que arrebenta em sentimento,
que tinge em versos a voz do coração...
Viola triste que chora o sofrimento,
guitarra alegre que entoa a emoção.

E assim com tanto ainda por fazer
eu peço a Deus sua divina proteção,
vejo meus dias em lírios brancos florescer
nesta jornada que é um palco em confusão.

Ainda há muito que florir neste jardim,
são tantos sonhos desenhados em poesia,
é primavera que sorri dentro de mim,
é corpo e alma em perfeita sinergia.

Foto de Carmen Vervloet

Mulher

Mulher...
Mão que segura... Guia...
Desata os nós...
Arranca espinhos...
Borda carinhos...
Branco lençol de linho
Que envolve e agasalha...
Prateada noite de luar...
Areia macia... Lânguido acordar!...

Mulher...
Ventre que abriga...
Protege e guarda...
Colo para toda vida...
Eterno tempo...
(Pré)ssentimento...
Momento consagrado,
Em luz, disfarçado!...

Mulher...
Árvore frondosa...
Forte... Mas generosa
Raiz profunda...
Fruto que alimenta...
Esteio da vida...
Não foge à lida...
Nem o sonho invalida!...

Mulher...
Enfrenta a luta...
E na sua diária labuta
Não perde a suavidade...
O mel da sua doce vontade
De fazer feliz...
De ser feliz!...

Mulher...
Entrelaces de doçura e bravura...
Que costura a vida com paixão...
Mesmo que o mundo seja cão
Que morde a esperança...
Seu puro sorriso de criança
Anestesia a dor...
Aviva da alegria, a cor...
E neutraliza a tristeza
Que quer brotar...
E logo murcha como flor...
Pétalas levadas pelo vento...
Perdidas no infinito tempo...
Sem ferir o amor!...

Mulher...
Que fecunda a semente...
Parteja a vida como nascente...
Água pura... Cristalina...
Que verte de seus olhos videntes...
Lavando tortuosos caminhos
Onde trava lutas... Constrói ninhos...
E entalha a sua marca
De guerreira da paz!

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