Veias

Foto de Dennel

Primeiras horas do dia

Quando as luzes se acenderem
Despertando do teu sono
Pousarei um beijo em tua face
Parabenizando por mais um dia

Meus braços também aquecem
Até mais que cobertores
Minha alma apetece
Cobri-la de beijos e flores

Pousarei um beijo em cada pétala
Sonhando e sentindo teu perfume
Brincarei, retirando cada pétala do girassol
A partir de hoje será meu costume

Pousarei meu olhar extasiado
Imaginarei tua face encantadora
Deixarei um beijo roubado
Nesta flor, deusa do meu amor

Sigo por onde ele apontar
Creio que será tua face singela
Iluminando-a, deixando me ver
Que és muita bela

Reverbera teu nome sagrado
Nas veias do meu ser
Escrevo teu nome amado
Deixa-me te querer

Desfie as pétalas dos anos
Em minha face prazerosa
Receba os beijos que deixo
Em dálias perfumosas

Dois corações amantes
Amando-se como nunca dantes
Envolvendo-se em abraços
No despertar do sono

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Carlos Donizeti

Discurso de Posse

Excelentíssimo Prof. Dr. MÁRIO ROBERTO CARABAJAL LOPES - Ph.I/Ph.D.
PRESIDENTE FUNDADOR DA ALB e Dra. VERA LÚCIA ALVARENGA ROSENDO - Ph.I.
Secretaria Geral

Discurso de Posse

É com grande honra que recebo como dádiva de ter meu prematuro nome citado entre nomes de grande expressão nesta grande Egrégore casa de ensino e de valores culturais, casa esta onde o exercício da linguagem seja falada, escrita ou transmitida por diversos meios eletrônicos simboliza dons artísticos. Sendo empossado Membro Fundador Vitalício à cadeira número 002/ALB/SP da Academia de Letras do Brasil.
Sinto-me agraciado, e espero zelar pelo nome brilhante da ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIl, é o espírito que me encoraja a juntar-me aos nobres escritores representando minha adolescente cidade de Hortolândia SP. Tenho a paixão literária flui pelas veias inspirados por grandes nomes da literatura como Gregório de Matos, Cruz e Souza, Machado de Assis entre outros contemporâneos. Hoje com as facilidades da informática tudo se torna com extrema facilidade escrever, onde aproximadamente uns 20 anos, escrever e publicar para mim eram difíceis, pois depois de escrever e revisar tinha que ir pessoalmente a um jornal ou revista levando comigo escritos à mão ou datilografados, hoje em menos de dois segundos qualquer pessoa que tenha um computador com internet pode publicar em todos Sites do mundo.
Sou filho de lavrador, Jose Machado de Oliveira (já falecido este ano) e do lar Maria de Lourdes de Oliveira todos do interior de SP.
Quando criança meu pai ao arar a terra usando um animal, algumas vezes eu ia montado no animal, na minha casa feita de sapé o adoçante (açúcar) era feito em casa também sabão, só comprávamos o sal. Eu extensão de meu pai o contador de historias por isso escrevo e faço isso porque gosto de ler e escrever, mas sinto que preciso aprender muito, pois a cada dia descubro coisas novas sobre como escrever bem. Sinto dificuldade para escrever quando não tenho pleno conhecimento do assunto, ou quando acho que o leitor não se beneficiara da leitura. O meu maior sonho era fazer um curso de nível superior, consegui, graças a Deus, Sistemas de informática na faculdade Hoyler. Não faz muito tempo que escrevo poesias aproximadamente uns quatro anos.
Acredito que tudo que se passou com os grandes Poetas e Escritores também se passa comigo.
Quando minha alma desabafa as palavras vão surgindo de repente.
Não tenho gosto musical, pois gosto de tudo que não ofende as pessoas.
Gosto de passear em lugares turísticos e se comunicar sobre artes literárias.
Gosto de comentar sobre vários assuntos, mas reservo sempre uma idéia atualizada.
Para mim é motivo de satisfação quando posto um trabalho em um fórum.
Tenho também vários fóruns na Web, com vários poetas postando seus trabalhos. Dou graças a Deus por todos os dons.

Poeta e Escritor Carlos Donizeti

Foto de Vadevino

PODE ACONTECER

Em veias que corre Poesia,
Sangue, não precisa correr.
Em caso de hemorragia,
Urgente é uma cirurgia -
Que é pra Ela não morrer!!!

Foto de Raiblue

No céu da boca, a girar...

.
.
.
.

Com as pontas dos dedos
Teço mil e uma noites
Bagdás de amores
Céus de néon
A escorrer sobre a carne
Que arde...trêmula de prazer...

Arterial, o desejo contrai veias
Expele verbos delinqüentes
Sobre a pele desnuda no papel
Expande... uni... versos
Alonga os segundos
No ópio dos hormônios
Evaporados dos olhos
Molhando as horas
Desafiando Cronos
Diluindo o tempo...

Éter na mente ...

Nas entrelinhas se revelam
Corpos suados de luas vermelhas
Que contornam o excitante silêncio
Que antecede o beijo cadente
Entrelaçados na colcha de palavras
Fragmentadas em sussurros
Mantra, Sutra, Seita
Cama encharcada de sílabas nuas!

Ondas...saliv(ações)...

Línguas serpentes lambem sentidos
Bocas mordem a maçã
Re des cobrem paraíso
In sonatas rubras
In tensa madrugada
Sax...sexo...seios intumescidos
Dentes cravados nos mamilos

Antropofágica fome!!

Amantes purpurinam o espaço
Círculos de fogo
Mandalas de gozo!

Corpos relampejam sobre a Terra
Propagando-se seus tremores
Sobre outros amores...

Atmas florescendo Darmas
Samsara a girar no céu da boca!
Cosmos em plena ereção
Derramando estrelas
No chão da poesia!!

Doce céu que nos protege...

(Raiblue)

Foto de Dirceu Marcelino

ÚLTIMO TANGO - RECEPÇÃO E HOSPEDAGEM NA CIDADE DO PORTO - Homenagem a AÇÚCENA - 12ª parte da VIAGEM DO TREM ENCANTADO.

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ÚLTIMO TANGO

Ó linda bailarina
Vejo-te em sonhos dançando.
Antes aparecias como uma menina
Em um palco iluminado
Por luzes amarelas
Do “ballet”
Clássico.
E
Vias terminar
O espetáculo num rodopio
Fenomenal,
“Sem igual”.

Na juventude
Via-a radiante e cantando,
Num palco maior,
Um teatro
Como uma
Soprano.

Na minha idade varonil
Te vias esplendorosa como uma rosa
Formosa num grande salão
Dançando com saias
Esvoaçantes
Ora
Sambando
Ou nos encantando
Sob acordes de Músicas
Nacionais brasileiras.
“ Xaxado, merengue, forró,”
“Salsa” e até “lambada”.
Em todas
Apresentava-nos uma característica
Particular.
Própria de tua pessoa
E do sangue latino,
Que lhe ferve nas veias,
Então, requebravas,
“Com um quê de brasilidade”,
“Com muito tempero e gingado”
Com muita sensualidade.
Mas sempre, eras uma
Mulher bela e charmosa
Como uma rosa
Amarela.

Noutras horas,
Sempre esplendorosa,
Eras símbolo da paixão
Vestida num longo vermelho
E tendo nos cabelos
Uma flor
De igual
Cor.

Mesma flor
Lindíssima rosa
Amarela, cor do amor
E marcada com o vermelho da paixão
Extasiante que sentias e
Com a qual marcaste
Num beijo sensual
O carmim
Da tua
Boca.

Ao dançares
Não sabíamos ao que olhar se na flor
Sobre o piano ou ao teu corpo
Escultural.
Se nos teus passos,
Ou em tuas Pernas
Tão
...
Ou nas pétalas que caiam
No passar dos dias
Uma
A
Uma
Em sentida melodia...

Até que um dia
Vimos a última pétala
Desprender-se do verde graveto
Esvoaçar pelo salão
E, agora te revemos
Flutuando por este salão
Encantado de poemas-de-amor.net
“Elevando-se às alturas”
“Rodopiando ao som de Strauss”
“Saltitando os bosques de Viena”
E ressurgindo
No “Lago dos Cisnes”.

Com o graveto entre os dentes
Como uma gata,
Uma pantera guerreira,
Como a mulher
Brasileira.

Agora a
Meia idade
Entras para arrebentar
Corações.

Num longo
Vestido de cetim
Com as costas desnudas
Com um racho
Lateral
E sempre
Paras com o branco do marfim
De tuas coxas em meus olhos
Na frente da minha mesa
E se oferecendo
Com os olhos
Para mim.

Levanto,
Estendo meus
Braços,
Arrebato-lhe num abraço,
Do teu par.
Entrelaço e te guio,
No som de um tango,
Pelo salão e tu danças
Como nunca.

Eu danço.

Sinto o
Ao final,
Teu suspirar,
O tremor de teu corpo
Colado ao meu e até o palpitar
Do teu coração.
O cheiro suado de teu perfume
Extasiante e inebriante
E sussurro em teu ouvido

“Yo ti quiero”

E responde-me:

“Abrazzami assi".

E,
Saímos do
S a l ã o...
Ao som do

Último tango:

“La cumparsita”...

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

AMAR E VIVER

***
**
*"AMAR E VIVER"
*
Viver é aceitar todos os desafios,
Amar é aceitar desafios evasivos e constantes.

Quando se ama encontra-se presente a vida.
A razão de vivermos, e saber que podemos amar.
Viver e amar são palavras gêmeas,
Pois se resultam num só resultado.

Amar é viver, é sentir a vida correndo pelas veias.
É sentir o coração pulsar, sentir um novo renascer.
Viver e amar, esta em mim em você, em todos.

Amar e sentir que a vida,
Traz-lhe a alegria de cada dia
Poder renascer de novo.

Amar é quando sabemos olhar
Os erros dos outros sem critica,
Ou se houver critica, que seja ela
Uma critica construtiva com amor.

Amar e viver, é quando deixamos
Nossa vida prosseguir de forma natural
Não questionando os parques...???.Da vida.
E amando cada vez mais a oportunidade
Que Deus nos deu de estarmos aqui.
Podendo viver e amar.

Viver é ter Deus em nossa alma.
Amar e praticar o que Deus
Ensinou-nos.
Viver intensamente,
Amar sem medo...

Anna*-* ( a flor de lis)

Foto de pétala rosa

SER POETA ////// 21 DE MARÇO DIA DA POESIA

POEMA PARA CELEBRAR O DIA DA POESIA 21 MARÇO 2008
E, QUE NÃO SE CALEM OS POETAS !!!!!!

SER POETA

O poeta
fala com o coração
e semea palavras de paixão.
O poeta
Sente a injustiça e acarinha o amor.
O poeta
Vive a paz, e a luz entornada no
desafio da tua voz.
O poeta
Vive as emoções
escritas em lágrimas de dor e fantasia.
O poeta
Semeia a paixão em pétalas duma canção ao cair
da noite.
O poeta
Enfeita a felicidade duma loucura
com labareda nas veias.
O poeta
Tem a verdade acesa nas estrelas do infinito
e o arco-iris no coração.
O poeta
Passeia em caminhos de espinhos
na escultura dum tempo incerto.
O poeta
É um pássaro faminto na
liberdade dos dias.
O poeta
Desfolha no coração uma esperança, uma alegria
Um sonho, uma saudade.
O poeta
sente o calor do sol escorrendo
entre os dedos.

Serei eu poeta?
Sentindo arabescos de ternura
na alma faminta de ilusões?
Serei eu um poeta??

Amália LOPES

DIA DA DIVINA POESIA

Foto de Henrique Fernandes

ABASTADO DE FORÇA

.
.
.

Cravo em mim a espada do querer
Bem fundo no peito dos medos
Empunhando firme idade e saber
Desfiando de bem alto os segredos

Envergo um escudo de coragem
Com o destino traçado na armadura
E sinto nas veias alta voltagem
Soltando-me na energia da aventura

Absorvo o sol e encaminho o vento
Na direcção que havia sonhado
Fabricando o meu momento
Nas duvidas que me haviam parado

Descarto um mapa inteligente
Adquirido no passar dos anos a fio
De era em era na época de ser gente
Abastado de força em que confio

Foto de Gideon

A mulher do Metrô

Dias desses consegui viajar sentado no metrô. Abri o livro do Wittgeinstein, e comecei a ler.

Em alguma estação à frente entrou uma mulher pobre, morena, cabelos molhados provavelmente do banho da manhã, meio ondulados e soltos. Parte caindo pela frente dos ombros, parte por trás. Braços musculosos e as veias das mãos bem salientes sugerindo trabalho árduo. O semblante era rígido. Não percebi qualquer vestígio de maquiagem. Lábios soltos e frequentemente mordidos pelos dentes inferiores. O vestido era simples com flores estampadas de baixa qualidade. O formato dos seios era sugerido pela falta de sutiã, contudo nada indecente. A barriga um pouco maior que o normal para uma pessoa magra. Diria que era meio barrigudinha, mesmo assim ligeiramente sexy.

O vestido descia até próximo os joelhos. Não tinha qualquer enfeite. Os pés rugosos com as veias também à mostra. Os dedos enfileirados, mas indecentemente separados do maior pela tira da sandália rosa. Unhas dos pés pintadas de gelo, única vaidade que notei. Uma bolsa de plástico aparentando falso couro estava pendurada pela alça, bem acomodada em seu ombro esquerdo, que por sua vez estava à mostra.

Parei de ler Wittgeinstein para observá-la atentamente. Ela estava recostada entre o final do banco à minha frente, do outro lado do vagão, e a beira da porta do trem. O ombro cuidava em manter o resto do corpo um pouco distanciado da parede do trem. Devia ter não mais que vinte e sete anos. Bonita mulher, rosto bem desenhado, mas sem brilho e expressão. Fiquei tentando adivinhar a sua profissão. Julguei que fosse uma empregada doméstica, mas pela hora, quase nove da manhã, percebi que não devia ser.

Enfim, fiquei imaginando aquele corpo por baixo da roupa. A sua barriguinha protuberante formando um colo acolhedor. Como disse, os seios bem formados e provavelmente um umbigo discreto.. Vez outra, pelo balançar do trem, ela mudava a posição dos pés me chamando a atenção os seus dedos enfileirados sobre a sandália. O trem estava cheio e tive dificuldade em continuar reparando-a. Talvez isto tenha-me feito forçar o olhar, e ela percebeu-me. Me olhou naturalmente. Apertou mais uma vez os lábios e desviou logo o olhar. Outra vez trocou a posição do pé de apoio e passou a mão direita sobre o cabelo. Aproveitou, ainda, para arrumar a alça da bolsa, que teimava em escorregar de seu ombro esquerdo.
Voltei a leitura de meu livro. Quando tornei olhar para ela, não mais a encontrei. Descera em alguma estação. Fiquei meio frustrado. Me ajeitei no banco, curvei um pouco mais a cabeça e voltei à minha leitura.

Bem, não a perdi, claro. A descrevi aqui.

Foto de pétala rosa

RELICÁRIO DE SONHOS

RELICÁRIO DE SONHOS

Ternura enigmática que em ti se consome.
Flor deslizando misteriosa
gota-a-gota.
Gotas que bebemos duma loucura feita paixão,
ternura, gestos, e,
com labaredas nas veias.

Dá-me um dia do tamanho da vida
e,
enfeita-me de felicidade.

Semeia a paixão na orla do meu coração
e diz-me palavras divinas.

E numa canção ao cair da noite
dá-me o teu AMOR e traz-me a tua TERNURA...

Amália LOPES
lisboa. 2007
http://momentosdepoesia.blogs.sapo.pt

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