Útero

Foto de Carmen Vervloet

POEMA PARA LUISA

Poema para Luisa

Luisa, guerreira do bem!
Luisa, feto em flor!
Lindo botão ainda a desabrochar...
No milagre da vida
Plena... Isenta... Fiel...
Coberta por fios de mel
Derramados lá do céu!
Aguardando no aconchego do útero,
Aquecido com tanto amor,
O sublime momento da dor
Do nascimento...
Milagre de Deus Criador!

A este mundo vem para trazer alegria
E inspirar minha poesia!
Sopro suave de vento,
Eterno momento!
Traço de união...
Luz na escuridão!

Já te vejo linda criança...
Sinto seu cheiro... Doce fragrância...
E te aguardo iluminada...
Pronta para nova caminhada
Sem sinalização... Sem setas...
Eu e minha primeira neta!
Meu grito de alerta!

Luisa, você é o sal,
Que já deu sabor a minha vida
E o açúcar que já cicatrizou
Minhas feridas!
Você é o meu mais lindo momento!
Você é meu novo tempo!
Fermento de amor!
Silenciosa flor!

Te aguardo, presa ao meu sonho,
Sentada numa curva do tempo!

Carmen Vervloet

Foto de Rose Felliciano

II Evento Literário de 2008- Mãe.

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"Mais que gerar a vida
É trazer à vida
Ser a acolhida
Ensinar a viver....

Muito mais que dar à Luz
É mostrar a Luz
Luz que conduz
e separa das trevas...

Mais que ensinar a falar
É o que falar,
quando falar
E a importância de se calar...

Bem mais que ensinar a andar
É acompanhar os passos
Falar dos espaços
Incentivar a seguir...

Mais que corrigir e educar
É ensinar com seu exemplo
E em silêncio,
Falar as mais sábias palavras...

Bem mais que ovário e útero....
é Coração.
Sua maior proteção...
a Oração.

Mais que colo... é abrigo
E ter nos olhos, o sorriso
Que boca alguma jamais deu...
Mais que Mãe....Uma dádiva de Deus" (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*

Foto de DAVI CARTES ALVES

GARIMPAGEM DE DIAMANTES NAS SEARAS DA LITERATURA 4

“ A mulher madura,

... Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. A mulher madura é assim, tem algo de orquídea que brota exclusivamente de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.

Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem o seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo ”

“ Presentear, na verdade, é isto. É dizer: eu não vim apenas te ver, através do meu presente, eu vim permanecer. ”

“ Se quer ir ao cinema as três da tarde, vá. Se quer sair para tomar sorvete ás cinco, vá. Você vai acabar redescobrindo uma certa luminosidade que as manhãs ainda tem e que a tarde tem mais mistérios do que o pôr-do-sol pode nos pintar. ”

“ Ganhei duas crisálidas de borboletas. Aprendi a ver nesses casulos as asas que se desenharão em algum céu. Seguro nas mãos essas formas vivas disfarçadas de vegetal.

... No meu quarto, dependuradas num vaso de samambaias, duas crisálidas me contemplam . Elas sabem, mais que eu, a que horas duas estupendas borboletas sairão do útero do tempo para esbaterem contra as vidraças do dia. ”

“ A trepadeira no terraço, que avança dois-três centímetros cada jornada, seguindo o fio de náilon do tempo, me ensina a direção das coisas. O vento sopra pelas costas de suas folhas e ela navega verde pela pilastra como uma caravela reinventando o seu concreto mar. ”

“ ... Pois não se sabe por que estranhos caminhos de sublimação há pessoas que, embora roxas de levar tanta pancada na vida, têm, contudo, um arco – íris n’alma. ..

Nunca vi o Sol se queixar no entardecer. Nem a lua chorar quando amanhece ”

“ As vezes um texto parabólico e elíptico pode nos dizer mais, que outros pretensamente objetivos ”

“ A historiadora Denise Bernuzzi de Sant’Anna anda fazendo entre nós o elogio a lentidão. A violência tem a ver com a velocidade. É bom pensar nisso. Pela pressa de viver as pessoas estão esquecendo de viver. Estão todos apressadíssimos indo a lugar nenhum.

... Era lento em aprender as coisas na escola, mas quando aprendia algo o fazia com mais profundidade que os demais ... Mas de novo vos digo: sejamos delicados. E, se necessário for, cruelmente delicados. ”

“ Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas.

É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isso é necessário ter asas, e sobre o abismo voar. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.

Um dia eu fiz 30 anos..., era um homem e seus 30 anos, um homem e seus 30 corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado e arborizando, ao sol e a sós ... Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema”

“ Despir um corpo pela primeira vez, é conhecer pela primeira vez uma cidade. E os corpos da cidades têm portas para abrir, jardins de repousar, torres e altitudes que excitam a visitação. .. E como o corpo, querem que alguém as habite com intimidade solar. Porque o corpo do outro não pode ter a sensação de perda, mas a certeza de que algo nele se somou, que ele é um objeto luminoso que a outros deve iluminar.

... frágil pode trincar em alguma parte, e os menos resistentes se partem, quando aquele que os toca, os toca apenas com a cobiça e nunca com a generosa mansidão de quem veio pela primeira vez, e sempre, sempre para amar.”

Pepitas de diamantes, extraídas Do livro:

Coleção Melhores Crônicas – Afonso Romano de Sant ’Anna
Global Editora

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Teresa Cordioli

Mulher, além dos sentidos... (4 mãos...)

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Mulher, além dos sentidos...

Teresa Cordioli & Célia Lima....

Mulher...
De todas os sonhos,
Auras e cores...
E fé, e princípios, valores...
Mulher de alegrias,
Poses,
Histeria,
Dores.
Mulher de promessas,
Suas, nuas...
De outros.

Mulher...
Quanto de ti constrói
A nossa Terra..
Semeia o chão.
Renova também.
Transmuta,
relevando o mal,
esculpindo o bem.

Mulher...
Carrega em si
A terra mais fértil
Útero
Jardim da vida
Coração
Em teu Peito feminino
Jorra leite e mel
Alimento, pão
amor
Calor
de mulher...

Mulher de dentro da gente,
Dos homens,
De Deus.
De muito além da razão,
De muito além dos sentidos.
De tudo que é visto
Risco
De tudo isso
E de tudo o mais.
Mais mulher.
De dentro da gente.

Foto de Sirlei Passolongo

Escolha a Vida

Escolha a Vida

Diante da incerteza
Escolha a vida
Pois, ela é um presente
Escolha a vida
Pois, eis a verdadeira
Semente...

No útero, ela surge
Indefesa e celestial
Não mate a esperança
Que se alimenta
pelo cordão umbilical
de Deus, ela é um sinal.

Na natureza, é milagre
Que se repete a cada manhã
Tal qual uma pétala é frágil
Tal qual uma rocha é forte
Mas feito uma nuvem
é passageira...
Não se pode escolher
Vive-la duas vezes

Escolha a vida!
Ela é um presente
De Deus pra você!

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Sirlei Passolongo

Quando o amor acontece

Quando o amor acontece
Os anjos brincam no Éden
Catam e assopram
polens sobre a Terra...
Na chuva que as matas regra,
No vento que o barco navega.
Fazem a dança das açucenas
que deixam o útero dos bulbos
E se abrem em flores rubras
Pra se unirem as rosas serenas.
E quanto mais o amor se fortalece
mais as pétalas se perfumam e se
enchem de vida,
Compõem lindas canções
Tão belas quanto às açucenas
E embalam as emoções
Em forma de doces poemas.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Osmar Fernandes

No útero da madrugada

Ele olhava triste o lindo luar.
Quem, naquela imensidão estaria solitário?
Encabulado, sentou-se numa mesa de bar.
Era viúvo o velho Genário.
Começou a beber todas e a sorrir à-toa.
Percebeu que ao lado, alguém o paquerava.
A noite agora estava de vento em popa.
O velho matuto voltou a sonhar...
A velha donzela estava no mesmo barco.
Desejava alguém para ficar.
Aquele flerte já era encanto raro.
O velho tomou coragem e resolveu arriscar.
O vento soprou um destino camuflado.
O cupido flechou... A lua queria ser amada...
De mãos dadas o casal foi rumo ao gostoso pecado...
O lírio os levou ao útero da madrugada.

Foto de Jósley D Mattos

Fluídos humanos (DNA)

Homo cyber nada sapiens...
ejaculação precoce em estéril tubo de ensaio,
útero atômico...
Guerra fria...
Morte & CIA,
Guerra Santa sintomática,
automática,
Carismática,
Olho Clínico,
Vejo o cínico...
Deserto ártico,
Saara aquático,
Nada sério...
Desevolução!!!!!!!!
Proclamam.
Clone, colera, nausea...
livre-arbítrio,eutanásia, apagão aereo,
Ícaro paraplégico...
Vicio analgésico..............
Cem mistérios.
Decretam.
Bicho homem, em fome se consomem,
Sem ideário, ideologia, neoplagia
A peste já não é negra etnía
Circulo-palhaço não tem graça
ariano estardalhaço...estúpido
estopim...a desgraça...
sem censura,não depura,não escolhe...vícios,nem crênças a doênça... HIV, EBOLA
não é futebol
Na carne na alma preconceito nas entranhas...
QUEM SE ENGANA???
QUEM SE ESGANA???
RAÇA HUMANA.

Foto de Fernanda Queiroz

Oi Mãe

Que bom dizer teu nome
Mesmo que não possa me ouvir
Que bom contornar os dedos pela tua face
Mesmo que você não possa sentir
Que bom percorrer teu álbum de foto
Maior herança de tua presença
Que bom poder te amar tanto
Sabendo que mesmo distante ira sentir

Um dia Deus determinou
Que eu iria existir
E deste amor intenso que brotou
E na semente fecundou
Em momentos de profundo amor
Vencendo a maior corrida da vida
Para tua alegria infinita
Em teu útero me alojei

Neste pequeno habitat
Que por tempos passei
Conheci tuas ânsias
Ou profundo mal estar
Que mesmo querendo evitar
A natureza ou a sábia ciência
Sempre soube explicar
E em teu ventre, gerei

Ouvia tua voz baixinha
Acompanhava teu caminhar
Que depressa ou lento
Levava-me a embalar
Tuas canções de ninar
Sempre a me acariciar
Onde teu toque singelo
Ensinou-me a te amar.

Mas os melhores momentos
Foi te acompanhar a bordar
Sentadas nós duas no lago
No enxoval a trabalhar
Com os teus pés a banhar
Onde teus pensamentos
Era parte do momento
Aguardando meu chegar

E em uma noite de verão
Onde o frio estarreceu
Trazendo sinais de vida
Mas de morte também
Onde meu primeiro choro
Foi acompanhado em coro
E depositando-me em teu leito
Silenciou teu coração no peito

Hoje sei de tua dor
Que é minha também
Queria me ter em teus braços
Apenas por um momento
Fecundando teu anseio
Ofertando-me teu seio
Como se amamentar
Fosse protocolo de amar

Mas Mamãe!
Você me passou tudo isto
Quando me alojou em teu ventre
Pude ouvir teu coração
E este amor infinito
Chegou que nem um grito
Que me deixou de herança
Que sempre será mais que lembrança.

Mãe!
Muitos versos existem
Muitos poetas escrevem
Tentando te completar
Falam de você em três letras
Comparam-te tamanho do céu
Ou um pouco menor que Deus
Só te digo Mãe querida
Meu coração sempre será teu.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Ge Fazio

Mãe Natureza

Reverencio a Terra que me abriga
Que tal qual a mãe faz em seu útero...
Acolhendo, alimentando as sementes
E formando vidas...

Sou, filha da terra... Sou chão,
Sou rocha e deixo cravado
Em meu peito o amor verde esperança
Das matas que oxigenam o mundo.

Banho-me com águas cristalinas
Puras em gotas ou caindo em cachoeiras e
Que brotam da terra santa
Num pequenino olho d’água.

Cantam os pássaros que em revoada fazem
A sua dança Sobre os campos abertos
A procura da árvore... Do abrigo.
Da seiva que alimenta suas crias.

Reverencio ao homem do campo que acaricia
A terra fazendo brotar o alimento
Que faz saciar a fome, a sede, de um povo que
Por vezes que silencia a defesa da terra.

Reverencio a Terra que me abriga!

Ge Fazio

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