Trevas

Foto de Murilo Braga Silva

Imprevistos

Ocorreu-me do alto do infinito.
Esta existência. Através de mentores,
Do meu próprio ego saio para o mundo cantando.
Vim vencendo, e por meio de estranhos ritos.
De trevas e luzes ocasionais, e gritos que surgem vagamente ao longe,
A saudade incógnita palpita minha alma.
Caiu chuvas em tempos passados que fui eu...
O céu baixo mostrava planícies e neve.
Narrei-me às trevas e não me encontrei sentido. Hoje o deserto onde Deus esteve não faz sentido para mim, já que a vida, para mim, está em seus instantes finais, estou sonhando, sonhando, sonhando eternamente.

Foto de joão jacinto

Crescer

Não pretendo ser perfeito,
mas reparar as anomalias
dos dias cizentos,
em que tropecei e me feri,
magoei e cobardemente fugi.
Em que me esqueci de mim
ao incomodo do confronto,
no comodismo da conveniência,
na pobreza da satisfação,
em profunda carência.
Mergulhado na espera da coragem,
resguardado na sombra,
de quem apontando o dedo, acuso,
com a máscara da expressão inventada,
aos olhares de quem deseja de mim receber,
o que julga não ter,
o que pensa não possuir,
mas ilusoriamente sabe fingir.
Quero viver no conflito,
que me faça crescer,
que me desenhe o caminho,
que me tranforme em amor,
que me preencha de esperança
e eu vença os medos e a dor.
Que me mostre a luz do dia,
que me liberte da loucura das trevas,
mesmo que seja na hora,
de, eternamente e em paz,
feliz adormecer.

O que não vale é nunca!

Foto de pardal

Amor

O amor serve
Para nos completar
Nada existiria,
Sem estar completo

As flores dependem
Do sol,
Mas sem as trevas,
Secar e pereceriam,
Sem o sol,
Não teriam força
Para crescer
Também morreriam

Nas nossas vidas,
Sempre procuramos
Mesmo sem saber o que,
Sem amor não vivemos,
Mas amar nos faz mal

Choramos,
Quando nos deparamos
Com a solidão
Mesmo que insignificante

O mundo está cheio
No entanto,
Sinto-me só

Amar é como estar no céu
Não ser correspondido
É viver no inferno

O amor é representado de
Vários modos
Amamos nossos amigos,
Porque nos fazem felizes

Amamos a vida pelo simples fato
De existir
E existimos pelo simples fato de amar

Foto de chrsantos

Renúncia

O Segredo da esfinge me devora com desígnios frios e perversos.
Ferro em brasa no peito a toda hora,e os encantos em trevas submersas.
Esta angustia impiedosa se demora.
Faz meus sonhos truncados e dispersos.
Num sofrer e pensar noite a fora.
Que posso te ofertar?
Uns pobres versos?
O impossível me aponta ígneas lanças, devastando miragens e esperanças.
Que floriram meu triste coração.
Ai, que posso fazer se não calar?
Em minha alma dolorida sufocar...
Insensatos delírios de paixão.

Christiane Santos

Foto de amanda maia vidal

Escuridão

Por tempos andei entre as trevas
Por tempos fui reprimida
Guardei junto a mim, tudo o que deveria ter dito
Guardei meus medos e receios
Guardei esse amor
Entre lembranças
Por tempos cambaleei entre as portas
Pois meus segredos me tornaram carregada
Na escuridão descobri a dor de amar
e entre raios de luz pude me salvar
Mais tais não me levavam a você
então deixo as cortinas pesadas
como pragas
cair sobre a claridade
pois essa o escondia de mim
Porque esse amor veio do vazio
veio da escuridão
Fazendo assim
nascer esse amor ou maldição
hoje nossos corpos separados
Vivo entre lágrimas
que em meu consolo
viram refúgio
não que tenha escolhido ser
mas fui escolhida a ter
e meu sacrifício
se tornou meu tormento
e assim vivo entre a lua e eclipse
vivo por viver
pois sei que um dia lhe tive
e essa escuridão me mantém
pois teu lado foi das trevas
hoje é luz, fazendo assim você longe de mim.

Foto de Karine K.

Vieste!

Seja bem vindo alma forasteira!
senta-te em minhas ancas
e acomoda-te
como andas os ares do sul?
por onde corcoveias?

Posso servir-te com minhas tranças
minhas lanças
que a muito não voam
Ainda sou aquela pequena criança
que tu deixaste presa atrás de um portão
saudando tuas idas
relutando pelas vidas por ti percorridas
em outras faces

Para ti entrego a fala
de um senhor
que de algumas tardes
de mim apoderastes
- quando as trevas reluzires nos céus
presentes e teus passados vingaram fortunas

Foto de jgdearaujo

A moça da janela

Da janela do quarto, Mira mirava a noite preta ...
Do breu das trevas, delineavam-se, azuis,
Contornos de personagens de sonho.
Eram bruxas, fadas e duendes, dragões e serpentes
Coloridos em seus tons de branco e preto.
Mira mirava a noite preta como breu
E a noite era Mira, que era tão preta
Quanto a noite sem lua vista do mirante cego.

Dos sonhos que a moça tinha, marcas restaram
Marcas na pele, flores lilases, restos do prazer
Evanescente, perdido entre os caprichos do sadismo carnal.
Marcas na alma, flores roxas, carimbos insensíveis
Que invisíveis, ferem toda uma geração.

A moça da janela mirava a noite escura
Feia como seu coração sem brilho.
Mira mirava a rua, rua impura
Tão suja como sua alma calma
Alijada de qualquer gota de paixão febril,
Despojada de qualquer resquício de prazer juvenil.
Ela mirava a rua, rua nua
E os seus quinze anos davam-lhe uma expressão senil.

Súbito, um ruído desfaz as trevas.
Abrem-se os olhos, alarga-se a janela.
Um farol, ou seria uma estrela
Desponta um fio de luz no leste .
(seria o sol nascendo?)
Mira mira o farol. O sol. a estrela.
E o brilho agride-lhe a retina.
Teus olhos, outra vez olhos de menina
Miram o sol do leste, o sol que nasce.

Dragões e bruxas fogem, ficam as fadas.
Mira é uma fada, fada branca, alada.
Asas que ruflam, que se elevam em par
Que desestabilizam o corpo morto, ou vivo,
Que despenca solto, solto no ar, que cai.
Cai no asfalto preto, cai do 3.º andar
Cai na frente do farol (ou seria o sol?)
Corpo que se dilacera, vermelho agora
Olhos que já não vêem. Já nada viam outrora.

Sonhos agora vagueiam em busca
De outro corpo. Outro depositário
Outro espaço, relicário, outra Mira
Que mirará a noite preta ...
E quem sabe verá um fio de luz no leste.
Que seja não um farol na contra- mão,
Mas a chance de ter uma chance,
A oportunidade de ter uma ilusão
Uma luz tão bela e brilhante quanto a estrela D”alva.

Foto de heberbensi

O Amor

O AMOR ( HEBER BENSI )

Os poetas sempre tentaram descrever
O mais místico dos sentimentos
Alguns apenas tentaram, outros sonharam...
Outros demonstraram, outros ignoraram.
Mas o que todos sabiam é que ele existia,
E que o amor nunca morreria.

O amor não é apenas o sol nas trevas de alguém
Ou emitir luz na escuridão
O amor se faz também nas pequenas coisas
Como escrever um verso para ela com três palavras
Mas descrevendo em linhas o que sentimos
Demonstramos junto com a vida e o calor...
O nobre sentimento que é o amor!

O amor não é apenas dar abrigo se a tempestade vem
Ou ver de manhã as flores se desabrocharem
O amor é ter coragem de dizer todo dia para aquela pessoa
Que convive conosco...Eu te amo!

Foto de paulobocaslobito

Apaixonado em loucura!!!

Por quem me tomaste
Lua menina e bela?!
Por acaso julgaste-me
Ser eu mais um comandante
Ou um arrebatador de donzelas?!
Julgaste-me, quando queria só
E apenas falar-te.

Eu sou um homem-poeta,
Quase um super-homem
Quase um homem-aranha!

Eu sou aquele que não viste
Sou quem não tens.
Adoro escrever-te e escrevinhar,
E não quero o coração dos outros roubar
Tão pouco deles conquistar...
Por serem doutros, d´alguém.

Perdão!
Se, mal me fiz passar
Perdão!
Não foi para te magoar.
Perdão!
Eu só te queria falar.

Na vida, vale mais a amizade
Que um amor enganado.
... Onde andam muitos a habitar.

Na vida em luta sempre constante
E concorrida,
Não tenho o dom de saber
E muito gostava de poder querer.

Sou um mistério...
Torno-me a desculpar,
Pois só a ti sei escrever;
... Não te queria magoar,
E depois, e depois...
.............................
Não sei quais os olhos com que me vês.

Quem escreve não é infiel,
E o papel é o meu melhor amigo
Nele digo os meus sentimentos,
Nele sonho e sorrio,
Nele sou tu...
Pois não tenho mais ninguém
E odeio a mim querer!

Só te queria falar,
Sem ter de te enganar
Por não me saber muito expressar.

Juro, este é o meu último poema,
Depois... depois quem sabe: morrerei.
Morrerei no mundo que conheço,
No mundo em que habito: o silêncio!

O silêncio,
Onde basta o teu olhar
Para me despertar,
E é bom de viver.

Pobre sinto-me
De ti culpado e envergonhado;
Já não sei se hei de me julgar
Ou disfarçar e de ti fugir.

Sou puro, selvagem, lírico e inocente,
Sou da lua
A mesma e sempre a velha madrugada.
Sou o coração do filho
E a carne do santo,
Do espírito e do amém.
Sou o olhar brotante
Das sereias desacordadas
Que me castigam;
Eu homem...
Um ser ignorante,
Fruto do pensamento,
Fruto da terra,
Fruto da carne.

Sou a vida debatendo-se numa imensa avalanche,
Descendo aos trambolhões pela montanha
Numa viagem de amor puro
Languescida como uma múmia
De poesia.
Onde os teus olhos
Me fitam
Cobertos de ligaduras,
Para não te envergonhares
E ocultarem...
Os meus
Dos teus.

Em minhas mãos o orvalho do teu nome
Soa sereno sobre um céu de Maio
E nas estrelas
Estacadas do teu perfume
O teu corpo brinda-me desfolhado,
O amor sagrado
Do teu ventre de música sangrenta.

Então; estaria triste
Entre as flores virgens
Ausente...
Ao ver os teus seios desabrochados
E palpitantes,
Agoniados de dor
Nas lágrimas de um anjo.

E os teus lábios cantantes
Como braços frágeis
Fremeriam nos teus cabelos soltos
Dançando...

A tua nudez é perfeita
No fogo do céu
E és tu a minha fonte,
O meu pensamento.

Tu és a forma do rosto
No meu peito transfigurado,
Embalado pelas harpas,
Às quatro da madrugada.

Tu és o rosto da ângustia
Que se veste de branco
Nas trevas dos anjos acordados
Sonâmbulos e libertos
Da estéril agonia
Imutável ante o meu olhar.

... Os teus seios tumulos,
Teu ventre um sarcófago;
Que horror!

Silencio!

Silencio!

Coração despojado
Dormente entre as flores.
Braços insensíveis,
Orquídeas parasitas.

Não há lamentação
Só há vaidade,
Plantas carnivoras,
Que no meu corpo gelado
Correm as lágrimas dos meus olhos
Em alucinante fuga
Para o desconhecido.

Pára!

Pára meu amor!
Pára por favor!
Amo-te tanto!!!
És tão bonita...
Ó a minha namora é linda
Tem olhos como besourinhos do céu
Tem olhos lindos como beijos de mel,
É tão bonita!

Tem o cabelo fino
E um passinho pequenino
Boca de jackpot
E morre de amores por mim.
É doce
A minha namorada!

A minha namorada,
Anda sobre o coração de Deus,
E só Deus a escuta andar.

Tem cabelos castanhos
Mãos de seda
E é louca por mim.

Tem lábios de pitanga
Um rosto menino
E o seu dorso é um campo de rosas.

Tem a boca fresca e macia
Mil cores no cabelo,
E os seus pelos são relva amena e boa.

Seus braços são cisnes
Sua voz a ventania,
O seu nome estremece o meu corpo
De perfumados odores,
Que me beijam em versos
Num amor de cobras;
Única entre todas...
Tão bela!

No seu colo
O meu choro desce serenamente,
Para se embebedar no seu sexo,
Que confuso me contém
E, de onde não me posso esconder;
E, não é um sonho!

Tem pudor,
É luz e cantiga e esplendor.
Meu anjo mendigo,
Minha namorada.

Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...

Moça carne cor de rosa
Verde jovem, formosa.
Moça brancura de louça
Negra do meu ventre puro.
Moça joga entreaberta e nua,
Eu sou a triste noite sem lua.

Sombras decapitado
Entre os campos,
Cadavér que não se enterrou,
Lua se consumiu.

Mar rugente e forte
Vertigem da morte.
Oh, em busca de um amante,
Oh, anti-deusa!

Quem me dera nunca te ter amado,
De certo morreria mais feliz.

Moça carne cor de rosa
Verde jovem, formosa.
Moça dos céus vinda pelo espaço,
Moça; uma bomba atómica!

Moça branca...
Via lactea...
Nua, ante o brilho dos meus dentes.

Moça errante...
Cheiro de pimenta,
Cabeça no meu ombro.

Moça seios de arame
Que ostenta reclamando uma salada mista.
Moça um copo de sumo de tomate,
Meias de nylon
Andar de rumba
E uma colt quarenta e cinco.

Moça pernas entre as minhas,
Mil à hora por minuto.
Moça chifon
Pele de ganso
Channel e cartier.

Moça mercedes-benz
Sais de frutos
Moet e comida italiana.

Moça sapatos mocassim
Suéter elástico, e uma orquídea assexuada.
Moça coca-cola gelada,
Moça cheiro lilás.

O teu rosto lembra-me um templo...
Oh ângustia desvairada.
Amo-te como amigo
Numa diversa realidade,
Amo-te como amante
E com liberdade,
Com desejo maciço e permanente.

E de te amar assim tanto
É que em teu corpo de repente,
Hei de morrer por te amar mais do que pude.

Paulo Martins

Foto de anjoley

Nada sou*

Nada sou nesse mundo...
Nada possuo...
Nada tenho...
Nada quero...

Minhas lagrimas servem-me de mantimento...
Minha respiração de nada mais tem sentido...
Meu céu se enegreceu...
A luz apagou...
As trevas tomaram conta de mim...

E eu não consegui me segurar e caí...
E a morte me levou...
Levou o meu abatido coração...
Que teimava em pulsar pelo amor...
Que insistia em querer-te...

Não posso mais senti-lo dentro de mim...
Não quero sofrer...
Mais nesse momento um enorme vazio toma conta de mim...
E uma angustia interminável me domina...

Não sei mais onde recorrer...
Meu castelo se desmoronou...
Meu ponto forte se abalou...
Meu fim chegou...

Olho para trás e vejo somente ruínas...
As ruínas de um atormentado coração...
Que apenas queria amar...
Que apenas queria viver...

Oh amor...
Porque me fizeste tanto mal?
Será que nasci para sofrer em suas mãos?
Não sei...
Só sei que meu coração se dilacera...
E se quebranta de tanto sofrimento...

Meu coração perdeu suas forças...
As batidas começam a ficarem lentas...
O sangue já não mais jorra nas veias...
Meu olhar vai se escurecendo...
Meu ser vai se desvaíndo...

Minha mente já não mais raciocina...
Porque esse sofrimento tem se tornado enorme...
E minas forças já não mais me ajudam...
Até meu próprio coração me abandonou...

Até quando ficarei entregue a essa gélida e fria dor?
Até que a morte me leve.

anjoley@hotmail.com

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