Toque

Foto de Ednaschneider

Sua boca

Essa boca
Que faz vibrar o meu ventre
Que me deixa louca
Com estes lábios quentes.

Essa boca
Que me deixa animada
Quando vem com essa língua molhada
Que me aquece, mas não me sufoca.

Essa boca
Que me deixa latejante
Que me deixa com a voz rouca
E a respiração arfante.

Ah! Que boca é essa!
Que me enlouquece!
Que toca sem pressa.
Que tira meu estresse.

Ah! boca gostosa.
Amo te beijar.
Fico toda dengosa
Quando você vem me tocar.

Vem boca!
Toque-me
Enlouquece-me
Deixe-me louca
Ressuscita-me. Faz-me viver.

27/02/08
Joana Darc Brasil*
*Direitos autorais reservados.

Foto de DAVI CARTES ALVES

ESSA MINHA OBSSESSÃO DE AMAR VOCÊ

Marcastes n’alma tua imagem
com ferro de marcar,
Musa predileta das minhas canções de amar
Tantas vezes, meu porque de sorrir
Quantas vezes, meu porque de chorar

Sereia das minhas praias de desejo
Onde o prazer de buscá-la mais ao fundo
Se intensificava maviosamente
Em cada toque, em cada beijo

Agora o fogo faminto se alimenta
Reclamando em mim
Sua ausência, abstinência
Incendiando,
escravizada alma sedenta

Sente falta de sua brisa tépida
Em sopros fagueiros o açoitando
Por fim em vão,
Terá que arrefecer com as lágrimas
As laminas de fogo,
em seus pesadelos balbuciantes,
o beijando

Terá que apagar com prantos,
Os slides intermitentes na memória
De seu sorriso melífluo,
nos recantos d'alma,
reboando,
chamando... chamando...
reboando...

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de DAVI CARTES ALVES

... ESTA LINDA MULHER QUE PASSA

Como queria ter em meus braços
esta linda mulher que passa
que ao me olha faz uma graça
num toque me enlaça
em seu mundo que me estilhaça

Deleite é banhar-se no sorriso
desta bela mulher que passa
ela me faz tomar da sua taça
uma poção que me transpassa

e me faz criança mimada
faz muxoxo, faz pirraça
E me deixa atordoado,
resignado em banco de praça

Quão prazeroso é enlevar-se
com os encantos e feitiços
desta linda mulher que passa
flor caminheira, tulipa altaneira

Musa cosmopolita
azaléia graciosa,
seu olhar de ternura, criva-lhe n’alma
espinhos de bálsamo
qual nivea rosa mimosa

Enfim,
eu os liríos daquela praça
inebriados e boquiabertos com a chalaça
gritamos em uníssono
com vemência latente:
Aaahhh! Não,
por quê vais mulher que passa???!!!

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Sonia Delsin

O TEMPO E O VENTO

O TEMPO E O VENTO
Sonia Lencione

Vem, encosta teus dedos
em meus dedos.
Deixa que se eletrizem
com o contato.
Coloca teus olhos
em meus olhos.
Vamos deixar nossas almas
conversando.

Vem, cola tua boca
em minha boca.
Vamos ao jardim das delícias.
Deixa que tuas mãos eletrizadas
caminhem
por meu corpo inteiro.
Que nossas almas se fundam
num abraço.
Vamos desfrutar nosso amor.

Na casa do amanhã talvez
não haja
mais tempo para nós.
Aproveitemos o agora.
Vem, deixa que o toque
de nossas mãos
nos leve ao paraíso.
Enquanto o vento não nos arraste
para caminhos adversos.

Vem, sente como bate este
meu coração cansado.
Ainda por ti e sempre.
Nunca mais outro
baterá assim
tão forte.

A paixão já fez estragos
em nossas vidas.
Carregou-nos para precipícios.
Vem, enquanto há tempo
para nós.
Cola teu corpo em meu corpo.
Não permita que o vento
nos separe.

Vem, ainda nos resta
um pouco de tempo.
Vem, beija-me
uma vez mais.
Entrelace teus dedos em
meus dedos e solte-os
agora, de leve.

Adeus, já é tempo!
Sinta como o
vento
nos carrega.
Acabou-se!
Já é amanhã
para nós...

Foto de Henrique Fernandes

VOZES FRIAS

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.
.

O tempo deixa-nos de ser precioso
Quando vitimados por um coma de tristeza
O tic-tac do relógio é um vampiro que nos suga
Bebendo toda a luz da alma até o ultimo farol
E seca-nos numa invasão brutal de gritos escuros
Amordaçando-nos numa mortífera sala de pânico
Num ataque desesperado de dores intrusas
Raivosas que ferem sem escrúpulos o nosso interior
Perseguido pelo insólito e sombrio toque de gelo
E voltamo-nos como fantasmas contra nós próprios
De mãos atadas por lamentos rastejantes
Que abrem as portas da mansão do inferno
Para batalhas sem armas contra garras afiadas
Que nos cavam um buraco negro de medos
Lidando com demónios e anjos malvados
Ruins famintos engolindo todo o alimento de paz
Fazendo amanhecer um raiar de lágrimas conflituosas
Por um passo em falso no desconhecido acreditar
Em profecias de esperança em vozes de penumbra
Falando-nos frias prazeres quietos e sem nome
Sem alento oferecemo-nos embrulhados em espinhos
Como presente, uma iguaria para a desgraça
Que nos despedaça

Foto de Raiblue

Saliv(ando)...

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Nas noites brancas
De sua pele
Me dis traio
Guardo Dostoiéwisk
Num canto do quarto...
Nos olhos
O ópio prolongando
Colóquios do tato
Con textos e texturas
Da língua
Corroendo tédios
Catando cacos
Cactos na superfície
Da carne árida ...
Arranhando as horas
Sangrando os minutos
Dissolvendo dores
Anti-corrosiva língua...
Sal e saliva
Lambendo as feridas
Fechando cortes
Subcutâneos labirintos
Na sanha da linguagem
Esquecida no tempo
O toque...
Palavras diluídas no suor
Poesia líquida
Numa noite dis traída...
Na pausa da razão
No dança dos sentidos...

(Raiblue)

Foto de Henrique Fernandes

SAUDADE DE AMOR

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O meu relógio em silêncio da madrugada
Alimenta-se da minha rude insónia imposta
Por uma falta imensa de ti no meu nada
Nas perguntas que faço ao escuro sem resposta
Vasculho meu espaço oco pelo teu toque
Com apenas tua presença nos meus sentimentos
Lamentando tua ausência em estado de choque
E realça desejo de te tocar nos meus momentos
Ao mesmo tempo neste remoinho de saudade
Evolui certeza que desmente esta distância
Que o destino nos proporciona com maldade
Dos impossíveis aos possíveis da consciência
Uma viagem a passo lento na alma que chora
Sem consolo nesta vontade de te amar
Faminto em jejum de conforto que devora
Meu rosto com desejo de agora te beijar
Neste nós longe ao invés de enfraquecer
Fortalece a razão do nosso cruzamento
Num nada frio de agora difícil de viver
Que superaremos após nosso momento
Envergando esperança perfumada de paixão
Um todo de uma reviravolta na nossa vida
Cheia de tristeza acorrentada ao coração
Mas próximos recompensaremos as feridas
Provocadas pela falta imensa de nós
E em breve nossa união brotará das fontes
Dizimando a saudade que dá luto da voz
Findando em amor esta viagem sem pontes

Foto de Henrique Fernandes

CADA TOQUE UM VERSO, CADA OLHAR UMA PROSA

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Sentado na montanha olho em frente e avisto o céu azul
Por onde imagino caminhos com suaves passos
Por onde nada me lembra e nada me esquece
Uma nuvem aproxima-se e nela pouso meus olhos e descanso
Do cansaço da caminhada até então que não foi em vão
Aprendi a diferença entre o desejo e o sonho
Desejo o que posso alcançar e sonho com o que posso desejar
Acordei para a realidade da vida e sou o principal responsável
Pela minha felicidade, e sinto o peso dessa responsabilidade
Ainda que precise de empurrões não desisto, há sempre um empurrão
Sentado na montanha olho por entre os vales e penso, como é complicada a vida
Tal como neste horizonte de altos e baixos sou como um rio
Sempre a descer por açudes calmos
Por desfiladeiros e em cascata dou quedas a pique e choco na foz ao mar
Onde me dissolvo numa dança erótica com as ondas
Ondulando meu corpo e espalhando-me na praia do prazer
Na praia sentado olho o horizonte ao pôr-do-sol e penso
Depois daquela linha ali perto tão longe
Está a minha alma e a minha metade com ela
Paro, fecho os olhos e sinto o resto de mim a saborear as ondas
Ao encontro de quem me encontrou e parto em perseguição ao sol.
Embarco meu corpo para uma viagem aos confins do universo
Onde cada toque é um verso e cada olhar uma prosa
Vadias, as minhas mãos vagueiam nos contornos na poesia
Absorvendo-a tão macia.

Foto de Henrique Fernandes

A NOITE É CANÇÃO DE QUEM AMA

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Preparado para o romance
Teu olhar é o meu jardim
Toma minha mão e sente
Podes confiar em mim

Sente o silêncio que fala
Na verdade de te amar
Um beijo em mim não se cala
Nos meus lábios para te dar

Momentos tão cheios de vida
Ao sabor do teu sorrir
Exponho a paz escondida
De um nós por existir

Lê no meu peito o poema
Do teu toque que senti
A noite é canção de quem ama
Escrita por ti

Foto de Rose Felliciano

REAL ESPERANÇA DE SER

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"Vem de ondas distantes
Rede que embala meu ser
Calor que queima minh'alma
Saudades de não sei o quê...

Sintonia que se desvenda
Ao toque sutil das suas mãos
Se forma presente, envolvente
Mostrando o seu coração.

Te formo completo, te sinto
Pressinto, espero você.
Em redes, em ondas, como for
Me mostra o gosto do amor

REAL ESPERANÇA DE SER..." (Rose Felliciano)

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